Uma equipa de investigadores publicou um estudo onde revela que conseguiu criar uma demonstração do jogo Doom que pode ser jogada durante 20 segundos. A grande novidade é que para criar este jogo foi usado um modelo de Inteligência Artificial (IA) chamado GameNGen e que conseguiu desenvolver o título sem usar qualquer código ou gráficos. Os investigadores teorizam que, no futuro, vai ser possível aos algoritmos criarem videojogos, da mesma forma que atualmente geram textos e imagens.

Nesta versão de Doom gerada por IA é possível encontrar várias funcionalidades do título original, como a pontuação, volumes de munições e mapas, podendo atacar inimigos, abrir portas e interagir com o ambiente, avança a New Scientist. Ao fim de 20 segundos, esgota-se a memória disponível e a simulação começa a desvanecer.

Veja o vídeo partilhado pelos investigadores

O GameNGen assenta numa rede neuronal que aprendeu a recriar o jogo por observação, sem ter visto qualquer parte do seu código fonte. Assim, o modelo aprendeu a interagir com o jogo como se fosse um humano e joga, em modo adversarial, contra outro modelo baseado no gerador de imagem Stable Diffusion, aprendendo quais as alterações produzidas a partir de centenas de milhões de inputs. O segundo modelo foi o que se transformou depois numa cópia do jogo, com as regras e jogabilidade esperada. Em testes, foi difícil aos jogadores humanos perceber se estavam perante a cópia criada por IA ou perante a versão original de Doom.

A equipa da Google Research sugere que vai ser possível recorrer a modelos destes para criar jogos a partir de descrições de texto ou imagens conceptuais, sem ter de se saber programar e tornando o custo de produção muito mais baixo.

A Anatel, entidade que regula as telecomunicações no Brasil, foi mandatada para bloquear a utilização da rede social pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em causa está uma determinação do ministro do Alexandre de Moraes, que há meses trava uma dura batalha com Elon Musk.

As multas para quem tente, no Brasil, aceder à rede social através de uma VPN ascendem aos 50 mil reais – cerca de €8 mil. Para contornar a situação, orgãos de comunicação social como o jornal Folha de São Paulo estão a usar os seus correspondentes no resto do mundo para continuar a publicar para os seus seguidores, informou o próprio jornal no seu site.

Fazendo uma rápida pesquisa naquela rede social, depreende-se que o outro gigante de São Paulo, o jornal Estado de S. Paulo, estará a usar a mesma técnica. Já o Globo, do Rio de Janeiro, não tem qualquer publicação desde o dia 30 de agosto, quando a determinação foi decretada.

O que se passa, afinal, entre o antigo Twitter e o Brasil?

Desde 2023 que há inquéritos a decorrer no Supremo Tribunal, e que têm como objetivo investigar a proliferação de informação falsa – as chamadas fake news – e o possível financiamento de grupos que ameaçam a democracia. As investigações foram iniciadas depois do ataque à Praça dos Três Poderes, em Brasília, a 8 de janeiro daquele ano. Recorde-se que, na altura, tudo indicava que este teria sido realizado por apoiantes de Jair Bolsonoaro, com a conivência do antigo presidente.

Pouco tempo depois, Moraes decretou que vários perfis de utilizadores que estão a ser investigados no âmbito desses inquéritos fossem bloqueados das redes sociais. Elon Musk, dono da rede social X, nunca cumpriu as determinações. Mais tarde, já em agosto deste ano, e com as multas a acumularem-se graças aos incumprimentos sucessivos de determinações do STF, a rede social decidiu fechar os escritórios no Brasil. A operação, no entanto, seguiria com toda a normalidade.

Musk justificou a decisão com alegadas ameaças de prisão à responsável nacional, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição. A informação foi revelada dois dias depois de Moraes ter anunciado que a multa diária aplicada ao X por não cumprimento das decisões do STF passaria de 50 mil reais (cerca de €8 mil) para 200 mil reais (cerca de €32 mil).

Na resposta, Moraes endureceu o tom. No dia 28 de agosto, o ministro do STF ordenou que no prazo de 24 horas houvesse informação do novo responsável pela empresa no Brasil, de acordo com a legislação nacional. Caso contrário, avisou o magistrado, a rede seria bloqueada no país. Mais uma vez, Musk decidiu que a ordem não era para cumprir e, apenas 7 minutos depois do fim do prazo, fez saber que não tem qualquer intenção de seguir as determinações do STF, e acusou Alexandre de Moraes de censura – tendo também escrito, a determinado momento, que ele é um “juíz falso”.

Na página oficial do Supremo Tribunal Federal, aquele orgão informa que Elon “Musk é investigado no Inquérito (INQ) 4957, que apura a suposta prática dos delitos de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime.”

