Do Jardim do Morro ao Cais de Gaia em cinco minutos e pelo ar. Mais do que a curta viagem é a vista sobre a cidade do Porto que encanta… Sentese à janela para não deixar escapar nenhum pormenor deste cenário.
Entre a ribeira e a Ponte da Arrábida cabe todo um imenso postal turístico, onde se faz notar a Torre dos Clérigos, o Palácio da Bolsa, a Sé e a Ponte Luís I. Tudo parece estar bem ao alcance da mão… O percurso faz-se devagarinho, a uma velocidade que varia entre zero e cinco metros por segundo, isto é, 18 quilómetros por hora. De tal forma, que nem dá para sentir vertigens.
O percurso apenas deixa o utilizador a uma altura máxima do solo de 35 metros, no ponto mais alto. São assim as viagens “do primeiro teleférico urbano de utilização funcional no continente”, ou seja tanto serve o turista, como a população residente. “Vai funcionar todo o ano, com um horário alargado, das 8 e 30 às 20 horas”, salienta Cláudio Anjos, da Telef.
O equipamento, que tem duas estações, de onde partem as 12 cabinas de oito lugares, permite sobrevoar o centro histórico numa distância de 562 metros, e faz a ligação entre a cota baixa, na margem esquerda do Rio Douro, à alta da cidade, junto à Serra do Pilar.
O projeto do consórcio Etermar e Telef arrancou em março de 2009, teve vários finais anunciados, mas só em janeiro deste ano as cabinas começaram a circular para testes. O teleférico representou um enorme investimento privado, tendo mesmo ultrapassado os 10 milhões de euros. Daí que o preço a pagar pela utilização, seja um reflexo do valor investido. Para uma viagem de ida e volta terá de gastar €8, enquanto a ligação simples se fixa em €5. As crianças, o mesmo é dizer os menores de 12 anos, pagam entre €3 e €4,50 pelo mesmo percurso. Há ainda algumas questões a afinar no que diz respeito aos tarifários.
Em cima da mesa está ainda a introdução de passes sociais para moradores, bem como a possível ligação do teleférico ao metro e consequente utilização do título Andante. “Só em meados de maio ficará definida a situação dos cartões e do passe”, avança Cláudio Anjos.
Sem data marcada permanece a abertura do espaço panorâmico junto à Serra do Pilar. No entanto, pode sempre tirar umas fotografias do miradouro ali mesmo ao lado.