Uma equipa de físicos conseguiu criar iões de ouro através da (quase) colisão de feixes de chumbo. A experiência teve lugar no Large Hadron Collider (LHC) do CERN, o maior acelerador de partículas do mundo e concretizou a esperança dos alquimistas do século XVII, que sonhavam transformar chumbo em ouro.

Explica o artigo publicado na Nature sobre esta experiência que isso é uma impossibilidade química devido à diferença no número de protões dos dois elementos (82 no chumbo e 79 no ouro). Só a partir do século XX se descobriu que os elementos pesados podem transformar-se sim, mas não através da química – ou se transformam naturalmente através do decaimento radioativo, ou em laboratório, submetidos a um bombardeamento de neutrões ou protões.

O que os cientistas do CERN descobriram foi que ao apontar feixes de chumbo na direção um do outro, enquanto se deslocavam a uma velocidade próxima da da luz, ocasionalmente, em vez de sofrerem uma colisão frontal, os iões cruzavam-se por instantes. Quando isto acontece, o intenso campo eletromagnético em torno de um ião pode criar um impulso de energia na forma de protões que leva um núcleo do chumbo a ejetar três protões, transformando-o num núcleo de ouro.

A partir daqui, os investigadores analisaram dos dados das colisões no LHC entre 2015 e 2018 e concluíram que, durante esse período, terão sido criados 86 mil milhões de núcleos de ouro, que terão existido durante um microssegundo.

O presidente do Chega abandonou esta quarta-feira, pelas 09h44, o hospital de Faro, onze horas depois de te dado entrada naquela unidade hospitalar. André Ventura não prestou declarações aos jornalistas, tendo apenas entrado no carro que o tem transportado durante esta campanha eleitoral para eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.

André Ventura estava a discursar quando, cerca das 21h10 parou de falar, sendo logo amparado por elementos da comitiva e retirado do local, para o exterior do Parque de Feiras e Exposições de Tavira.

Ao local acorreram elementos dos Bombeiros Municipais de Tavira para assistir o presidente do Chega no local, assim como um ambulância do INEM de suporte de imediato de vida.

Durante muitos anos, quando queríamos chegar a um destino distante e desconhecido, confiávamos em mapas físicos de papel. Eram ferramentas úteis, mas exigiam atenção, interpretação e uma “boa dose” de paciência. Com o tempo, passámos para o GPS, e hoje, com um simples clique, temos rotas e percursos otimizados, alertas de trânsito e alternativas em tempo real. Assim como a passagem dos mapas em papel para o GPS transformou a nossa forma de orientação, o EU AI Act e a ISO/IEC 42001 representam um sistema de “navegação inteligente” para a implementação e gestão da Inteligência Artificial nas organizações.

Contudo, como qualquer estrada nova, este regulamento suscita entusiasmo, mas também incertezas.

O primeiro passo para dissipar essas dúvidas passa por reconhecer que o AI Act é uma oportunidade de posicionamento competitivo e não uma mera exigência legal. A conformidade com este regulamento pode fortalecer a reputação da organização, facilitar o acesso a novos mercados e aumentar a confiança dos clientes/utilizadores. Por outro lado, a utilização descontrolada de IA pode acarretar diversas responsabilidades legais (civil, penal, contraordenacional, disciplinar) e, certamente, danos reputacionais significativos.

Para avançar nesta viagem é necessário identificar se, e de que forma, a organização desenvolve, integra ou utiliza sistemas de IA. Esta identificação deve considerar aplicações internas e externas, fornecedores envolvidos e o tipo de decisões automatizadas que os sistemas suportam. Para além desta identificação, também a classificação de risco não é apenas uma formalidade, já que permite categorizar os sistemas segundo a hierarquia de risco definida no AI Act – risco inaceitável, elevado, limitado ou mínimo.