Até o Presidente da República, Lula da Silva, já veio em defesa do STF, afirmando que “todo e qualquer cidadão, de qualquer parte do mundo, que tem investimento no Brasil está subordinado à Constituição e às leis brasileiras” o que significa que Elon Musk tem de as cumprir. Em declarações a uma rádio brasileira, Lula da Silva acrescentou ainda: “Ele [Musk] pensa que é o quê? Ele tem que respeitar a decisão da Suprema Corte brasileira.”

O caso, que ganhou repercussão mundial – até porque mais de 200 milhões de utilizadores deixarem de ter acesso não é para menos – trouxe uma questão muito relevante novamente para a agenda. É que, tal como acabará por, certamente, acontecer em todos os restantes países, é preciso perceber de que forma a lei que garante a Liberdade de Expressão protege, também, os cidadãos do discurso de ódio e da desinformação.

Porque se é verdade que a Liberdade de Expressão é protegida pelas Constituições dos Estados democráticos, não é menos verdade que as redes sociais vieram transformar a luta contra o ódio e a xenofobia numa arena muito mais complicada de gerir.

A saga da aeronave Boeing Starliner está prestes a chegar ao fim (a dos seus astronautas ainda está para durar), mas não sem antes ser conhecido um novo episódio, no mínimo, peculiar. No sábado passado, um dos altifalantes instalados na cápsula de transporte começou a emitir um som palpitante e repetitivo, que levou mesmo o astronauta Butch Wilmore a contactar o centro de controlo da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos EUA (NASA).

Foi o próprio astronauta quem classificou como “estranho” o barulho palpitante e repetitivo ouvido, durante a chamada que manteve com a equipa da missão em Terra. “Eu não sei o que está a causar isto”, disse. Pode ouvir, em baixo, a conversa e o som que começou a ser emitido pela Starliner.

O centro de comando da NASA questionou o astronauta se havia sinais de outros barulhos ou configurações anómalas na aeronave, tendo a resposta sido negativa por parte do tripulante.

Entretanto foi também partilhado que a aeronave Boeing Starliner vai desacoplar da Estação Espacial Internacional (ISS) na próxima sexta-feira, 6 de setembro, para fazer a reentrada na Terra, sem tripulação a bordo, numa missão que deverá começar pelas 23 horas de Portugal Continental.

O anúncio acontece pouco tempo depois de a NASA ter decidido que a aeronave não garantia todas as condições de segurança para o voo de regresso com os astronautas a bordo. Barry Wilmore e Sunita Williams vão manter-se na ISS até fevereiro de 2025, quando serão ‘resgatados’ por uma missão da SpaceX, empresa rival da Boeing no setor aeroespacial.

De sublinhar que a Boeing Starliner está acoplada à Estação Espacial Internacional desde 5 de junho, depois de uma missão de lançamento aparentemente bem sucedida. O plano original era os astronautas ficarem apenas oito dias no Espaço – prazo que já foi largamente ultrapassado. Segundo as informações que têm sido partilhadas, a Starliner terá ficado com problemas no sistema de propulsores, além de terem sido registadas fugas de hélio.

Os dados estão à vista. A literacia financeira dos jovens portugueses piorou. Segundo o PISA 2022, relatório divulgado recentemente e que analisa e compara o desempenho dos alunos dos países da OCDE, os jovens portugueses apresentam carências importantes no que ao conhecimento financeiro diz respeito. Numa avaliação que tem uma escala que vai até 1 000 pontos, os nossos alunos alcançaram apenas 494 pontos, ou seja, manifestamente pouco para o exigível nos dias de hoje e abaixo da média da OCDE, que se fixou nos 498 pontos. Do total de 20 países avaliados, Portugal posicionou-se a meio da tabela (9.º lugar). Outros resultados foram também conhecidos e indicam o pouco contacto que os alunos portugueses têm com produtos financeiros. Apenas 38% dos nossos jovens têm conta bancária, enquanto a média da OCDE é de 63%. Em relação aos cartões de crédito ou de débito, a média dos alunos dos países que fazem parte da OCDE atinge os 62% e em Portugal não passa dos 27%.

No seguimento destes resultados, o governo anunciou um projeto piloto de inovação pedagógica com sete escolas (públicas, privadas e profissionais), a arrancar já neste próximo ano letivo, que passa por incluir uma nova disciplina designada por ‘Literacia e Dados’ destinada aos alunos do Ensino Secundário. Esta disciplina incluirá vários módulos, estando contemplada a literacia financeira, que apesar de já ser abordada na disciplina de ‘Cidadania e Desenvolvimento’, ganha agora uma maior relevância. Com esta medida, os nossos jovens ganharão mais confiança e desenvolverão algumas habilidades e competências essenciais para a sua vida. A medida ajudará a formar uma geração mais consciente, preparada e capaz de lidar com os vários desafios financeiros que, por certo, encontrará ao longo da sua vida. Os jovens portugueses poderão, no futuro, tomar decisões financeiras mais informadas e gerir as suas próprias finanças de uma forma eficaz.

