Este é um espetáculo ao ar livre, e que espetáculo. Nesta terça, 1 de agosto, uma superlua vai encher o céu, motivo para procurar o satélite natural da Terra e observar como este estará mais brilhante e maior do que é habitual. Pelo menos, aparentemente.
O fenómeno raro tem uma explicação científica. Uma superlua acontece quando a Lua está simultaneamente na fase de Lua Cheia e no perigeu – o ponto da órbita mais próximo do nosso planeta. Desta vez, estará a 357.530 quilómetros da Terra e vai parecer-nos enorme. Primeiro porque ao termos, na linha de horizonte, pontos de referência – prédios, pontes, árvores – o nosso cérebro constrói uma imagem maior. O outro motivo é científico. A atmosfera da Terra, por ser transparente e aproximadamente esférica, funciona como uma lente. Isto quer dizer que, quando a Lua está mais baixa no horizonte, acaba por ser refratada e ampliada, como se a atmosfera funcionasse como uma lupa.
Esta é a segunda superlua de 2023. A primeira aconteceu a 3 de julho. Até ao final do ano, deverão observar-se mais duas superluas, nos dias 31 de agosto e 29 de setembro – segundo as estimativas dos astrónomos, a que estará mais perto da Terra será a de dia 31 de agosto, a 357.344 quilómetros.
A distância média entre a Terra e a Lua ronda os 384 mil quilómetros, pelo que, na noite desta terça-feira, a dimensão que esta vai apresentar no céu será especialmente notória, se compararmos com uma Lua cheia no apogeu (o ponto de maior distância da Terra), que pode chegar aos 400 mil quilómetros.
Esperemos que não haja nuvens a estragar o espetáculo.