Muitas vezes chamada a idade da “crise trimestral da vida”, os 25 anos são a idade em que temos mais tendência a tomar decisões instintivamente, revela um estudo, publicado na revista de biologia computacional Plos.
Um grupo de investigadores franceses selecionou mais de 3.400 pessoas com idades entre os quatro e os 91 anos, a quem foi pedido que realizassem várias tarefas online, de forma a avaliar a sua capacidade de se agir por impulso: adivinhar qual carta apareceria de um baralho, listar os resultados hipotéticos de 10 lançamentos de dados e criar uma série de resultados de “moedas ao ar” para que parecessem aleatórios a outra pessoa.
Depois de compararem a idade, sexo e educação, os investigadores descobriram que a idade foi o único fator que influenciou a capacidade dos participantes de tomar decisões aleatórias.
Estas escolhas foram depois comparadas com as que computadores produziram de acordo com a teoria de probabilidade algorítmica e os investigadores concluiram que os 25 anos são também a melhor idade para tentar enganar um computador. As tarefas desempenhadas pelos participantes exigiam algum sentido de aleatoriedade, complexidade, atenção, inibição e memória de trabalho.
“A nossa principal descoberta foi que a curva de desenvolvimento da complexidade algorítmica estimada nas respostas é semelhante ao que pode ser esperado de altas habilidades cognitivas, com um pico de desempenho aos 25 anos e um declínio que começa por volta dos 60”, referem os investigadores.
“Aos 25 anos, as pessoas podem ser mais espertas que os computadores para gerar esse tipo de aleatoriedade”, diz Hector Zenil, um dos autores do estudo, à revista Scientific American.
“A capacidade de fazer escolhas aleatórias significa que as pessoas têm um repositório maior de diversidade… então, aos 25 anos, as pessoas têm mais recursos criativos”, acrescenta Zenil.