No Agrupamento de Escolas da Batalha, são apenas três as turmas (5ºD, 5ºG e 5ºH) que estão a ‘trabalhar’ ativamente na campanha de ‘Miúdos a Votos’ – mas o seu entusiasmo é tanto que contagiou a escola.
No último dia da campanha, sexta-feira, 3, no intervalo das 10h20, juntaram-se no recreio para o comício de A Viúva e o Papagaio e para cantarem mais uma vez o hino de ‘Miúdos a Votos’, com letra escrita pelos alunos do 5ºH, e a música Mamma Mia, dos Abba. O entusiasmo não é só deles: é também de Rita Seco, professora de Música, de quem não tiram os olhos para assim poderem seguir todas as suas indicações, e de Cristina Delgado, professora de Português e Francês; foi ela quem falou aos alunos e aos outros professores de ‘Miúdos a Votos’ e, em articulação com a equipa da biblioteca da escola, dirigda por Paula Ferreira, pôs as coisas a andar.
«Sabes que o teu voto vai fazer a diferença/ Vota, vota!», cantam a plenos pulmões, entusiasmadíssimos, enquanto a coluna portátil toca o instrumental.
«Um dia, a professora de Educação Musical faltou e tivemos aula com a diretora de turma [que é a professora Cristina Delgado]», há-de contar mais tarde, já dentro da biblioteca, Constança, do 5ºH. «Ela propôs-nos que aproveitássemos o tempo para criarmos um hino para os ‘Miúdos a Votos’ e começamos a dizer frases soltas, de que a professora ia tomando nota no quadro.» E assim, numa hora, estava escrita a letra, que passaram depois à professora Rita Seco, que verificou que a letra ‘cabia’ dentro da música que tinham escolhido. A partir daí, foi trabalhar nas aulas de Educação Musical e de LIP, que quer dizer Laboratório de Ideias e Projetos – ‘Miúdos a Votos’ foi trabalhado nos Domínios de Autonomia Curricular.
O intervalo serve também para os apoiantes de A Viúva e o Papagaio fazerem o seu comício, com uma srª Gage vestida a preceito, e com um papagaio feito em origami no dedo. Há muitas bandeiras no ar, e de vários livros, porque por aqui também se gosta de Gravity Falls, O Diário de um Banana 1 e O Diário de um Banana 3. (Clicar na seta do ldo direito, em cima da fotografia, para ver mais imagens).
Na conversa com a VISÃO Júnior, mais tarde, numa biblioteca cheia de luz, e com os representantes das três turmas envolvidas na campanha sentados numa grande roda, os apoiantes dos dois livros do Greg trocam argumentos entre eles: «Se não lermos o Banana 1, não percebemos o resto da coleção», diz o Luís. «Pois, mas o Banana 3 tem situações divertidas a triplicar». responde-lhe logo alguém.
Luís já tinha dito antes: «Se lermos mais, podemos ter um vocabulário melhor e mais imaginação.» Ou, como explicara a Carolina, «os livros não são só um monte de palavras e frases. Também têm cultura.» Aqui não faltam palavras: todos participam, todos falam. E todos parecem estar de acordo: fazer uma campanha eleitoral não só é divertido como os ensina a estarem mais preparados quando puderem votar em partidos.
A avaliar pelo que contam, o seu entusiasmo contagiou os alunos de outras turmas e de outros anos, que agora também querem votar nas eleições. «Tenho amigos do 6º ano que me vieram perguntar se podiam participar na campanha», conta Iara. «O meu irmão está no 3º ano, na escola onde eu estava antes desta, e quando vou lá falo aos meninos do 4º ano do que se está a passar aqui», diz Martim. «Os meus pais acham ótima ideia eu estar a participar, porque dizem que os livros são importantes para a nossa vida no futuro»,. conclui Luigi.
Quem irá ganhar nas eleições de dia 7?
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