Mapeado o caminho através da identificação de sistemas de IA, o próximo passo é preparar as pessoas envolvidas. A conformidade começa nas pessoas, e, por isso, promover ações de sensibilização sobre os princípios do AI Act, os riscos éticos e os requisitos de supervisão humana são essenciais. Afinal de contas, o AI Act atribui especial ênfase à supervisão humana, o que significa que a presença de pessoas capazes de intervir, validar ou anular decisões automatizadas é essencial.

Outro pilar deste novo caminho é implementar uma estrutura de governance clara, com a identificação de quem decide, quem valida, quem aprova, quem e como se reage em casos de falhas. A ISO/IEC 42001:2023 ajuda a responder a estas perguntas ao propor um sistema de gestão orientado à IA, que funciona como um painel de controlo: permite monitorizar, ajustar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas de IA, tal como um GPS que redefine o percurso quando deteta trânsito ou obstáculos. Deve, ainda, ser definida uma equipa responsável pela gestão do sistema de IA, com papéis bem definidos, incluindo supervisão ética, proteção de dados, segurança da informação e avaliação de impacto, por exemplo, através da nomeação de um Comité de IA ou de um ponto focal.

Este sistema de gestão é particularmente útil para garantir que o ciclo de vida da IA seja devidamente controlado. A ISO/IEC 42001:2023 não fornece apenas um modelo estruturado para a gestão da IA, como também promove uma abordagem integrada à gestão do risco e da segurança, estabelecendo conexões diretas com outras normas de referência (como a ISO/IEC 27001 e a ISO/IEC 31000).

Na senda do AI Act, a documentação assume uma componente importante. Pode parecer burocrático, mas, tal como num acidente de viação, são os registos que permite reconstruir os factos, apurar responsabilidades e evitar a repetição de erros. O AI Act impõe um conjunto de obrigações documentais, sobretudo para sistemas de risco elevado. Entre elas destacam-se medidas sólidas de governance, avaliação de conformidade, avaliação de impacto, documentação técnica detalhada e mecanismos de monitorização contínua.

Posto isto, a pergunta que se impõe é: depois de seguir todos estes passos, estarão as organizações realmente prontas? Estará o caminho bem traçado, como uma reta, sem obstáculos? A resposta, muito provavelmente, é não. O percurso para a conformidade pode (e deve) começar de forma progressiva, por exemplo, com projetos-piloto centrados em áreas críticas, como recursos humanos ou atendimento ao cliente. Estas iniciativas permitem testar a abordagem e a metodologia, avaliar a maturidade interna e ganhar experiência prática antes de uma implementação mais ampla.

O regulamento consagra também princípios fundamentais como explainability, a transparência, a robustez técnica e a responsabilização, com uma abordagem centrada no utilizador. Também visa garantir a interoperabilidade com outras legislações europeias, alinhando-se com os valores da União Europeia e complementando outros instrumentos normativos como o RGPD. Em particular, os sistemas de IA devem ser concebidos de acordo com os princípios de minimização e proporcionalidade no tratamento de dados.

Por todo o exposto, concluímos que a IA não é um destino, mas sim um percurso exigente. E, neste itinerário, a conformidade não representa um fim em si mesma, mas antes uma bússola ética e operacional, orientada e fortalecida pelo AI Act e pela ISO/IEC 42001:2023. Cabe, assim, a cada organização decidir se vai confiar apenas na intuição e circular livremente sem mapa, ou se pretende investir num sistema de navegação fiável – ético, transparente e seguro.

1. Digitalizar documentos

Através da aplicação de bloco de notas, os utilizadores podem tirar uma fotografia e digitalizá-la para a aplicação

2. Agendar mensagens

Precisa de enviar uma mensagem a determinadas horas? O Iphone dá aos utilizadores a opção de agendar a mensagem que necessitam para as horas que quiserem, através do menu “Enviar mais tarde”, após a redação da mesma.

3. Identificar plantas ou animais

Ao tirar uma fotografia a uma planta, flor ou animal, o seu dispositivo da Apple consegue reconhecer o conteúdo da imagem, através do botão de “Info” no inferior do ecrã.

