A Canon anunciou o lançamento de duas novas câmaras que prometem melhorar os padrões de desempenho e criatividade no mundo da fotografia e vídeo profissional: a EOS R1 e a EOS R5 Mark II. Os modelos do, Sistema EOS R, estão equipados com tecnologias ‘alimentadas’ por Deep Learning e pela nova plataforma de imagem Accelerated Capture, para simplificar os fluxos de trabalho e proporcionar uma experiência de utilização mais intuitiva.

A EOS R1 é a primeira câmara da gama EOS R a integrar a série EOS-1. O modelo foi desenvolvido a pensar nos fotógrafos de notícias e desporto, com funcionalidades avançadas para assegurar que conseguem captar momentos importantes, afirma a marca. Entre as inovações da EOS R1 destacam-se o novo sistema AF, capaz de identificar os alvos em condições mais desafiantes, como fotografar através de redes de ténis.

A câmara conta com um obturador eletrónico silencioso de 40fps, com seguimento AF e 20 frames de pré-disparo contínuo, que, segundo a marca, assegura que nenhum momento crucial seja perdido. Com uma resolução de 24.2 megapixels, a EOS R1 promete um alto desempenho, podendo alcançar até 96 megapixels com a ajuda de tecnologia de Deep Learning. A câmara é ainda capaz de gravar vídeo em 6K a 60fps e 4K a 120fps.

Veja a Canon EOS R1

A Canon destaca que a EOS R5 Mark II foi concebida para satisfazer diferentes necessidades profissionais: de a fotografia de vida selvagem a casamentos e produção de filmes. Equipada com um sensor retroiluminado de 45 megapixels, o modelo tem um obturador eletrónico de 30fps para captar os principais alvos em movimento rápido com maior precisão. Já o modo de pré-disparo contínuo capta 15 frames antes do obturador ser premido.

A câmara suporta gravação de vídeo em 8K a 60p e 4K a 120p com som, além de vídeo RAW interno de 12 bits. A EOS R5 Mark II dispõe também de um design compacto e leve, com um visor resistente ao nevoeiro e a uma nova bateria LP-E6P.

Veja a Canon EOS R5 Mark II

Inovações Tecnológicas de Ponta

As câmaras contam com a nova plataforma de imagem Accelerated Capture, que inclui o processador DIGIC Accelerator e o processador de imagem DIGIC X. A Canon afirma que esta combinação permite um processamento de dados mais eficiente, resultando em melhorias significativas na focagem automática, disparo contínuo e qualidade de imagem.

A nova versão do Dual Pixel CMOS, o Dual Pixel Intelligent AF, permite uma capacidade de seguimento do alvo com precisão, afirma a marca. A tecnologia é particularmente útil na fotografia de desporto, onde é essencial identificar e seguir o rosto e a parte superior do corpo dos jogadores, evitando obstáculos. Com o modo Action Priority é possível identificar automaticamente poses de ação comuns em desportos como basquetebol, futebol e voleibol.

Outra inovação é o AF de controlo de olhos, que foi melhorado para o dobro do nível da EOS R3 em ambos os modelos. O sistema inclui um sensor com maior número de pixels, LEDs melhorados, uma área de deteção de olhos maior e um algoritmo de deteção atualizado.

Os novos sensores de imagem da EOS R1 e EOS R5 Mark II permitem velocidades de disparo mais rápidas e uma leitura mais eficiente do sensor. A EOS R1 apresenta uma redução de 40% no obturador de rolamento em comparação com a EOS R3, enquanto a EOS R5 Mark II alcança uma redução de 60%. De acordo com a Canon, isto resulta em imagens com mais qualidade sem perda de gama dinâmica.

As câmaras oferecem uma função de pré-disparo contínuo, permitindo captar até 20 frames (EOS R1) e 15 frames (EOS R5 Mark II) em formato HEIF/JPEG ou RAW antes de premir o obturador, assegurando que o momento principal é captado mesmo que este pareça ter sido perdido. Além disso, os visores eletrónicos (EVF) de ambas as câmaras possuem alta resolução e elevada luminosidade, proporcionando uma experiência de visualização sem obstruções.

Com até 8,5 pontos de estabilização de imagem, os modelos prometem oferecem capacidades de disparo eficazes, particularmente em condições de pouca luz. Para videógrafos, as EOS R1 e EOS R5 Mark II suportam gravação de vídeo RAW de 12 bits internamente e formatos Cinema EOS Movie Recording com Canon Log 2 e 3. As câmaras também permitem a gravação de vídeo proxy em dois cartões e áudio de quatro canais, elevando a produção de vídeo profissional.

