![MURAL MATOSINHOS18-07-16 LM-1.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/9422704MURAL-MATOSINHOS18-07-16-LM-1.jpg)
O segundo mural do projeto Up There que decorre, em Matosinhos, até setembro, coloriu o Bairro de Carcavelos
Lucília Monteiro
Serão seis os artistas que, até 7 de setembro, vão criar uma rota de arte urbana em Matosinhos, pintando grandes murais, no projeto Up There. Primeiro, foi o português Pariz One a deixar a sua marca na fachada lateral do edifício em frente à rua Augusto Gomes. Depois, seguiu-se o francês Katre, que, nos últimos cinco dias, pintou uma empena de grandes dimensões no bairro de Carcavelos, junto à estação de metro da câmara de Matosinhos. A ideia, explica Fernando Rocha, vereador da cultura de Matosinhos, “é que estes locais, e principalmente os bairros sociais, possam criar o interesse no público para os visitar”. O projeto de arte urbana surge no âmbito da Capital da Cultura do Eixo Atlântico, por via de uma associação entre a Câmara de Matosinhos e o centro de negócios da Lionesa, onde já existe o maior mural de arte urbana do norte do país. O tema das pinturas é livre, mas terão sempre que retratar a cidade de alguma forma.
![MURAL MATOSINHOS18-07-16 LM-7-1.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/9422742MURAL-MATOSINHOS18-07-16-LM-7-1.jpg)
O francês Katre é um dos seis artistas que estão a pintar Matosinhos
Lucília Monteiro
Com trabalhos na China, na Austrália, no Chile ou no Panamá, Katre estreou-se agora no norte de Portugal, uma zona que nunca tinha visitado. Numa empena de cinco andares, reproduziu as antigas fábricas de conservas de Matosinhos. “O sentido da arte urbana é dar uma última vida aos monumentos abandonados”, defendia no seu primeiro dia de trabalho na cidade. Antes de dar início a uma obra, Katre começa por visitar e fotografar os locais que lhe servem de inspiração para, em seguida, compor uma montagem, misturando estilhaços e relâmpagos coloridos, imagens habituais nas sua sobras e que, acredita, acrescentam “rapidez, energia e perspetiva”. Uma das suas preocupações, confessa, é que o público se reveja no que desenha e sinta que a pintura também lhe pertence, reconhecendo os monumentos retratados.
Hazul, que se estreou com uma obra em Matosinhos há poucos meses, é o artista que se segue no projeto Up There e já está a pintar uma fachada da Rua Augusto Gomes. Até 19 de julho, é por lá que o encontraremos. Depois, será preciso esperar até ao início de setembro para que o traço de Mr. Dheo e da dupla ARM Collective (Miguel Caeiro e Gonçalo Ribeiro) e ainda do espanhol Pantone cheguem às paredes de Matosinhos. Os trabalhos estão previstos decorrer entre os dias 1 e 6 de setembro, na fachada do Urban Hotel Amadeos, na rua Conde Alto Mearim (Mr.Dheo), na Lionesa, em Leça do Balio (Pantone) e no Bairro da Biquinha, na Estrada da Circunvalação (ARM Collective).
“Já há muitos turistas que seguem a arte urbana”, lembra Fernando Rocha, desejando que este projeto sirva de alavanca para o turismo na cidade – à semelhança do que já acontece com o Mural da Lionesa, que tem atraído millhares de visitantes.
![Pariz One 3.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/9422906Pariz-One-3.jpg)
A obra de Pariz One abriu o festival de arte urbana
Francisco Teixeira
Festival Up There > várias ruas de Matosinhos > até 6 set