Ao nono dia de campanha eleitoral da iniciativa «Miúdos a Votos: quais os livros mais fixes?», os alunos do 4.º ano e do 3.ºano juntaram-se todos na biblioteca. O motivo? Os mais velhos iam apresentar aos mais novos dramatizações dos livros que apoiam nesta iniciativa.
«O Tubarão na Banheira» foi a primeira história a ser dramatizada. Caracterizados como as personagens do livro, Catarina, Cristiana, Júlia, Lara e Miguel contaram a história com recurso a alguns objetos – e até uma banheira levaram para a biblioteca! No final, apelaram ao voto com gritos dignos de um comício político e ofereceram gomas em forma de tubarão que os próprios tinham comprado.
Seguiu-se o «Diário de um banana 11: Tudo ou Nada», com uma dramatização organizada por um grupo que demonstrou muita atenção ao detalhe: estavam todos vestidos de branco, os cartazes eram pretos e brancos e no fim ofereceram balões com a cara do Greg (a personagem principal) com as mesmas cores, desenhados por um dos membros do grupo.
Para a terceira dramatização, as luzes foram desligadas: a história é mais misteriosa, passa-se no Convento de Mafra e tem como protagonista um morcego “que não estraga os livros da biblioteca, mas sim cuida deles”, argumentou o grupo a fazer campanha pelo livro «O Morcego Bibliotecário».
Conta-nos Pedro Alves, 9 anos, um dos miúdos que está pelo livro de Carmen Zita Ferreira, que o «Miúdos a Votos» “mexe connosco porque não sabemos se ganhamos ou perdemos, então estamos muito ansiosos. Deu muito trabalho, mas valeu a pena!”
Ana Lúcia, 10 anos, e Sofia Baptista, 9, concordam que usar a imaginação é essencial nestes projetos e que é uma forma muito divertida de interagirem com os colegas da escola. “É em grupo e podemos fazer as coisas à nossa maneira”, diz Sofia. Estão as duas a fazer campanha pelo «Diário de um Banana 12: Põe-te a Milhas!», o último da colecção de Jeff Kinney. “Este é o meu livro favorito da coleção do Diário de um Banana. O escritor foi evoluindo bastante”, argumenta Ana Lúcia. Apostaram numa dramatização da história que inlcuiu até com um videoclip de uma música que os próprios fizeram. No fim, lançaram confetti enquanto gritavam pelo livro.
Este grupo foi um dos que mostrou mais autonomia, explicou a professora da turma, Elsa Costa. A música, por exemplo, foi mantida em segredo até ao fim. “A autonomia tem sido quase absoluta, com alguma orientação da parte dos professores. Mas o comportamento deles tem-se alterado para uma forma muito mais responsável e esta atividade, tal como outras, vai despertando nalguns meninos o gosto pela leitura.”
Noutra escola de Coimbra, a Solum, os alunos também apresentaram peças de teatro.