Para suportar os fluxos de trabalho dos profissionais, as câmaras oferecem várias opções de conectividade , incluindo Wi-Fi6E/11ax 6GHz, Ethernet de 2.5 Gbps e FTP de dupla entrada no corpo (EOS R1), e Ethernet de 2.5 Gbps (EOS R5 Mark II).

Do novo conjunto de câmaras, a EOS R5 Mark II é a primeira a chegar ao mercado, em agosto, por um preço de 4879 euros. A EOS R1 chegará mais tarde, já em novembro, com um preço de 7649 euros.

*Texto: Tiago Jorge Pereira, editado por Francisca Andrade

Os Huawei FreeBuds 6i são fabricados em plástico resistente, mas com um brilho que é esteticamente agradável. Os auriculares, finos e elegantes, têm uma ponta de silicone generosa, que ajuda a isolar uma boa parte do som exterior, mesmo quando a música ainda não está a ser reproduzida.

Nas hastes há uma zona sensível ao toque, que possibilita o ajuste do volume, assim como o controlo da reprodução de música e a ativação do cancelamento de ruído. Os auriculares respondem imediatamente às nossas ‘ordens’, seja ao deslizar com o dedo para cima e para baixo ou a pressionar durante alguns segundos.

Cancelamento de ruído

A tecnologia de cancelamento de ruído (ANC) é o grande foco da marca e é, de facto, uma área na qual os auriculares marcam pontos pela positiva. Através da aplicação AI Life é possível ativar este modo ou, se preferir, o modo ambiente. Apreciámos particularmente o modo ANC, pois isola grande parte do ruído à nossa volta.

Por exemplo, utilizámos os auriculares enquanto um corta-relvas estava próximo a trabalhar e, no modo ANC, com os níveis de volume a ‘meio gás’, o isolamento de ruído foi quase total. Experimentámos também noutras situações mais comuns, como viagens de autocarro e em escritório, e os resultados foram igualmente convincentes. A diferença entre o modo ANC ligado ou desligado não deixa margem para dúvidas de que esta foi uma aposta ganha.

A marca afirma que estes auriculares foram criados para quem gosta de ouvir músicas com graves nítidos. Testados em canções que puxam pelas frequências mais baixas, como por exemplo Bad Guy de Billie Eilish, os Huawei FreeBuds 6i deram–nos uma boa reprodução de graves e sem ruído.

O mesmo não podemos afirmar dos sons agudos, que não têm a melhor nitidez e podiam ser superiores neste capítulo. Os auriculares, equipados com seis microfones, permitem-nos ainda ativar o modo ambiente, o que faz com que possamos continuar a ouvir música com boa qualidade, mas dando-nos ao mesmo tempo uma clara perceção daquilo que se passa à nossa volta.

Quando retiramos um dos auriculares, o que estávamos a ouvir é colocado automaticamente em pausa. Quando voltamos a colocá-lo, ouvimos um indicador sonoro que significa que os auriculares reconheceram que estão de novo no ouvido e a música volta a tocar de imediato.

Nos testes em chamadas, estes Buds tiveram um comportamento positivo, mesmo em dias mais ventosos. A qualidade da chamada é estável e conseguimos ouvir o que está a ser dito com nitidez. Quem está do outro lado da linha também nos ouve de forma clara, algo que pode ser explicado pela inclusão de três microfones em cada auricular.

A boa autonomia

Os FreeBuds 6i têm um bom nível de autonomia. A marca promete cerca de 8 horas de reprodução contínua (sem ANC), o que corresponde à nossa experiência em teste. Os auriculares demoram, em média, 45 minutos a carregar, enquanto que a caixa de carregamento, que se destaca pelas dimensões compactas, leva cerca de uma hora para chegar aos 100%.

Cada auricular tem dois pinos magnéticos que permitem um carregamento estável e eficiente na caixa. Tendo em conta todas as suas características, o preço parece-nos um trunfo extra, sendo estes uns auriculares recomendados para usar nas mais diversas situações do quotidiano.

