A COP27 é um encontro organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Governantes, cientistas e ativistas ambientais de vários países estão reunidos na cidade egípcia Sharm el-Sheikh até ao dia 18 deste mês. Discutem as medidas que os países devem tomar para, em conjunto, tentarem travar as alterações climáticas que estão a ameaçar o Planeta.
A crise climática de que tanto ouves falar refere-se às alterações que o clima tem vindo a sofrer nas últimas décadas e que ameaçam o Planeta. O aquecimento global, que se deve ao efeito de estufa, tem vindo a aumentar e tem de ser travado.
Em 2015, vários países assinaram o «Acordo de Paris», um documento em que se comprometiam a trabalhar para travar o aquecimento global. Para isso, teriam de tomar medidas para diminuir a poluição, substituindo os combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) por energias renováveis, como a solar ou eólica.
Infelizmente, a maioria dos países não tem cumprido o acordo e as alterações climáticas fazem-se notar cada vez mais em fenómenos meteorológicos perigosos. Grandes incêncios florestais, ondas de calor, inundações e tornados são cada vez mais frequentes e de maior intensidade, pondo em perigo milhões de pessoas em todo o mundo.
António Costa, o primeiro-ministro português discursou na Cimeira, onde afirmou que as energias renováveis em Portugal «representam já cerca de 60 por cento da eletricidade consumida» no nosso país, e garantiu que o objetivo é chegar aos 80 por cento até 2026.
Um outro assunto que está a ser discutido nesta cimeira é a ajuda dos países ricos aos países mais pobres no combate às alterações climáticas, já que são os países mais ricos quem mais polui, mas os mais pobres serão os mais afetados.
Um exemplo recente aconteceu no Paquistão, onde gigantescas inundações fizeram 1700 mortos e obrigaram mais de 10 milhões de pessoas (o número de habitantes de Portugal) a abandonar as suas casas.
António Guterres, secretário-geral da ONU, afirmou no discurso de abertura da cimeira que «a humanidade tem uma escolha: cooperar ou perecer» e perguntou aos líderes mundiais como responderiam às novas gerações quando estas lhes perguntarem «O que fez pelo mundo e pelo planeta quando teve oportunidade?»
Estudantes portugueses ocupam escolas e universidades
Desde segunda-feira, dia 7, centenas de jovens portugueses ocuparam de forma pacífica duas escolas e quatro universidades de Lisboa num protesto a que chamam ‘Fim ao Fóssil: Ocupa!’. Com cartazes e panfletos que distribuem pelos colegas, os jovens gritam palavras de ordem, exigindo o fim dos combustíveis fósseis. E dizem que, se ninguém os tirar dali à força, pretendem ficar ali até ao final da semana.
«Se nós não agirmos, ninguém vai agir por nós. Desta vez estamos a ocupar os nossos espaços escolares, as nossas escolas e as nossas universidades, que são os sítios que nos deveriam estar a preparar para um futuro melhor mas esse futuro não existe”, disse à agência Lusa Alice Gato, membro do movimento Greve Climática.