O jovem começou a sentir-se mal na véspera de Natal. Primeiro, dores de cabeça e tonturas. Depois, febres altas. Huang, 23 anos, trabalha numa estação de comboio em Wuhan, a vasta capital da província da China central, muito próximo do mercado de frutos do mar, que se suspeita ser o terreno fértil deste vírus. No primeiro dia do ano, piorou, mas não considerou nunca que pudesse ser mais do que uma comum constipação. Agora, que recebeu alta médica, passou a ser a primeira pessoa infetada com este coronavírus a recuperar.
Não se julgue que o processo foi fácil. Segundo conta o Daily Mail, foi-lhe aplicada uma combinação de injeções de penicilina e vários outros medicamentos – mas três dias depois não havia sinais de melhoras. A querer evitar uma baixa demasiado demorada, Huang ainda tentou voltar ao trabalho. Ainda ia no autocarro que o levaria de regresso à estação quando a febre voltou a dar sinal – e Huang inverteu caminho de novo para o hospital e mais exames.
Foi quando se descobriram valores anormais nos testes de função hepática. Olhando de novo para os seus dados, os médicos aperceberam-se que o local de trabalho era perto do tal mercado e decidiram transferi-lo para Jinyintan, onde a maioria dos pacientes com coronavírus é tratada – e em quarentena. “Os médicos não arriscaram tocar-me nem com um dedo. Todos os cuidados são poucos”, reafirmou agora o jovem, depois de sublinhar, numa entrevista ao jornal chinês Pear, que recuperou depressa porque é muito novo. “Tenho apenas 23 anos.”
Além da China, onde se julga que há perto de 2 mil infetados, foram já confirmados casos nos EUA, Tailândia e Japão.