Tome Nota
Huawei FreeBuds 6i– €99,99

Construção Bom
Som Bom
Construção Muito bom
Conforto Muito bom

Características Frequências: 14 Hz até 40 kHz ○ Driver Dynamic 11 mm ○ 2x 3 microfones ○ Autonomia anunciada: 8h (sem ANC), 5h (com ANC) ○ Reprodução: 35h (c/ caixa) ○ IP54 ○ Codecs: AAC,SBC ○ Bluetooth 5.3 ○ USB-C (caixa) ○ 2x 5.4 g (auriculares) ○ 34g (caixa com os auriculares) 

Desempenho: 4
Características: 4,5
Qualidade/preço: 4,5

Global: 4,3

*Texto: Tiago Jorge Pereira, editado por Francisca Andrade

Os preços das casas em Portugal continuam a subir, se bem que a um ritmo mais baixo. Um imóvel de 100 metros quadrados custa, usando a mediana das transações feitas no primeiro trimestre, €164,4 mil euros. Este é o valor mais recente do Instituto Nacional de Estatística que atualizou esta terça-feira os dados dos preços dos alojamentos familiares.

Apesar de os preços terem continuado a subir no arranque do ano, o ritmo de valorização refreou. A subida homóloga dos valores medianos das transações foi de 5% no primeiro trimestre de 2024, bem mais baixa que a de 7,9% registada no último trimestre do ano passado. O ritmo de valorização entre janeiro e março deste ano foi o mais baixo em três anos, num cenário marcado pelas taxas de juro altas e pela desaceleração da economia.

No entanto, apesar da tendência de subida generalizada dos preços, houve diferenças entre regiões. “No período em análise, as sub-regiões da Grande Lisboa, Algarve, Região Autónoma da Madeira, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto registaram preços da habitação superiores aos do país. Destas, apenas a Grande Lisboa (4,3%) e o Algarve (2,2%) registaram taxas de variação homóloga inferiores à nacional”, indica o INE.

Já por concelhos, sem grande surpresa, Lisboa permanece como o mais caro. Durante os primeiros três meses do ano as casas foram transacionadas, em valores medianos, por €4190 euros por metro quadrado. Mas, na lista dos mais caros, registam-se também vários municípios algarvios.

Os dados do arranque do ano comprovam que a tendência de subida dos preços se mantém. Nos últimos cinco anos, os valores subiram 54% e ao longo dos últimos trimestres foram batidos vários recordes. Esta tendência verifica-se em praticamente todas as regiões, especialmente na Península de Setúbal, Grande Lisboa e Algarve.

Prossegue hoje a verdadeira Disneylândia política que é a convenção republicana, que terá como ponto alto a oficialização de Donald Trump como candidato às presidenciais de novembro. Até aqui, o encontro teve dois grandes protagonistas: o penso na orelha do ex-presidente e JD Vance, a surpreendente escolha para candidato a vice-presidente. Num momento em que os democratas lutam contra dúvidas internas, esta escolha revela muito do que Trump quer, para estas eleições e até para o futuro.

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A ideia de que a Ciência tem resposta para todos os problemas da sociedade e que por isso vai salvar o mundo, é falsa. Em entrevista à VISÃO, em 2021, o paleontólogo Juan Luis Arsuaga dizia mesmo que aqueles que assacam à Ciência responsabilidades na resolução de todos os problemas do mundo comportam-se como “crianças pequenas”. Para ele a Cultura é mais importante como visão do mundo. Por isso, quando os pais lhe confidenciam que as suas crianças gostam de fósseis, ele costuma aconselhar que leiam antes Shakespeare.

Com efeito, querer transformar a Ciência numa religião é um disparate pegado, porque “a ciência não é uma religião, é um método para conhecer a verdade, mas não toma decisões.” Portanto, para o catedrático da Universidade Complutense de Madrid, é preocupante que a ciência se tenha convertido “numa nova divindade”.

Querer converter a ciência numa nova religião é um trabalho inglório, até porque ciência e religião não competem entre si, funcionam em planos diferentes. A ciência é um método para procurar conhecer a verdade. Então, se os métodos científicos mudam, porque se vão aperfeiçoando com a evolução do conhecimentos e dos saberes, isso significa que os resultados dos estudos mais recentes poderão ser diferenciados dos mais antigos. Podemos dizer que a Ciência se enganou? Não. Apenas chegou aquelas conclusões com o uso das “ferramentas” de que dispunha em cada momento, e agora é possível ver mais longe. A Ciência não é uma religião nem toma decisões.

