A Tesla levou um grupo de jornalistas a conhecer a estação de supercarregadores de Montemor-o-Novo que, como a Exame Informática noticiou em primeira mão, começou a operar no início deste mês. Como na estação de Fátima, a estação de Montemor-o-Novo tem oito carregadores que podem alimentar as baterias dos Tesla a um ritmo elevado: 30 minutos de carga podem ser suficientes para aumentar a autonomia em quase 300 km, o que comprovámos durante o carregamento dos Model S e X que nos transportaram.
Durante a conferência de imprensa junto aos Supercarregadores, os representantes da Tesla garantiram que tudo está a correr segundo o plano: as restantes cinco estações planeadas deverão entrar em funcionamento em Portugal até final deste ano. Como é habitual, a Tesla não revela antecipadamente quais as localizações, mas o mapa disponível no site da marca norte-americana aponta para as zonas de Braga, Vila Real, Guarda, Castro Verde e Faro. Como aconteceu com as duas primeiras estações, as restantes cinco deverão ser instaladas em espaços privados de acesso controlado de modo a respeitar a regulamentação nacional, que exige que carregadores em espaço público de acesso livre sejam ligados à rede Mobi.e – recorde-se que a rede Supercharger é de uso exclusivo dos carros da marca californiana. No entanto, a Tesla garante que todos os clientes da marca poderão aceder a estes carregadores 24h/dia.
Após a abertura das primeiras estações, a Tesla fez saber que o valor que irá ser cobrado em Portugal nos supercarregadores é de 23 cêntimos por kWh. Isto após os 400 kWh por ano gratuitos e para utilizadores que não têm direito a carregamentos gratuitos para toda a vida dos carros (caso de quem comprou os Model S ou X antes de 2017 e de quem comprou ou vai comprar até ao final deste mês com uma referência de um outro dono de um Tesla).
Segundo os representantes da Tesla, a cobrança na Europa vai ser iniciada a 1 de fevereiro. Mas tudo indica que Portugal vai ficar de fora. De acordo com o que a Exame Informática conseguiu apurar, este estender da gratuitidade deve-se a questões de ordem legal específicas do nosso país, onde, à partida, só operadores de energia podem vender eletricidade. Os representantes da Tesla garantem estar a trabalhar com as autoridades nacionais para resolver esta limitação, o que deverá acontecer brevemente.
A marca norte-americana fez ainda saber que todo o investimento na rede Supercharger é feita pela Tesla e que os fornecedores de energia são negociados caso-a-caso, não havendo, portanto, um fornecedor de energia preferencial em Portugal. No entanto, os representantes da marca garantem que toda a energia usada nos supercarregadores é de fonte renovável.