Miguel Alves

O adiamento do pedido de demissão do adjunto do primeiro-ministro, que levou cerca de duas semanas envolvido numa polémica, pode levar a que se replique tal comportamento, levando à descredibilização da política, avisa o presidente da associação Transparência e Integridade. Para Nuno Cunha Rolo, "há o risco de se criar um padrão para futuros executivos com este comportamento"

Ministério Publico considera que contratação da empresa de comunicação de Manuela Couto foi feita ao arrepio das regras de contratação pública

O adjunto de António Costa demitiu-se ao ser acusado de prevaricação num caso que envolve a contratação de uma empresária investigada na Operação Teia. Miguel Alves sai do Governo após se ver envolvido numa polémica sobre um pagamento mal explicado de 300 mil euros a um empreiteiro, quando era presidente da Câmara de Caminha. Além destes dois casos, é também arguido noutros dois processos

Miguel Alves garantiu ter verificado a "robustez financeira" do empresário Ricardo Moutinho, mas até a sociedade usada para assinar o contrato de Caminha "não apresenta indícios de atividade comercial"

Investigação do Estado às queixas de Luís Dias é demolidora para organismos da Agricultura, que gerem fundos europeus e apoios financeiros, mas também para decisores políticos. Ao contrário do que disse António Costa no Parlamento, o agricultor tem razão e o funcionalismo público só não incorre em sanções disciplinares porque prazos para atribuir culpas foram ultrapassados

E com ele os bombos, os cartazes e os brindes. Partidos e independentes mobilizam-se para ocupar lugares nas câmaras. A seis meses da ida a votos, o que se passa no País? Os braços de ferro, o regresso dos dinossauros, os trunfos e as fraquezas de cada partido, o fenómeno dos independentes