4. Copiar ou traduzir texto através da câmara fotográfica

Com uma simples fotografia a um livro ou texto, o telemóvel permite ao utilizador selecionar o trecho que pretende e até traduzir o mesmo.

5. Máquina de “white-noise”

Nas definições, ao escolher a opção Acessibilidade, seguindo do Áudio e imagem e Sons de fundo, os utilizadores podem transformar o seu telemóvel numa autêntica máquina de “white-noise” – em português, “ruído branco” – e ouvir sons relaxantes como a chuva, rios ou o oceano. 

6. Tornar apps inacessíveis a outras pesssoas

É possível proteger algumas aplicações com o Face ID, o que pode ser particularmente útil quando há miúdos a mexer no telemóvel. Basta manter o ícone da app premido até aparecer o menu e selecionar a opção “Pedir Face ID”.

Fontes europeias avançaram à agência Lusa que a luz verde ao novo pacote de sansções aconteceu na reunião desta manhã dos embaixadores junto da UE, em Bruxelas, estando prevista uma aprovação oficial na reunião dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros, na próxima terça-feira.

Este novo conjunto de medidas restritivas surge três meses após 16.º pacote de sanções – que foi aprovado aquando do terceiro aniversário da guerra da Ucrânia – e volta a abranger navios da frota fantasma, com os quais o regime russo tentava contornar as restrições ocidentais ao comércio de petróleo, reforçando o combate à evasão ao embargo aplicado à Rússia.

Surgem ainda novas restrições a mais indivíduos e entidades, adiantaram as fontes europeias à Lusa.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a UE tem avançado com pesadas sanções contra a Rússia, nomeadamente económicas ou diplomáticas, visando 2.400 pessoas e entidades, entre os quais o Presidente russo, Vladimir Putin e o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Sergey Lavrov.

Em causa está a proibição de viajar para a UE, o congelamento de bens e a indisponibilidade de acesso a fundos que provenham do espaço comunitário.

Avançou-se também para o congelamento de bens, num total de 24,9 mil milhões de euros de bens privados congelados no espaço comunitário e de 210 mil milhões de euros de bens do Banco Central da Rússia bloqueados.

Ao nível comercial, as medidas restritivas europeias visam 48 mil milhões de euros em exportações proibidas para a Rússia e 91,2 mil milhões de euros em importações proibidas provenientes da Rússia.

A Ucrânia tem também contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

O conflito de três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.

A coisa mais perigosa no mundo é a capacidade de pensar. Por isso uma das primeiras coisas que todos os ditadores e aprendizes fazem é controlar a informação e procurar abafar as competências do pensamento. Hitler e aparentados queimaram livros, o que é sempre o prenúncio de queimar pessoas a seguir. O Big Brother ainda continua a inspirar os tiranos.

Uma escola transmite conteúdos. Uma universidade faz mais do que isso, cria pensamento científico. Por isso Trump se levantou assanhado contra as universidades, tentando censurá-las na sua autonomia científica, pedagógica e de gestão. Não terá sido por acaso que um dos professores que o teve como jovem aluno disse, há tempos, que o atual inquilino da Casa Branca tinha sido um dos piores que ensinou.

Universidades altamente prestigiadas como Harvard, Princeton e Brown, entre outras, têm sofrido repetidas ameaças de retirada dos estatutos de isenção fiscal, de proibição de aceitar alunos estrangeiros e do corte de verbas se persistirem nas políticas de diversidade e inclusão.

Mais de uma centena de reitores de universidades e presidentes de sociedades académicas dos Estados Unidos avançaram com uma declaração conjunta, para fazer face às ameaças indignas do governo Trump contra as instituições norte-americanas do ensino superior. Esta resposta coletiva classificou a atitude do governo como “interferência política sem precedentes” que fere o mundo universitário.

Trump mandou cortar a Harvard – uma das universidades mais prestigiadas em todo o mundo – 2,3 mil milhões de dólares (cerca de dois mil milhões de euros) de verbas federais, depois de amuar porque a universidade recusou aceitar uma série de exigências absurdas do governo, que pretendia interferir na escolha do corpo docente, currículos, matérias e até na admissão dos estudantes.

