O eclipse foi total apenas no extremo norte do Oceano Atlântico, nas ilhas Faroé (Dinamarca) e Svalbard (Noruega) e na região Ártica, indica o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) na sua página na internet.
Em Portugal foi parcial, tendo começan pelas 08:00 (hora de Lisboa) e terminando pelas 10:00, e o seu pico a aconteceu por volta das 09:00.
A área solar coberta variou entre os 62% e os 74%, no continente, e entre os 70% e os 77%, no arquipélago dos Açores. Na Madeira, a ocultação do Sol rondou os 57%, adianta o OAL.
Um eclipse solar sucede quando a Lua, satélite natural da Terra, se interpõe entre o seu planeta e o Sol, ocultando total (eclipse total) ou parcialmente (eclipse parcial) a luz solar.
O fenómeno só ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua, na fase de Lua Nova, estão alinhados. Por norma, os eclipses totais duram no máximo sete minutos. No caso do eclipse total do Sol, a coroa do “astro-rei” torna-se visível em redor do Sol eclipsado.
Portugal esteve na penumbra (parte menos escura do cone de sombra projetado pela Lua na superfície da Terra), pelo que o eclipse foi parcial, ou seja, a Lua só obscureceu uma parte do Sol, explicou à Lusa o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).
Em contrapartida, as ilhas Faroé e Svalbard e a região Ártica estiveram na umbra (parte mais escura do cone de sombra projetado pela Lua na superfície da Terra), pelo que o eclipse foi visto na sua totalidade.
Os eclipses totais são visíveis em menos locais da Terra do que os parciais, porque, esclareceu o IA, a umbra “pode possuir apenas algumas dezenas de quilómetros de largura”, ao contrário da penumbra, que tem, em geral, “alguns milhares de quilómetros de largura”.
Vistos da Terra, os diâmetros angulares da Lua e do Sol “são muito semelhantes”, permitindo que “o disco da Lua cubra por completo o disco solar”, no caso de um eclipse solar total.
O eclipse desta sexta-feira aconteceu no dia em que começa a primavera no Hemisfério Norte. O equinócio da primavera é às 22:45 (hora de Lisboa).
A estação prolonga-se por 92,75 dias, até ao próximo solstício, de verão, que ocorre a 21 de junho, às 17:38.