É o avô simpático de todos os festivais de verão portugueses e mantém-se bem vivo depois de, há mais de 50 anos, em 1971, ter levado à pacata aldeia minhota de Vilar de Mouros Elton John e Manfred Mann e de, em 1982, se ter afirmado como uma iniciativa única no País, com bandas como os U2, The Stranglers e Echo & The Bunnymen ao lado de Carlos do Carmo, Vitorino, Jafumega ou os novinhos GNR.
Regressaria ainda entre 1996 e 2006, já em moldes mais comerciais, e foi novamente ressuscitado em 2016, com uma filosofia que recupera o legado das primeiras edições, apostando num cartaz (mais ou menos) revivalista, mas sem cair na armadilha fácil do saudosismo.
Neste ano – e apesar do cancelamento daqueles que seriam os grandes cabeças de cartaz, os norte-americanos Queens of The Stone Age, de Josh Homme –, o alinhamento mantém a fasquia bem alta. Na primeira noite, a 21, de entrada livre, mediante ordem de chegada, brilha a prata da casa, com as atuações de The Legendary Tigerman, GNR, Delfins ou Amália Hoje. Já na quinta, 22, o serão é dedicado às sonoridades mais extremas do rock, com a presença de nomes como Ramp, Moonspell ou Soulfly, mas também de verdadeiras instituições, como Xutos e Pontapés e The Cult.
Na sexta, 23, além dos concertos de Capitão Fausto, Crystal Fighters e Ornatos Violeta, o destaque vai inteirinho para a disruptiva dupla sul-africana Die Antwoord, que será porventura um dos trunfos desta edição do Festival Vilar de Mouros. Para concluir, no sábado, 24, há propostas para todos os gostos e (quase) todas as faixas etárias, com David Fonseca, The Waterboys, The Libertines e The Darkness.
CA Vilar de Mouros > Vilar de Mouros, Caminha > 21-24 ago, qua-sáb a partir das 17h > €53,50 (dia), €101,65 (passe)