Ao regime político em que os reis mandavam e o poder passava de pais para filhos chama-se monarquia, palavra que vem do grego e quer dizer «um só poder». República vem do latim e quer dizer «coisa pública». Baseia-se na ideia de que o poder pertence aos cidadãos. Portugal é uma república desde 1910.
Hoje continua a haver reis, só que a maioria deles já não manda como mandava. Qual é a diferença?
Em todos os países, tem de haver um Chefe de Estado, uma pessoa que está acima do governo e dos deputados, e que pode dissolver o parlamento. Numa república, essa pessoa é o Presidente da República, eleito pelas pessoas.
Nas monarquias constitucionais, quem desempenha esse papel é o rei, que não foi eleito, mas que já não está acima da lei como acontecia antes. Chamam-se monarquias constitucionais porque o rei também tem de obedecer à Constituição, que é a lei mais importante de um país, como todas as outras pessoas.
Inglaterra, Espanha, Dinamarca, Bélgica Noruega e Suécia, por exemplo, funcionam assim. Já noutros países o monarca continua a ter o poder absoluto, como acontecia antigamente: Omã, Qatar, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, entre outros.
No dia 6 de maio, Carlos III foi coroado rei, não só de Inglaterra mas também da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte (países que formam o Reino Unido), Canadá, Austrália e Nova Zelândia, além de uma série de outros países mais pequenos, como a Jamaica, Bahamas, Granada, Papua-Nova Guiné ou as Ilhas Salomão, que fazem parte da chamada Commonwealth (Comunidade de Nações), fundada em 1931.
Este artigo foi originalmente publicado na VISÃO Júnior n.º213 e editado no dia 8 de maio de 2023
Carlos III e Camila são os novos reis de Inglaterra
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