Nos dias que correm, a palavra boleia tem vindo a perder o seu significado original. Em tempos, quando ter um automóvel era um luxo, ou haver transportes públicos para todo o lado era uma miragem, as pessoas que precisavam de viajar daqui para ali e dali para aqui paravam na berma da estrada, espetavam o polegar para cima e pediam boleia. Hoje, quando pensamos nisso, pensamos que é algo estranho, isso de levar um estranho ou uma desconhecida a bordo do nosso carro, mas era algo que acontecia muito, e ainda acontece. Era uma atividade sustentável e que, se voltar a ser comum, reduziria a circulação de automóveis e o ambiente ia ficar muito, mas mesmo muito feliz!
Em ‘Boleia’ ficamos a conhecer um surfista bronzeado que vai para a praia no seu carro. Pelo caminho vai deparar-se com muita gente a pedir boleia e ele, como é um jovem animado, leva todos com agrado! Claro que nem tudo vai correr bem e nem todos merecem uma boleia. Aqui tens um livro muito bem-humorado, com uma ilustração a chamar o verão e com um texto que canta como se a música do rádio do carro do surfista tocasse bem alto.
Boleia
Guilherme Karsten (texto e ilustração)
Editora: Fábula