Mas Harvard não se ficou. Decidiu contra-atacar ao processar a administração Trump, acusando-a de violar a Constituição devido à descarada tentativa de controlar ideologicamente a sua gestão e ensino, deitando assim por terra a autonomia universitária.

Em qualquer democracia, o governo não pode decidir aquilo que as universidades privadas ensinam, quem contratam, quem admitem e quais as áreas em que devem fazer incidir a sua pesquisa e estudo. De resto, os advogados de Harvard fizeram questão de lembrar publicamente que um governo que tenta “coagir e controlar” vai ao arrepio de princípios fundamentais consagrados na Primeira Emenda da constituição americana, que salvaguarda claramente e sem qualquer dúvida a “liberdade académica”.

Algumas das questões que incomodam Trump nas universidades são realmente as principais bandeiras de grupos religiosos seus apoiantes. Trump só quer saber de negócios e de alimentar o seu ego gigantesco. Está a borrifar-se para Israel ou a Palestina, até porque esta não tem petróleo nem riquezas naturais. Mas o setor da direita religiosa americana fez de Israel uma bandeira e, para lhe agradar, transferiu a sua embaixada para Jerusalém no primeiro mandato.

O mesmo sucede com a questão da inclusão. Embora esta não se confine às minorias sexuais ou à questão da cor da pele, os neoconservadores religiosos nem querem ouvir falar de homossexuais e muitos deles persistem ainda no campo do racismo e da xenofobia.

Trump sabe que as revoluções começam normalmente com os jovens estudantes e por isso quer aplicar uma mordaça às universidades. Cheira-me que se vai dar mal, até por que após cem dias de governo está com uma taxa de aprovação de 45%, abaixo de Biden (53%) e da média dos presidentes entre 1952 e 2020 (60%).

Ébrio de poder, Trump mandou deportar ativistas pró-palestinianos, desencadeou uma guerra comercial com imposição de tarifas alfandegárias a quase todos os parceiros comerciais dos EUA, mesmo aos aliados mais próximos, e assinou freneticamente um número sem precedentes de ordens executivas.

Os Estados Unidos acabaram de perder a posição que detinham no plano internacional desde a II Guerra Mundial e ninguém sabe que papel virão a desempenhar no futuro. Estamos a caminho de situações impensáveis, de tal modo que já se especula se o vizinho Canadá, alvo do bullying trumpista, não irá aderir à União Europeia…

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

A penosa fase final da campanha eleitoral não vai acrescentar muito mais do que aquilo que já se sabe e conhece. As sondagens indicam a AD como vencedora, o PS aflito, sem nunca se aproximar dos 30%, e o Chega com sinais contraditórios — ora em alta, ora em baixa. A IL afirma-se como a quarta força política, o Livre surge muito bem posicionado, o PCP evita uma queda acentuada, e o Bloco encontra-se numa posição ingrata.

Nestes três dias que restam de campanha — é urgente reformar as leis eleitorais — é visível o cansaço dos líderes partidários e dos eleitores. Bastaria uma semana de campanha eleitoral, complementada por um período de pré-campanha, para umas legislativas. E estas poderiam até ser marcadas para quinze dias após a queda de um Governo, caso assim acontecesse.

Já não há indecisos nesta altura do campeonato. Quem vai votar, já sabe. Os que ainda se dizem indecisos — o que ajuda bastante as empresas de sondagens, pois podem sempre invocá-los se as projeções falharem — ou não tencionam votar (na sua maioria), ou simplesmente não querem dizer em quem votarão. Noutro país, o Primeiro-Ministro já estaria indigitado e a formar Governo para apresentar ao Presidente da República. Por aqui, arrastam-se os dias.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

A Motorola, icónica marca de smartphones, esteve durante vários anos afastada dos holofotes, mas regressou em dezembro passado ao mercado português e já apresentou novidades que chegam muito em breve a mercado. E desta vez não são apenas smartphones já que a marca apresentou também um smartwatch e auriculares, os primeiros com o formato open-ear.

