José Carlos Carvalho
1. Fábrica Braço de Prata, Lisboa
Há mais de uma década que as 14 salas deste centro cultural informal de Lisboa, que ocupa a antiga fábrica de material de guerra em Marvila, se abrem a diferentes manifestações culturais e artísticas. O jazz tem sido, contudo, a maior delas. De quarta-feira a sábado, a partir das 22h30, há sempre uma atuação na casa, especialmente na Sala Nietzsche, palco privilegiado deste género musical. Por lá têm passado nomes como Júlio Resende, Salvador Sobral, Carlos Barreto, André Rosinha, Victor Zamora, Ricardo Pinto, José Salgueiro e Alexandre Frazão.
A agenda procura “mostrar quem está a aparecer na nova cena musical em Lisboa e não só”, salienta Sílvia Rebelo, uma das responsáveis pela programação. Já esta quinta, 3, Victor Zamora conduz uma jam session que convida todos os bons músicos a deixar um pouco do seu brilho pelo palco da Sala Nietzsche, e na sexta, 4, o Ensemble da Fábrica dá um concerto. Uma das novidades na Fábrica Braço de Prata foi a abertura, no ano passado, de uma escola de jazz. R. da Fábrica de Material de Guerra, 1, Lisboa > T. 96 859 9969 / 93 880 5841/ 96 551 8068 > qua-qui 18h-02h, sex-sáb 18h-04h > €4 (qua-qui), €7,50 (sex-sáb)
2. Titanic Sur Mer, Lisboa
No eterno sucessor do Maxime – que ocupa, há pouco mais de dois anos, um armazém do Cais do Sodré, em Lisboa –, as noites de jam sessions, à segunda-feira, chegam a ter cerca de 500 pessoas. Um número que acabou por “surpreender” Nuno Ferreira, guitarrista e programador das noites dedicadas ao jazz no Titanic sur Mer, o bar de Manuel João Vieira, artista e músico dos Ena Pá 2000 e dos Irmãos Catita. “Nunca pensámos que fosse crescer tanto. As jam já se tornaram um ponto de encontro”, afirma Nuno Ferreira que ali se apresenta, às segundas-feiras, com Luís Candeias, na bateria, e com António Quintino, no contrabaixo. “Juntam-se principiantes e pessoas mais experientes; comunidades de estudantes de Erasmus, músicos de rua e turistas, num ambiente de total improviso”. Cais da Ribeira Nova, Cais do Sodré, 3154, Lisboa > T. 93 245 9860 > seg 23h-3h, ter 23h-2h, qua 21h-2h, qui-sáb 23h-6h, dom 19h-3h
![bom mau vilao 14.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/12302150bom-mau-vilao-14.jpg)
D.R.
3. O Bom, o Mau e o Vilão, Lisboa
Estão de regresso as noites de jazz ao bar do Cais do Sodré, em Lisboa, que leva o nome do filme protagonizado por Clint Eastwood. Depois de uma fase morna, “o jazz está a ser de novo uma aposta”, afirma o gerente, Gonçalo Meireles. Além das Jam do Vilão, às segundas-feiras, a partir das 22 horas, com o quarteto de Ricardo Toscano como residente, em maio, o jazz será o tema de um ciclo com três concertos: Jeffery Davis Trio (2 mai), Liftoff Duo (16 mai) e o quarteto de Pietro Tonolo (24 mai). Nas cinco salas deste O Bom, o Mau e o Vilão, a música combina, quase sempre, com o cinema. R. do Alecrim, 21, Lisboa > T. 96 453 1423 > dom-qui 19h-2h, sex-sáb 19h-3h
4. Páginas Tantas – Jazz Bar, Lisboa
O bar do Bairro Alto, um dos mais antigos de Lisboa (nascido em 1994), continua a ter casa cheia, sobretudo nas noites de quinta a sábado. “Somos um bar de jazz e não um clube”, salienta o proprietário Carlos Vaz, lembrando a importância do espírito de tertúlia que paira dentro desta sala decorada com fotografias de grandes nomes do jazz e cartazes antigos do Festival Internacional de Jazz de Cascais. A partir das 22 horas, e enquanto se bebe um copo, escuta-se música “sempre com uma componente jazzística”. “É um registo de jazz que não é puro e duro, esse é para o Hot Clube. Este tem de ser apelativo para as pessoas de diferentes faixas etárias que aqui vêm, dos 18 aos 60 anos”, acrescenta. R. do Diário de Notícias, 85, Lisboa > T. 96 624 9005 > ter-dom 20h30-02h
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José Caria
5. Cascais Jazz Club, Cascais
Não deixa de ser curioso que na vila onde nasceu o mítico Cascais Jazz Festival (entre 1971 e 1988), e que marcou a estreia de Miles Davis em Portugal, exista apenas um clube de jazz. O Cascais Jazz Club tem conseguido resistir, desde que abriu em 2011, muito pela persistência da cantora e programadora Maria Viana, com uma carreira de mais de 40 anos. As quintas são as noites de jam sessions, onde “afinados ou desafinados, todos são bem-vindos”, lembra Maria Viana. A abertura fica quase sempre a cargo de George Esteves (piano), Zeca Neves (contrabaixo) e Paulo Bandeira (bateria,) mas, depois, é o público quem faz o alinhamento e que, muitas vezes, acaba com o tão desejado “Mais uma música, por favor!” Lg. Cidade de Vitória, 36, Cascais > T. 96 277 3470 > qui-dom 21h30-00h30 > donativo €8 (quintas), €5 (restantes dias)
![novas Hot Five004.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/12302001novas-Hot-Five004.jpg)
6. Hot Five Jazz & Blues Club, Porto
Alberto Indio reconhece “não terem sido tempos fáceis”, quando fala dos meses que se seguiram à abertura do Hot Five, em 2006, no Porto, próximo da Muralha Fernandina. A persistência do músico e compositor portuense em manter um bar com música ao vivo, que abrange o jazz, o blues, o funk e o soul, acabaria por consolidar a aposta, e hoje são os turistas que mais lhe agradecem. O jazz toma conta da sala – por onde já passaram nomes como Cassandra Wilson ou a Orquestra de Jazz de Matosinhos –, sempre nas noites de quarta e domingo (a partir 23h), com diferentes músicos. Doze anos depois, o Hot Five Jazz & Blues Club conseguiu “conquistar um público que gosta de sentar-se num bar com música ao vivo”, congratula-se Alberto Indio. Lg. Actor Dias, 51, Porto > T. 93 432 8583 > qua-qui, dom 22h-03h, sex-sáb 22h-04h > €5
7. Jazz Story, Porto
É o mais recente clube de jazz do Porto, aberto desde finais de março pelo músico Alexander Ioffe. “Faltava na cidade um sítio onde se pudesse ouvir música todos os dias”, afirma o professor do Conservatório de Música de Coimbra, nascido em São Petersburgo, na Rússia, a viver em Portugal há mais de duas décadas. Diariamente, à exceção das terças-feiras, a sala fica por conta da improvisação dos músicos profissionais que por ali passem, “baseada no repertório tradicional do jazz”, revela João Paulo Rosado, pianista e diretor artístico do Jazz Story. As noites abrem com a atuação de um trio que pode contar com a participação de Carlos Azevedo, Paulo Gomes, Marcos Cavaleiro, Demian Cabaud, além do próprio João Paulo Rosado. R. Conde de Vizela, 117, Porto > T. 91 972 9010 > seg, qua-dom 21h-02h > €5 (consumo mínimo)
![Salão Brazil HGF_2243.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/12302119Sal%C3%A3o-Brazil-HGF_2243.jpg)
D.R.