São vários os motivos que podem estar por trás de uma traição. Insatisfação com a relação, frustração, desejo sexual são alguns dos que o senso-comum identifica com facilidade, mas a ciência também tenta perceber o que leva alguém numa relação supostamente monogâmica a trair.
Um estudo recente, publicado The Journal of Sex Research, recorreu a um questionário online a 495 jovens adultos que tinham sido infiéis aos parceiros. Sem surpresas, as respostas foram variadas: Desde queixas de negligência por parte do atual companheiro (70%) à necessidade de um impulso na sua auto-estima (57%), passando por simplesmente desejar maior variedade de parceiros sexuais (74%). Houve, no entanto, uma resposta que se destacou: 77% disseram sentir falta de amor.
Um estudo anterior, publicado também no Journal of Sex Research, tinha chegado a conclusões semelhantes, com a maioria dos inquiridos a responder que tinha traído porque os seus parceiros não investiam em “preencher a sua necessidade de interdependência”, ou seja, a confiança saudável mútua numa relação.
E quem trai mais? Uma investigação publicada no British Journal of Psychology concluiu que são as pessoas que tiveram maior número de parceiros sexuais ou as mais impulsivas. A teoria dos investigadores da Universidade de Queensland, na Austrália, é a de que as primeiras desenvolveram certas “competências” (como a capacidade de perceber um interesse sexual de outra pessoa e de “recrutar” parceiros), enquanto os impulsivos podem trair simplesmente por não pararem para avaliar a situação, agindo de acordo com as emoções e pensamentos do momento.
Também este estudo concluiu que o sentir-se desligado de um companheiro e a baixa satisfação numa relação são as principais razões para uma infidelidade.
Já a duração e a profundidade do compromisso não mostraram ter um papel relevante.