No que diz respeito aos smartphones, são quatro os modelos que a marca, atualmente pertencente à gigante tecnológica Lenovo, apresentou: Razr 60, Razr 60 Ultra, Edge 60, Edge 60 Fusion e Edge 60 Ultra, com especial destaque para o modelo topo de gama Razr 60 Ultra.

Este dobrável vem equipado com o mais recente processador Snapdragon 8 Elite, da Qualcomm, e com um ecrã interno pOLED de 7 polegadas, com resolução Super HD, vidro resistente Corning Gorilla Glass (presente em todos os modelos) e validação Pantone para cores mais fiéis à realidade.

No exterior, integra um ecrã secundário de 4 polegadas, 40% maior do que nas versões anteriores, protegido com Gorilla Glass Ceramic, que garante uma resistência superior a impactos e riscos.

O design destaca-se pelos acabamentos premium, com opções em madeira verdadeira ou em Alcântara, disponíveis nas cores castanho, preto, rosa e violeta. No campo da fotografia, o Razr 60 Ultra integra um sistema triplo de câmaras, com um sensor principal de 50 MP, acompanhado por uma lente ultra grande angular e uma funcionalidade Super Zoom, permitindo capturas versáteis e detalhadas.

De realçar que todos os modelos contam com integração de inteligência artificial através do Moto AI, uma solução desenvolvida para tornar a experiência mais intuitiva e auxiliar nas tarefas do dia a dia. O smartphone possui uma bateria de 4.700 mAh e suporta carregamento TurboPower de 68 W e carregamento wireless de 30 W.

O Motorola Razr 60 Ultra chega a Portugal no dia 15 de maio, com um preço recomendado de 1299,99  euros.

Motorola quer reforçar a presença no mercado português e continuar a crescer

A Motorola quer reforçar a sua presença no mercado português e tem ambições bem definidas. “Somos o fabricante que mais cresce a nível mundial”, afirmou Tiago Sá, diretor de vendas da Motorola em Portugal, durante o evento de apresentação que a Exame Informática marcou presença. “Em Portugal, estamos presentes nos canais mais importantes, tanto a nível de operadores como de retalho.”

O foco atual da marca no nosso país tem estado sobretudo na gama de entrada e média, onde se concentram as maiores vendas. “Em Portugal, as vendas estão muito concentradas até ao final superior da gama G, unidades que custam entre os 99,99 e os 299,99 euros”, revela o responsável. No entanto, a Motorola começa também a ver bons indicadores em segmentos superiores. “Temos tido bons resultados na gama Edge e também na Razr. A gama Razr, no lançamento, é sempre muito interessante porque há sempre clientes que querem ter as unidades imediatamente quando saem.”

Apesar do esforço nos modelos de topo, a estratégia da marca mantém-se pragmática: “Interessa-nos muito colocar telefones nas mãos dos clientes e sabemos que isso é mais fácil abaixo dos 500 euros.”

Com uma aposta clara na diversificação do portefólio e na competitividade dos preços, a marca quer aumentar significativamente a sua quota de mercado. “Queremos, no espaço de um ano, atingir os 10% de quota de mercado em volume”, afirma Tiago Sá. “O nosso principal objetivo é sermos a quarta marca que mais vende smartphones em Portugal. No mês de março já conseguimos essa posição.”

A relevância global da linha Razr também se faz notar. Nos EUA, por exemplo, a marca tem conseguido conquistar utilizadores de marcas rivais. “25% dos consumidores que estão a comprar smartphones da gama Razr nos Estados Unidos vêm de uma experiência de iPhone”, revela Tiago Sá.

Moto Buds Loop: Sem perder a noção do que se passa em redor

A Motorola quer também afirmar-se no segmento do áudio e, para isso, desenvolveu em parceria com a Bose os seus primeiros auriculares open-ear, concebidos para que os utilizadores mantenham sempre consciência do ambiente à sua volta. Com chegada prevista ao mercado português em junho, estes auriculares estão equipados com tecnologia Sound by Bose e incluem drivers de 12 mm.

