Há muito que os graffiters anónimos tomaram conta do Panorâmico de Monsanto, edificado em 1968, miradouro desde 2017 e que será o novo palco do festival Iminente durante três anos
1. Novo cenário
Depois de duas primeiras edições em Oeiras, o festival, idealizado pelo artista visual Vhils, realiza-se este ano num novo cenário, bem no coração de Lisboa, ou antes no pulmão, pois o local escolhido foi o antigo Restaurante Panorâmico de Monsanto que, de 21 a 23 de setembro, vai servir de palco a mais um Iminente. “É um local fantástico, perfeito para receber a Arte e Cultura, mas que representa um imenso desafio para todos, artistas e público, pela abordagem disruptiva que implica”, afirma à VISÃO Se7e Adilson Auxiliador, um dos cofundadores do festival.
2. Um cartaz democrático
Com curadoria de Vhils e da Galeria Underdogs, o Iminente quer ser o palco do “movimento criativo que, nos últimos anos, adicionou contemporaneidade e criatividade à cena artística portuguesa”. O cartaz pretende representar “a vanguarda cultural de quem expande a sua arte em novas direções”. Desafiar, questionar e explorar são as palavras de ordem deste festival, que, segundo Adilson, pretende ser democrático, mas de “forma surpreendente”.
3. Além-fronteiras
Na música, destacam-se nomes como os de Conan Osiris, Bateu Matou, Bonga, Valete, Norberto Lobo, Marta Ren and the Groovelvets, Carlão, Sara Tavares ou Gisela João. Uma das novidades deste ano é a inclusão de artistas fora da esfera lusófona, como é o caso do sírio Omar Souleyman, um antigo músico de casamentos, conhecido pela mistura de eletrónica com sonoridades tradicionais. “É um artista que tem tudo que ver com o espírito do festival”, explica Adilson.
4. Enchufada e Versus
O cartaz musical conta ainda com duas curadorias: uma a cargo da editora Enchufada, que na sexta, 21, vai trazer, ao Panorâmico de Monsanto, os Dengue Dengue Dengue e uma atuação conjunta do DJ e produtor Rastronaut com o artista visual Akacorleone, e outra da produtora Versus, responsável pela presença no Iminente, sábado, 22, de três nomes míticos do hip-hop internacional – os norte-americanos Kool G Rap, Havoc (Mobb Deep) e DJ Maseo (De LA Soul).
5. Arte em tempo real
Vários artistas visuais e plásticos da nova geração vão interagir com o espaço do festival. Haverá, portanto, muita Arte no recinto, exposta mas também a ser criada, em tempo real. Raul Carvalho, diretor da Galeria Underdogs, diz que “todos [os trabalhos] foram pensados de forma a aproveitar a arquitetura muito marcante do local”. Ainda assim, salienta a instalação do estúdio de arquitetura portuense FAHR 021.3, que irá reinventar a cúpula do edifício ou o mural temporário de PichiAvo, apenas concluído no último dia.
6. Comunhão com o público
Uma “experiência de intensa intimidade coletiva”, assim se apresenta o Iminente na sua página oficial. Uma “comunhão” entre público e artistas que, muito mais do que um mero festival, se assume como “uma espécie de reunião de amigos e conhecidos, mas com muita gente”, e também sem confusões, porque a lotação do recinto está limitada a apenas 4 500 pessoas por cada dia. Os bilhetes custam 10 euros e os primeiros dois dias já estão esgotados.
7. Chegar a Monsanto
Devido às características do Parque Florestal de Monsanto, a organização apela ao público que não se desloque de carro. Foi estabelecida uma parceria com a Carris que, segundo Adilson, irá ter um serviço de shuttles, com partida de “diversos pontos-chave da cidade” em direção ao festival, bem como carreiras especiais no final. O Iminente tem ainda como “parceiro de mobilidade” a Uber, que fará um desconto de 5 euros a novos clientes.
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