O centauro de Rui Vieira Jornal de Letras
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O centauro de Rui Vieira

Três registos para um mesmo caso. Uma conferência sobre Esquizofrenia e Psicologia-Aplicada Forense, uma investigação criminal e um monólogo de inspiração joyciana. Tudo para tentar retirar Dionísio do labirinto em que se encontra. Filho de uma prostituta, ele sente-se transfigurado num centauro e não hesita em vingar a morte da mãe com vários crimes. Mas se a sinopse pode orientar o leitor, nada o prepara para o ritmo da fala e do pensamento desta narrativa, registos que Rui Vieira, 46 anos, tem vindo a explorar nos seus romances, desde a estreia, em 2005, com Guardador de Almas. Vozes e ecos conjugam-se, em No Labirinto do Centauro (Abysmo, 140 pp, 15 euros), para indagar os mecanismos do pensamento e do cérebro humano