A Renault anunciou várias novidades e confirmou alguns rumores recentes, pela voz do CEO Luca de Meo. “É dia de fazermos uma aceleração histórica na estratégia de VE do Grupo Renault e no ‘Made in Europe’” afirmou de Meo, prometendo, entre outras metas, a produção de “dez novos modelos elétricos e um milhão de veículos elétricos até 2030, desde veículos urbanos de baixo custo, até veículos desportivos de referência”.
Uma das vertentes é a aposta em escolhas ousadas de padronização das baterias, com química baseada em NMC (Níquel, Manganês e Cobalto) e com o grupo a assumir a cobertura de 100% dos futuros lançamentos BEV em todos os segmentos. A escolha química permite uma relação competitiva de custo por quilómetro, com até 20% a mais de autonomia e um desempenho de reciclagem maior. Uma parceria com a Envision AESC vai permitir desenvolver uma fábrica em Douai, com capacidade de 9 GWh em 2024 e o objetivo de atingir os 30 GWh em 2030, numa localização perto da Renault ElectriCity. Um acordo com a startup Verkor visa o desenvolvimento de uma bateria de alto desempenho adequada para os segmentos C e superiores da gama Renault e para os modelos Alpine.
Outro pilar é a aposta no seu próprio e-motor, com o Grupo Renault a ser o primeiro OEM a desenvolver a sua versão, com o investimento já realizado a permitir reduzir para metade o custo da bateria. O objetivo é desenvolver ainda mais a tecnologia do motor síncrono acionado eletricamente EESM com o seu próprio redutor. Uma parceria com a startup francesa Whylot visa o desenvolvimento de um inovador e-motor automóvel com fluxo axial que será aplicado primeiramente nas motorizações híbridas. A Renault pretende tornar-se o primeiro OEM a produzir estes e-motores de fluxo axial, explica o comunicado de imprensa. Em paralelo com novas tecnologias de motores, o grupo está a trabalhar numa e-motorização mais compacta chamada Sistema ‘tudo-em-um’ que integra o motor, o redutor e a eletrónica de potência num pacote com menos 45% do volume total, menos 30% do custo de uma unidade motriz e menos 45% de energia desperdiçada em WLTP.
A 9 de junho, o Grupo Renault tinha anunciado a criação da Renault ElectriCity para oferecer automóveis produzidos em França, sob uma nova entidade legal que reúne as três fábricas de Douai, Maubege e Ruitz.
A apresentação da empresa ficou completa com o anúncio dos planos para lançar dez novos modelos elétricos a bateria até 2025, sete dos quais para a marca Renault, como o icónico Renault 5 ou o Novo MéganE.