A marca promete até 8 horas de autonomia com uma só carga, com um total de até 37 horas com o estojo de carregamento. Quando emparelhados com smartphones Motorola compatíveis, os Moto Buds Loop permitem aceder a várias funcionalidades inteligentes potenciadas pelo sistema Moto AI.

Disponíveis por 149,99 euros, chegam nas cores Trekking Green, em tons de verde, e French Oak, com um design elegante inspirado em joalharia e detalhes em cristais, fruto de uma parceria com a Swarovski.

Moto Watch Fit: Companheiro de pulso

A Motorola prepara também o lançamento do Moto Watch Fit, um smartwatch pensado para monitorizar a saúde e acompanhar o utilizador na prática de desporto. O dispositivo conta com um ecrã OLED de 1,9 polegadas, brilho máximo de 1000 nits e proteção com vidro Corning Gorilla Glass.

Inclui sistema de GPS integrado, resistência IP68 e monitoriza mais de 100 modalidades desportivas. A autonomia pode chegar até aos 16 dias com uma única carga.

O Moto Watch Fit estará disponível a partir de junho, na cor verde, com um preço recomendado de 99,99 euros.

Quando se trata do clima, as metas são tão claras como ambiciosas: do Acordo de Paris, que marcou uma mudança de paradigma ao envolver todos para alcançar a descarbonização das economias mundiais, ao Pacto Ecológico Europeu, que inclui políticas destinadas a combater a crise climática, há um caminho traçado que passa, inevitavelmente, pela redução das emissões de gases com efeito de estufa. 

A transição energética é extremamente necessária e urgente para combater as alterações climáticas e garantir um futuro sustentável. Envolve uma mudança na forma como consumimos a energia, bem como da matriz energética baseada em combustíveis fósseis para fontes de energia renováveis, como solar, eólica e biomassa. Este processo não só ajuda a reduzir as emissões de gases de efeito estufa mas também promove a eficiência energética e a segurança energética a longo prazo.

As empresas desempenham um papel fundamental na transição energética por diversos motivos, sejam eles de ordem financeira, ambiental ou social.

Consumidores e investidores estão cada vez mais conscientes das questões ambientais e preferem apoiar empresas que demonstram um compromisso com a sustentabilidade

Um dos principais contributos para o ambiente é a redução efetiva de emissões, pois ao adotarem práticas mais sustentáveis e investirem em tecnologias de energia limpa podem reduzir consideravelmente as suas emissões e os seus custos de operação. Por exemplo, a implementação de painéis solares pode diminuir a dependência de combustíveis fósseis tornando a empresa mais competitiva.

A transição energética também oferece oportunidades para inovação. Empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias energéticas podem não só melhorar a sua eficiência operacional mas também criar novos produtos e serviços. Isso pode levar a um crescimento económico sustentável e à criação dos chamados “empregos verdes”.

Empresas que lideram a transição energética podem obter uma vantagem competitiva no mercado, pois consumidores e investidores estão cada vez mais conscientes das questões ambientais e preferem apoiar empresas que demonstram um compromisso com a sustentabilidade. Isso pode resultar em uma maior lealdade do cliente e melhores oportunidades de financiamento.

Também do ponto de vista da responsabilidade social corporativa (RSC), as empresas que se comprometem com a sustentabilidade e demonstram um compromisso com o bem-estar da sociedade e do meio ambiente fortalecem a reputação da empresa e as relações com os vários parceiros de negócio (stakeholders).

A transição energética é realmente um caminho de um único sentido, e é essencial que continuemos a avançar, mesmo diante das adversidades. Cada passo que damos em direção a um futuro mais sustentável é um investimento no bem-estar do nosso planeta e das futuras gerações.

