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Skin has Eyes and Ears, de Daniela Vavrova (Papua Nova Guiné)
Fruto do diálogo entre a produção académica e o trabalho artístico, a FACA – Festa de Antropologia, Cinema e Arte chega à sua terceira edição nesta quinta-feira, 10, em Lisboa. Exibição de filmes, conferência, performance e workshop compõem a programação que se prolongará até sábado, 12, na associação Carpe Diem Arte e Pesquisa, na Cinemateca Portuguesa e no Arquivo 237.
Organizado por um grupo associado ao Centro em Rede de Investigação em Antropologia, a FACA tem sido um espaço de discussão para os antropólogos, que cada vez mais se aproximam de outras linguagens como suporte para os seus estudos, e para os artistas, que recorrem em seus trabalhos a conceitos etnográficos. “A FACA propõe cruzamentos entre os territórios da academia, comunidade e arte. Teremos a participação de investigadores e alunos para realizar uma reflexão sobre a cidade. A proposta é sair da Universidade, fazer parcerias e multiplicar pontos de vista”, explica Sónia Vespeira de Almeida, professora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e coordenadora do Núcleo de Antropologia Visual e da Arte.
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Performance Corps Archivés, de Claire Buisson
Pablo Lopez
Esta terceira edição olha o fenómeno urbano. Esta quinta, 10, a partir das 18h, haverá no espaço Carpe Diem Arte e Pesquisa uma breve apresentação do festival e ainda o encontro Em Cima da mesa: conversa assistida, com Claire Buisson. Logo em seguida, às 20h, a artista apresenta materiais selecionados do seu projeto atual, Corps Archivés. A performance explora a construção do sujeito com imagens de arquivo de bailarinos alemães e fotografias de mulheres dos anos 20, e ainda faz uma revisitação da Camisa de Força, de Lygia Clarck, tudo isto ao som de músicas afro-americanas da década de 60. A entrada é gratuita.
A programação da sexta-feira começa, às 15h, com o workshop participativo Working with art, film and anthropology, voltado para alunos, artistas, cineastas e antropólogos, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. O professor do Departamento de Antropologia Social da Universidade de Oslo, Arnd Schneider, juntamente com Angela Torresan, da Universidade de Manchester, Catarina Alves Costa, da Universidade Nova de Lisboa, e Filipe Reis, do Centro em Rede de Investigação em Antropologia, partilharão experiências e conversarão sobre seus trabalhos em desenvolvimento. Haverá ainda uma conversa sobre desenho, observação e antropologia, orientada por Sónia Vespeira de Almeida, no sábado, 12, no Arquivo 237, com a participação de investigadores e artistas. “A proposta é discutir o que os antropólogos e os artistas podem aprender uns com os outros, construir uma relação diferenciada a partir do design”, explica.
A Cinemateca Portuguesa será a responsável pela exibição dos filmes na sexta-feira, 11, e no sábado, 12. As sessões A Cidade em foco são compostas por uma seleção de curtas e médias metragens sobre a cidade de Lisboa, produzidas pelos alunos do curso de pós-graduação em Culturas Visuais de Portugal, e sobre o espaço urbano, realizadas ao longo da última década por alunos do Granada Center for Visual Anthropology, da Universidade de Manchester. Já as sessões do FACA Convida exibem dois filmes representativos da produção etnográfica contemporânea mundial: Skin has Eyes and Ears, de Daniela Vavrova, da Papua Nova Guiné, e A Place for Everyone, de Angelos Rallis e Hans Ulrich Gößl, do Ruanda.
FACA – Festa de Antropologia, Cinema e Arte > T. 21 989 7654 > Carpe Diem Arte e Pesquisa > R. de O Século 79, Lisboa > T. 21 197 7102 > Cinemateca Portuguesa > R. Barata Salgueiro 39, Lisboa > T. 21 359 6200 > Arquivo 237 > R. da Rosa, 237, Lisboa > T. 21 342 6237 > 10-12 mar, qui-sáb > gratuito e €2,50
Veja o teaser do festival