Essa deificação da Ciência nem sequer tem pernas para andar. Na melhor das hipóteses, o investigador que publica em revistas científicas, mesmo nas melhor cotadas nos meios académicos (Arsuaga tem produção científica publicada nas prestigiadas Nature e Science), sabe que não será lido por mais de umas trinta pessoas, uma vez que se trata de textos muito especializados, sendo ilegíveis para o público em geral. E mesmo para esses trinta leitores o que lhes interessa são as fórmulas matemáticas e tabelas de números apresentadas. No entanto, os académicos são avaliados pelo número de tais publicações, e de preferência em inglês, mesmo que o seu impacto seja pouco ou nenhum. 

Se a religião muitas vezes leva as pessoas a comportamentos infantilizados, quando entrega aos líderes religiosos a resolução dos seus problemas, a tendência é fazer o mesmo com a Ciência. Porém, ela “não tem nada a dizer sobre a maior parte das coisas da vida, nem toma decisões pelos seres humanos. Só tem um propósito: entender como funciona o mundo.” E esse esforço constrói-se sobre o debate e a discussão. O que a Ciência faz é ir-se aproximando dos problemas.

A Ciência não tem uma bola de cristal, mas espera-se que preveja o futuro, que é imprevisível por natureza. A nossa preocupação deve ser construí-lo e não prevê-lo. De certo modo somos nós que o construímos, bem ou mal, em cada momento, seja em matéria de alterações climáticas e sustentabilidade, de educação, de coesão e justiça social ou de dignificação de todo o ser humano.

A filosofia positivista do séc. XIX, desenvolvida por Auguste Comte e John Stuart Mill, defendia a ideia de que o conhecimento científico era a única forma de conhecimento verdadeiro, a partir da sua validação através de métodos científicos válidos. Os positivistas quiseram contestar tudo quanto procedesse da espiritualidade, intuição ou transcendência, desde que não pudesse comprovar-se cientificamente. A crença que desaguou no séc. XX era a de que o progresso da humanidade dependeria exclusivamente dos avanços científicos.

Como se sabe, as duas guerras mundiais comprovaram dolorosa e definitivamente o engano positivista. Os avanços científicos e tecnológicos demonstraram à saciedade que poderiam ser usados não tanto para o progresso mas para a destruição da própria humanidade. A energia nuclear aplicada a fins militares como a bomba atómica será talvez o corolário deste terrível engano.

Parafraseando a ideia de Saramago no seu “Ensaio sobre a cegueira”, esta sociedade de cegos funcionais parece determinada em continuar a acender velas no altar de um novo positivismo. Confúcio lá sabia: “Querem que vos ensine o modo de chegar à ciência verdadeira? Aquilo que se sabe, saber que se sabe; aquilo que não se sabe, saber que não se sabe; na verdade é este o saber”.

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Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

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É preciso voltar à primeira temporada de The Bear, a série estreada em 2022, que, sem grande aviso, prendeu a atenção de quem entrou no dia a dia do restaurante The Original Beef of Chicagoland. Pouco ou nada sabíamos sobre a sanduíche de carne assada cortada finamente, pimentos e giardiniera (legumes em conserva, estilo pickles) a transbordar do pão. A italian beef sandwich, típica daquela cidade norte-americana, seria afinal o engodo para algo mais interessante. Naquela cozinha caótica, onde se tenta fazer sempre melhor e se evitam colisões gritando “esquina!” e “atrás!”, vão-se desvelando os traumas de quem lá trabalha. E é isso que faz de The Bear uma série bem conseguida.

A ideia do seu criador e produtor, Christopher Storer, está ancorada num chefe que fez sucesso em Nova Iorque e regressa a casa para tentar salvar o restaurante da família, afundado em dívidas. Jeremy Allen White, o ator que conhecíamos da série Shameless, é o chefe e soube agarrar bem a personagem de Carmen “Carmy” Berzatto.

Depois dos prémios estávamos curiosos sobre se seríamos capazes de encontrar de novo a nossa bolha. Acho que conseguimos

Jeremy allen White, ator

Vestido com uma t-shirt branca, casaco preto e calça bege, Allen White e o restante elenco de sete atores estão reunidos para uma conferência internacional via Zoom, na qual a VISÃO participou, antes da estreia da terceira temporada. Em geral, concordam com uma ideia que corre como um rio ao longo da série. “Muitos dos personagens sentem uma dor que os tocou de maneira diferente, e cada um está a lidar com isso, ou não…”, diz Ayo Edebiri, a atriz que interpreta a subchefe Sydney. Ebon Moss-Bachrach, que faz de Ritchie, reforça: “Diria que esse é, até, um dos pontos fortes da série e uma das razões pelas quais ela diz tanto a tantas pessoas.”