Enfrentar desafios faz parte do processo, mas com inovação, colaboração e determinação, podemos superar esses obstáculos e alcançar as metas propostas.

Artigo publicado na EXAME nº 488

Palavras-chave:

Os semicondutores tornaram-se um recurso estratégico crucial no século XXI, sendo frequentemente comparados ao petróleo, devido ao seu impacto na economia global, tecnologia e geopolítica. Se no passado o domínio sobre reservas de petróleo determinava o poder de nações e empresas, hoje são os chips eletrónicos que impulsionam a inovação e a competitividade. O petróleo assume sem dúvida uma posição especial dentro do setor de energia, sendo importante salientar que nas últimas décadas foi a geopolítica um dos principais drivers que definiu o preço do barril de petróleo nos mercados internacionais. Ao contrário do petróleo, que se encontra num valor seis vezes mais elevado do que em 1995, uma das características que sustenta o papel dos semicondutores no comércio mundial é o seu preço, que caiu drasticamente nas últimas décadas. Semicondutores ou petróleo ‒ qual é o mais negociado? Baseado nos dados da OEC (Observatory of Economic Complexity), após 2015 os semicondutores foram a commodity mais negociada, dominando este ranking com cerca de 15% vs. 9% do petróleo.

Após a dramática escassez de chips-semicondutores no mercado, que criou o caos em várias indústrias ‒ em grande parte, devido à pandemia Covid-19, que interrompeu as principais cadeias de distribuição ‒, assistimos à tentativa das principais economias de investirem freneticamente na criação de uma produção local de semicondutores que sustente a dinâmica entre a procura e a oferta. Empresas como a Nvidia, Intel, AMD, Micron, ASML, Infineon, citando apenas alguns dos maiores produtores, viram as suas cotações valorizarem-se rapidamente em mercado, para contentamento dos investidores confortavelmente vestidos na sua “pele de touro”. Estes desenvolvimentos trazem uma potencial questão: será a indústria de chips o novo petróleo? Pat Gelsinger, CEO da Intel, refere que o fornecimento de chips será mais importante do que o Oil&Gas nas próximas cinco décadas. Para os investidores, a euforia no setor dos chipmakers pode não ficar por aqui! O mercado global de semicondutores teve o seu melhor ano de vendas em 2024, superando, pela primeira vez, os 600 mil milhões de dólares, e para 2025 o crescimento do mercado está projetado para um aumento acima dos 10%, com os principais blocos a investirem agressivamente para desenvolver uma indústria independente, casos da Europa, que pretende dobrar a sua participação na produção global até 2030, para reduzir a dependência asiática, e dos EUA, que prevê incentivos para a produção doméstica. Boas notícias para os produtores!

Assim como no passado, em que os países lutaram pelo controlo do petróleo, hoje grandes potências disputam a liderança na produção de semicondutores

A crescente importância dos semicondutores transformou-os numa peça central da geopolítica mundial. A tensão entre os EUA e a China, por exemplo, tem-se intensificado devido às restrições norte-americanas ao acesso chinês a tecnologias avançadas de chips. Além disso, a dependência excessiva de poucos fabricantes pode tornar países vulneráveis a crises económicas e conflitos geopolíticos. Impacto dos semicondutores no nosso quotidiano? Smartphones, computadores, veículos elétricos, dispositivos eletrónicos e Inteligência Artificial ‒ a sua importância é tão grande que a escassez de semicondutores nos últimos anos causou impactos significativos em diversos setores de mercado, gerando incerteza e volatilidade nas principais bolsas mundiais. Assim como no passado, em que os países lutaram pelo controlo do petróleo, hoje grandes potências disputam a liderança na produção de semicondutores. EUA, China, Taiwan, Coreia do Sul e a União Europeia são os blocos que estão a investir fortemente para fortalecer as suas cadeias de produção e reduzir a dependência externa.

A grande questão que permanece é: quem dominará esta nova era digital? O futuro da economia global pode depender de quem controla os semicondutores – o petróleo da era moderna.

Artigo publicado na EXAME nº 488