O Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens (FAPAS), o Grupo de Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), a Liga para a Protecção da Natureza (LPN), a QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza (QUERCUS), a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e a Representação em Portugal do WWF, Worldwide Fund For Nature (WWF Mediterrâneo – Portugal), apresentaram publicamente a COLIGAÇÃO C6 que fundaram recentemente.
As principais ONGA nacionais decidiram criar a C6 com objectivo de atuarem solidariamente numa só voz, sem prejuízo da autonomia de cada uma das parceiras, junto da sociedade civil e das instituições públicas e governamentais na defesa da protecção e valorização da Natureza e da Biodiversidade.
A COLIGAÇÃO terá em cada ano uma Agenda Comum de intervenção, será representada, anualmente, de forma rotativa, por cada uma das organizações constituintes e adoptou no Regulamento, cuja assinatura formal constou da cerimónia pública de apresentação, o princípio da unanimidade na preparação e tomada de intervenções públicas.
Para o ano de 2015 a COLIGAÇÃO irá intervir publicamente nos seguintes pontos:
– A organização e desenvolvimento de uma ampla campanha de sensibilização sobre os benefícios da Rede Natura 2000;
– A avaliação do estado de financiamento público e privado da conservação da natureza e da biodiversidade e a apresentação de propostas neste domínio;
– A preparação, apresentação e avaliação com as forças partidárias que se irão apresentar a escrutínio nas próximas Eleições Legislativas, de uma Proposta para uma Politica de Proteção e Valorização da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, a qual deverá ser tida em conta nos compromissos com os eleitores.
A COLIGAÇÃO manifestou publicamente as razões que a motivam. Assim, considera o C6 que se, por um lado, nunca tanto como hoje o desafio da sustentabilidade foi tão grande, por outro, nunca tanto quanto agora, apesar da evidência anterior de uma iminente crise ecológica que será mais grave e mais onerosa para os Estados do que a crise económica e social que atravessamos, se assiste a uma tentativa de retrocesso nos ganhos recentes que a sociedade havia feito na rota da sustentabilidade.
As ONGA integrantes da COLIGAÇÂO estão preocupadas com as Diretivas Europeias com o desinvestimento real na conservação da natureza e da biodiversidade; com a economia do capital natural, valor público e gestão sustentável; preocupadas que as diferentes forças políticas que aspiram a poder definir e governar políticas públicas não consigam, não queiram ou nem saibam integrar nos seus propósitos e compromissos de governação uma consistente e empenhada defesa do ambiente em geral e da conservação da natureza e da biodiversidade em particular.
As ONGA integrantes da COLIGAÇÃO estão, todavia, conscientes do papel crítico que a mobilização da sociedade civil pode ter em impedir políticas erradas, conjunturais ou interessadas mas contrárias à sustentabilidade. Estão conscientes que o papel das organizações não governamentais de defesa do ambiente é absolutamente essencial para proteger e valorizar a conservação da natureza e para informar e sensibilizar a população para a defesa dos valores naturais rumo a um futuro mais sustentável, estão confiantes que a conjugação dos seus esforços pode não apenas dar mais eficácia à sua atuação como gerar um efeito positivo de sensibilização e mobilização da sociedade civil.