Quando leste a palavra ‘satélite’, provavelmente, pensaste num objeto de grandes dimensões, maior até do que um automóvel. Nada disso, o ISTSat-1 é um nanosatélite, ou seja, é muito pequeno. Na realidade, ele é um cubo com arestas de apenas 10 centímetros.
No momento em que escrevemos esta notícia, o ISTSat-1 já paira no Espaço, a cerca de 580 quilómetros de distância da Terra. Foi lançado ontem, dia 9, com outros nanosatélites, transportados pelo foguetão europeu Ariane-6. O lançamento realizou-se sem problemas, no Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa.
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O ISTSat-1 foi desenvolvido por estudantes e professores do Instituto Superior Técnico, de Lisboa, e a sua missão será testar a capacidade de deteção da presença de aviões em zonas remotas. Por palavras mais simples, “é um sistema em que os aviões emitem a sua posição e permite aos outros aviões e aos terminais em Terra receberem a sua posição”, como explica o Carlos Fernandes, investigador do IST NanoSatLab.
Depois de cerca 45 minutos após o seu lançamento no Espaço, o nanosatélite português começou a “acordar”, verificou se todos os seus sistemas estavam a funcionar e abriu as suas antenas. Feito isto, está em condições de “comunicar com quem esteja a ouvi-lo cá em baixo”, afirma Carlos Fernandes. “Cá em baixo” está a equipa do Instituto Superior Técnico, na estação-terra do polo de Oeiras, a recolher as informações enviadas pelo satélite.
O ISTSat-1 irá permanecer no Espaço por cerca de cinco anos e, após cumprir as suas funções, será desativado, voltando a reentrar na Terra, onde arderá durante o processo de entrada na atmosfera.