Comida para a câmara

Apetite aguçado, teríamos de esperar por agosto de 2023 para voltarmos a Chicago. Já a segunda temporada estava disponível na Disney+ e este original do canal FX recolhia os louros dos primeiros episódios nos Emmy (adiados pela greve de atores e guionistas, lembram-se?). Conquistou dez prémios, seis dos quais nas categorias principais: argumento, realização (Christopher Storer), Melhor Ator (Jeremy Allen White), Melhor Atriz (Ayo Edebiri) e Melhor Ator Secundário (Ebon Moss-Bachrach). “Adoro restaurantes!”, exclamou Matty Matheson, chefe, consultor e ator da série, ao agradecer o prémio de Melhor Comédia em nome de toda a equipa. Sim, comédia, escrevemos bem, porque assim ditam as regras de quem concorre com episódios de meia hora.

Ritchie, Sydney e Carmy, o trio que move a narrativa de The Bear. Foto: FX

A nova leva de episódios centrou-se em transformar o modesto local de sanduíches num restaurante de alta gastronomia (o The Bear) com vontade de ganhar Estrelas Michelin, com todas as licenças, obras e modificações que isso implica. Também deu mais espaço às personagens que rodeiam Carmy. Vimo-las a aprenderem em restaurantes à volta de Chicago e, num caso, do mundo. E assim The Bear, a série, devorou quatro Globos de Ouro e mais uma caterva de prémios.

À beira da estreia da terceira temporada, que chega, nesta quarta, 17, à Disney+, a pergunta sobre quais as expectativas sobre o que aí vem, no já renovado The Bear, é inevitável. “Conversámos muito sobre o sucesso da série, entre a primeira e a segunda temporada”, conta Jeremy Allen White. “Tínhamos trabalhado sem qualquer expectativa em relação a prémios e estávamos curiosos sobre se seríamos capazes de encontrar de novo a nossa bolha. Acho que conseguimos.”

Ayo Edebiri faz a sua estreia como realizadora, dirigindo o episódio 6. Guardanapos centra-se na personagem Tina Marrero, interpretada pela atriz Liza Colón-Zayas. Já Matty Matheson, que interpreta Neil Fak e é produtor executivo da série, conta como foi criar a comida que vemos no ecrã. “Courtney Storer [irmã de Christopher Storer e produtora da série] faz grande parte do desenvolvimento do menu. Trabalho com ela e a sua equipa, pensando em como podemos executar os pratos e apresentá-los”, explica. “Tivemos muito bons chefes de cozinha connosco. Muitas das sobremesas que Lionel e Marcus fazem na série são difíceis; a pastelaria é complicada, há muita ciência envolvida.”

Olhando e ouvindo o elenco, mesmo que seja através do monitor do computador, sente-se uma química que todos partilham. “Sinto-me seguro e acolhido quando estamos a gravar”, diz Ebon Moss-Bachrach. “Quando assim é, conseguimos ir mais fundo, partilhar coisas mais pessoais e correr riscos.”

Ainda que haja momentos leves e algumas piadas, The Bear entra em caminhos mais pesados, indo mesmo a lugares bem escuros das relações humanas. Preparemo-nos, então, para os dez novos episódios que se servem dentro de momentos.

The Bear > Disney+ > Estreia 17 jul, qua > 10 episódios

Três fatores terão contribuído para a escolha do senador JD Vance para vice de Donald Trump nas eleições de Novembro.

1. Nunca nenhum presidente chegou à Casa Branca sem vencer o estado do Ohio. É uma questão mágica para Trump, agora muito voltado para o Céu. JD Vance é o segundo senador do Ohio e nas contas da campanha tem todas as hipóteses de entregar o estado a Trump.

2. Tem 39 anos, foi Marine, e isso mexe na simbologia republicana e dos indecisos. Finalmente um homem novo, no auge das suas capacidades, para contrapor um Trump a caminho dos 80, e um Biden para lá da fronteira da normalidade cognitiva, que não é mais do que a capacidade de percepção e aprendizagem do que o rodeia.

3. Por fim a razão mais do que poderosa para a escolha: Vance é um Trump em grande. Mais refinado, mais radical, mais impulsivo, e que já disse e escreveu coisas que assustam toda a Europa, a NATO e a Ucrânia. Foi com esse discurso que chegou ao Senado dos EUA.