As alterações climáticas parecem estar a acelerar. O ano de 2023 bateu o recorde de mais quente desde que há registos, apenas para ser imediatamente destronado no ano seguinte, e com um bónus: 2024 foi o primeiro ano a ultrapassar o limite ideal do Acordo de Paris, e por um décimo inteiro de grau centígrado: ficou 1,6 ºC acima da média do período 1850-1900.
Tanto 2023 como 2024 foram, contudo, afetados pelo El Niño, o fenómeno do Pacífico que acaba por contribuir para a subida da temperatura média global da atmosfera (em cima, claro está, da subida da temperatura devido às alterações climáticas). Mais significativo é o aumento médio das últimas décadas: 1985-1994 foi 0,55 ºC mais quente do que a média do período pré-industrial; 1995-2004, 0,75 ºC; 2005-2014, 0,92 ºC, e 2015-2024, uns impressionantes 1,28 ºC.