É um palácio nobre como há poucos em Lisboa – construído nos finais do século XVII, para ser a casa de campo da família Távora, e inovador, à época, pela sua arquitetura em U, que se abre ao jardim. Lá dentro, funciona, desde 1931, uma das mais bonitas bibliotecas municipais da cidade e, se o Palácio Galveias, no Campo Pequeno, já pedia obras, a intervenção da Câmara foi também no sentido de servir a comunidade mais próxima – leitores feitos e, na maioria, estudantes, que compunham a grande fatia dos 600 visitantes diários, registados antes do encerramento, em março de 2015.
Por isso, as salas foram adaptadas para estudo (com pontos de energia e acesso à internet), podendo ficar abertas até à meia-noite no período de exames. Distribuídas pelo piso térreo e pelo primeiro andar, há agora mais salas de leitura – 332 lugares sentados, que se estendem ao jardim e ao terraço – e espaços polivalentes, para formação, conferências, sessões de cinema, teatro ou até aulas de ioga. As crianças ganharam uma área com zona de leitura e uma oficina para atividades manuais no jardim.
Reservada ao lançamento de livros, fora do horário da biblioteca, fica a bonita Sala Saramago, no rés do chão, onde funcionará também a Livraria Municipal de Lisboa, entretanto encerrada na Avenida da República. E para requisitar um dos 120 mil documentos do acervo das Galveias, existem agora dois balcões de atendimento e uma máquina automática.
A inauguração, neste sábado, 10, faz-se com uma homenagem a Maria José Moura, que dirigiu, entre 1986 e 2006, o programa da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, abrindo-se os portões das Galveias ao público a partir de segunda-feira, 12.
Por anunciar está a data de abertura do quiosque, no jardim, que será palco do Festival Ibero-Americano de Narração Oral marcado para 14 a 16 de julho.
Biblioteca Municipal Palácio Galveias > Campo Pequeno, Lisboa > T. 21 780 3020 > ter-sex 10h-19h, sáb e seg 13h-19h