1. Jardim Zoológico, Lisboa
Nas últimas duas semanas, o Jardim Zoológico, em Lisboa, recebeu centenas de e-mails com várias perguntas. O que mais se queria saber era quando voltaria a abrir. Desde esta sexta, 8, que é possivel cruzar os portões da antiga Quinta das Laranjeiras, em Sete Rios.
Durante esta fase, recomenda-se o uso de máscara ou viseira, apesar de não ser(em) obrigatório(s), e que se mantenha a devida distância de segurança dos outros visitantes e funcionários do zoo, que celebra 136 anos, em 2020. Para evitar as filas na bilheteira, aconselha-se ainda a compra antecipada das entradas.
Apesar dos cerca de 20 hectares visitáveis, foi estabelecido um limite máximo de 1 100 pessoas por dia. De resto, basta entrar e partir à descoberta dos animais que ali vivem. Nesta primeira fase de desconfinamento, não haverá espetáculos de golfinhos e apresentações de aves, nem se pode visitar o reptilário ou andar no teleférico. No entanto, motivos não faltam para ir ao zoo. Afinal, são cerca de dois mil animais de 300 espécies, para ver ao vivo e a cores.
Ao longo do passeio, há vários pontos com gel desinfetante para as mãos e sítios para descansar. “Preferimos pecar por excesso, queremos que seja um passeio sem sobressaltos, por isso vedámos as zonas interiores”, explica Rui Bernardino, veterinário e responsável pelo plano de contingência do Jardim Zoológico. “Fosse pelo carinho pela instituição fosse para respirar ar puro, houve quem se tenha apressado para entrar no primeiro dia de reabertura, contribuindo para um certo regresso à normalidade”. Pç. Marechal Humberto Delgado, Lisboa > T. 21 723 2900 > seg-dom 10h-20h > menores de 2 anos grátis, 3-12 anos €13,78, 13-64 anos €21,38, maiores 65 anos €15,20 > www.zoo.pt/pt/visitar/bilheteira
2. Zoo Santo Inácio, em Vila Nova de Gaia
Em Vila Nova de Gaia, o Zoo Santo Inácio também já se encontra de portas abertas aos visitantes, com regras de segurança. Nesta fase de desconfinamento, pede-se que se cumpra o distanciamento social de dois metros, que se desinfete as mãos regularmente (existem vários pontos, espalhados pelo parque) e recomenda-se o uso da máscara.
“No primeiro dia, recebemos 60 visitantes, no segundo, entraram 90 pessoas”, contabiliza Teresa Guedes, diretora do Zoo Santo Inácio. “Um número simpático, se tivermos em conta que há uns dias não tínhamos ninguém. Foi emocionante ver pessoas logo na abertura, para muitas era a primeira vez que saíam de casa, em muitas semanas”, sublinha.
Na lista dos animais mais procurados, está o leão asiático, “o verdadeiro rei do zoo”, diz. Diferente do leão africano, este felino tem um juba mais pequena e pregas na barriga. Para já, e para evitar concentrações, o túnel, com sensivelmente 40 metros, que atravessa o seu habitat, encontra-se vedado. Mas há muitos outros para ver em 15 hectares de área, como rinocerontes, girafas, hienas, chitas, macacos, pinguins e macacos.
Teresa Guedes relembra-se ainda o plano de apadrinhamentos em vigor: o padrinho terá uma placa com o seu nome no habitat do animal escolhido e acesso ao zoo, todos os dias do ano (contribuições a partir de €50).
À entrada do Zoo Santo Inácio, a funcionar em horário reduzido (10h-17h), será oferecido um voucher de desconto para utilizar numa visita futura, por exemplo, quando o reptilário, a casa dos animais noturnos e o restaurante estiveram abertos. R. 5 de Outubro, Avintes, Vila Nova de Gaia > T. 22 787 500 > seg-dom 10h-17h > menores de 2 anos grátis, 3-12 anos €10,50, adultos €15,90 > zoosantoinacio.com
3. Zoo de Lagos
No Zoo de Lagos, há uma réplica da piscina sul-africana Boulders Beach, onde vivem pinguins-africanos. Foram trazidos em 2017 para este zoo, em Barão de S. João, para ajudar à recuperação da espécie ameaçada no habitat local, do sul da Namíbia até à África do Sul. Desde a passada segunda, 4, que é possível voltar a vê-los de perto.
Em 20 anos, esta foi a primeira vez que o Zoo de Lagos encerrou, devido à pandemia de Covid-19. “Cerca de 80% das receitas chegam do turismo estrangeiro, principalmente holandeses e alemães”, diz Paulo Figueiras, diretor do parque. “Sem voos, não há gente e vai levar tempo até que se volte a viver a rotina de anos anteriores”, sublinha. Desde abril, estão a promover campanhas de venda de bilhetes online, com 50% de desconto, assim como o apadrinhamento de animais e outras iniciativas. “Venderam-se 130 ingressos, deste número vieram apenas cerca de 10, nesta primeira semana”, contabiliza Paulo Figueiras. Os restantes visitantes eram portadores do cartão anual especial (€45/adulto, €30/4-12 anos), que dá acesso a visitas ilimitadas, ao longo do ano.
Neste zoo, há três hectares para explorar e descobrir cerca de 1 200 animais de 150 espécies, dos cinco continentes. Com as devidas precauções. Medronhal, Quinta Figueiras, Barão de São João, Lagos > T. 282 680 100 > 4-11 anos €14, 12-64 anos €18, maiores 65 anos €16, bilhetes até 31 de maio 50% desconto, para entradas até 31 dez > zoolagos.com