A 4 de fevereiro, assinala-se o Dia Mundial contra o Cancro. Milhões de pessoas em todo o mundo vivem com esta doença, que, felizmente, cada vez mata menos doentes. Cada vez se sabe mais sobre as causas e a forma como o cancro se desenvolve e cresce; e todos os dias há milhares de investigadores, cientistas e médicos que dedicam o seu tempo a estudar novas formas de prevenção e tratamento. O seu objetivo principal é melhorar a qualidade de vida das pessoas, durante e após o tratamento.
O que é o cancro?
Os orgãos do nosso corpo são constituídos por tecidos formados por conjuntos de células. Normalmente, as células crescem e dividem-se para formar novas células. No seu ciclo de vida, envelhecem, morrem e são substituídas por outras novas. Algumas vezes, este processo ordeiro e controlado corre mal: formam-se células novas, sem que o organismo necessite e, ao mesmo tempo, as células velhas não morrem. Este conjunto de células extra forma um tumor. Mas nem todos os tumores correspondem a cancro.
Há vários tipos de tumores?
Sim, os tumores podem ser benignos ou malignos. Os tumores benignos não são cancro: raramente põem a vida em risco; normalmente podem ser removidos (ou seja, retirados durante uma operação) e, muitas vezes, diminuem de tamanho. Além disso, as células dos tumores benignos não se “espalham”, ou seja, não passam para os tecidos em volta ou para outras partes do organismo. Já os tumores malignos são mais perigosos. As células dos tumores malignos podem invadir e danificar os tecidos e órgãos circundantes. Mas também podem ser retirados através de uma cirurgia e tornarem-se menos fortes graças aos tratamentos. Hoje, há muitos remédios e tratamentos.
Que tratamentos existem?
O método de tratamento depende de qual é o cancro e de quão avançado está. O médico tem também em conta a idade do doente e o seu estado geral de saúde. A maioria dos tratamentos inclui cirurgia (para remover o tumor), radioterapia ou quimioterapia.
A radioterapia é um tratamento feito com raios emitidos por uma máquina semelhante a uma máquina de raios-x. Já a quimioterapia é habitualmente utilizada para designar um conjunto de medicamentos contra o cancro, feitos, como o nome indica, de substâncias químicas; existem mais de 100 medicamentos diferentes.
Os tratamentos eliminam as células anormais, que compõem o tumor. Depois dos tratamentos, as pessoas costumam ficar cansadas. Alguns medicamentos fazem emagrecer, outros engordar, outros até fazem cair o cabelo (que depois volta a crescer). Além destas formas de tratamento, existem muitas outras, como a terapia hormonal (as hormonas são substâncias químicas fabricadas pelo nosso corpo) ou biológica.
O que pode provocar esta doença?
Muitas vezes, os médicos não conseguem explicar porque é que uma pessoa desenvolve cancro e outra não. Ainda assim, sabe-se que há vários fatores que podem contribuir:
- – Envelhecimento;
- – Tabaco;
- – Luz solar;
- – Radiação ionizante (como os raios X, usados em equipamento radiológico para fins médicos);
- – Determinados químicos;
- – Alguns vírus e bactérias;
- – Determinadas hormonas;
- – Álcool;
- – Dieta pobre, falta de atividade física ou excesso de peso;
- – Fatores genéticos (alterações no ADN) ou histórico familiar.

O Laço Cor-de-rosa é um símbolo Internacional usado como forma de apoio a quem luta contra o cancro da mama, um dos mais comuns
O que todos podemos fazer?
Existem muitas formas de ajudares a diminuir os casos de cancro. Primeiro, deves estar informado e partilhar essa informação com quem conheces. Para além disso, podes também envolver-te, participando em ações como a que acontece hoje, da Liga Portuguesa Contra o Cancro. A instituição sem fins lucrativos vai iluminar a Estátua D. José I, no Terreiro do Paço, e o Palácio Nacional da Ajuda, com as cores da campanha global “Eu Sou e Eu Vou”. A ação pretende reforçar a importância da adoção de hábitos de vida saudáveis.