1.º BALCÃO É preciso subir os 45 degraus da escada de pedra encaracolada que separam a Sala do Relógio do terraço antes de ser assoberbado pela panorâmica sobre o Terreiro do Paço. Com o rio Tejo sempre em pano de fundo, os olhos alcançam a Ponte 25 de Abril e o Cristo Rei, à direita, fazem uma pausa no Cais das Colunas, em frente, seguindo até à Sé, do lado esquerdo. A concretização deste projeto de restauro custou 950 mil euros à Associação de Turismo de Lisboa. Devido às limitações do espaço, não será visitado por mais de 700 pessoas por dia. Na fachada norte será projetado um espetáculo multimédia, centrado na história do arco.
MIRADOURO De costas, quem nos recebe são as esculturas do francês Anatole Calmels: a figura feminina da Glória, a coroar os jovens Valor (uma mulher ladeada por um leão e enquadrada por estandartes militares) e Génio (um jovem alado, com livros e palheta na mão esquerda e lira na direita). Os vidros substituídos na claraboia, com o aro de segurança reforçado, deixam passar a luz para a Sala do Relógio.
COSMOPOLITA Uma espécie de tapeçaria a preto e branco parece forrar as ruas da baixa: é a beleza da calçada portuguesa, invadida por turistas de chinelos. O vaivém lá em baixo distrai-nos da Sé e do Castelo de São Jorge, à direita, ou das Ruínas do Carmo e do Elevador de Santa Justa, à esquerda. Entre o terraço e a Sala do Relógio só podem estar 35 pessoas de cada vez: é preciso saírem uns para deixar subir os outros. Sem casa de banho ou acesso a cadeira de rodas, o arco não tem infraestruturas que permitam criar uma esplanada.
ANFITRIÃ Na Sala do Relógio a caixilharia em aço inoxidável deu lugar à madeira, material mais consentâneo com o monumento. Aqui será possível ver uma exposição, concebida pelo professor Sarmento de Matos, que sintetiza a história do arco desde o início da construção até à sua conclusão (1875).
TIQUETAQUE De meia em meia hora toca o sino no terraço, sincronizado com a máquina do relojoeiro mecânico almadense Manoel Francisco Cousinha. Instalado na Sala do Relógio desde 1941, altura em que ainda não tinha corda automática, o relógio já tinha sido restaurado em 2007, mas voltou a parar em 2010.
MAGISTRAL Viradas para o Tejo, as esculturas de Vítor Bastos (Viriato e Vasco da Gama, no lado esquerdo, Marquês de Pombal e Nuno Álvares Pereira, com guerreiro, no lado oposto) fazem companhia à estátua de D. José, na praça, cujo restauro terminou em julho (um investimento de 490 mil euros).
Arco da Rua Augusta Seg-Dom 9h-19h 9-18 Agosto até 21h €2,50 (> 5 anos); 15% desconto no bilhete com o Lisboa Story Centre
Espetáculo Multimédia Arco de Luz 9-18 Agosto 21h30, 22h30, 23h30