O velcro, essa técnica de selagem tão útil nos dias de hoje, é uma invenção com uma curta história de vida: foi patenteada apenas 1955, quase 15 anos depois de George de Mestral ter começado a estudar a sua criação.
Estamos em 1941, o engenheiro suíço é um adepto de passeios na natureza. Um dia, após uma caminhada na montanha repara que as suas roupas e a pele do seu cão estão cobertas de pequenas bolinhas muito difíceis de descolar. O que eram? Os frutos de uma planta chamada bardana (nome científico: Arctium lappa), que, pelas suas capacidades de fixação, de Mestral decidiu estudar ao microscópio. Durante sete anos, o engenheiro trabalhou arduamente para reproduzir o sistema. Apresentou-o em 1948, com duas tiras de tecido, uma delas composta por milhares de ganchos pequenos e outra com quantidade igual de pequenos laços. Após os primeiros testes com tiras de algodão e muitos outros materiais, acabou por encontrar em Lyon o material necessário: a tira é feita em nylon, com uma textura semelhante ao veludo, que acabou por servir para batizar a criação: é a junção das palavras francesas velours (veludo) e crochet (gancho).
Demorou, porém, outros sete anos até conseguir finalizar a sua criação e patenteá-la, para abrir depois a empresa Velcro Companies, que, nos anos seguintes se expandiu da Europa para os Estados Unidos. Em 1961, a Velcro começou a trabalhar com a NASA, em apoio às missões Apollo, o que levou muita gente a associar a criação das fitas fixadoras a equipas da NASA.
Mais: de acordo com um estudo recente da Wageningen University, nos Países Baixos, está em desenvolvimento um novo sistema de velcro, mais silencioso, e igualmente influenciado pela natureza: os fixadores são inspirados no formato de pequenos cogumelos em 3D.
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