Esta é sem dúvida uma medida muito positiva, mas que apresenta alguns desafios, sendo um dos maiores e mais importantes a formação e capacitação do pessoal docente, dado que muitos professores não estão habilitados para dar aulas de literacia. Outro grande desafio é o plano curricular. A inclusão de mais uma disciplina obrigatória num currículo escolar já sobrecarregado poderá implicar uma reestruturação cuidada e estratégica para que os alunos não acusem a carga horária. Por fim, um terceiro desafio, poderá ser a própria aceitação dos alunos a esta nova disciplina, dado que falar de dinheiro continua a ser tabu em muitas famílias e regiões de Portugal. A resistência cultural a enfrentar os problemas financeiros cria, por vezes, barreiras difíceis de contornar.

Contribuir positivamente para a promoção da literacia financeira dos jovens pode e deve ser um compromisso partilhado entre o Estado e as empresas do setor, que juntos poderão trabalhar para ultrapassar os desafios evidenciados. Poderiam, desde logo, começar por ajudar a preparar materiais didáticos e contribuir para a formação dos professores através de formações e workshops em parceria com Ministério de Educação. Atualmente, já temos organizações, como a Junior Achievemet Portugal (JAP), que desempenham um papel importante no combate à iliteracia financeira. Outra forma do setor privado ajudar a que esta medida seja bem-sucedida, seria através de campanhas de sensibilização sobre a importância do tema e, por fim, através da criação de incentivos e reconhecimento, como bolsas e certificados.

É fundamental existir um forte compromisso entre todas as partes interessadas, ou seja, entre o Governo, as escolas, os alunos e, potencialmente, o setor privado. Além de precisarmos que os nossos professores estejam capacitados para lecionar esta nova disciplina, esta precisa de estar integrada de uma forma coerente e progressiva no currículo escolar, com objetivos claros e alinhados com as diferentes fases de desenvolvimento dos alunos e das regiões onde eles se encontram inseridos. Paralelamente, os docentes precisam de estar dotados com todos os recursos didáticos necessários.

O segredo estará na capacidade de envolver e motivar os alunos de diferentes idades, com diferentes contextos socioeconómicos. Seja através de metodologias ativas baseadas em projetos ou estudos de caso, de conteúdos com relevância para a vida real, bem como através da promoção de uma cultura de avaliação para identificar áreas de melhoria, os professores terão de encontrar o método que leve ao sucesso

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

A Bluesky e a Threads (da Meta) estão a registar picos de atividade e de novos utilizadores no Brasil, depois de um juiz ter decidido suspender a plataforma X no país. Na sexta-feira, a Bluesky revelou ter recebido 500 mil novos utilizadores em apenas 48 horas e registado um volume recorde de atividade diária.

Numa publicação, Jay Graber, CEO da Bluesky, comentou “bom trabalho, Brasil, fizeram a escolha certa”. Em maio, a plataforma tinha seis milhões de utilizadores, números que devem ter aumentado exponencialmente agora. A Bluesky foi apresentada ao público em fevereiro, mas já tinha sido anunciada em 2019, como sendo uma iniciativa apoiada pela Twitter para um protocolo aberto e descentralizado.

A levar a este aumento de popularidade, está a batalha legal entre a X e a justiça brasileira, lembra o Tech Crunch. O juiz do Supremo Tribunal de Justiça Alexandre de Moraes decidiu a suspensão da X no país por não ter nomeado ainda qualquer representante legal e ameaçou com multas a todos os que tentassem usar o serviço por via de VPNs, contornando a suspensão. Na base desta decisão, está a recusa de Elon Musk de bloquear certos perfis que estão acusados de espalhar desinformação de extrema-direita relacionada com as eleições.

Antes, Musk tinha ameaçado encerrar completamente as operações no país e encerrar os escritórios, para “proteger os funcionários” que disse terem sido ameaçados de prisão pelas autoridades.

Agora, mesmo com a suspensão decretada pelo Tribunal a ser comunicada às mais de 20 mil operadoras no Brasil, a X ainda vai estando disponível através da Starlink, empresa também detida por Musk, num claro desafio à decisão do tribunal.

Ingredientes

1 lata de leite condensado cozido (397 g)
400 g de queijo-creme
250 g de bolachas Maria de chocolate
Café forte q. b. (frio)

Preparação

Bata o leite condensado cozido com o queijo-creme durante 2 a 3 minutos ou até obter um creme liso e espesso.

Numa travessa, alterne camadas de creme e de bolachas bem demolhadas no café. Termine com uma camada de creme. Decore a gosto.

Leve ao frigorífico por pelo menos 2 horas antes de servir.

Rita Nascimento, autora dos livros A Vida Secreta dos Gelados Caseiros, Uma Pastelaria em Casa e À Dentada, entre outros, volta a reunir um rol de receitas doces. Em Na Travessa (Arte Plural, 215 págs., €16,92), a pasteleira sugere doces, sobremesas e bolos adaptados ao formato da travessa. Divididos em cinco categorias, encontram-se os clássicos toucinho do céu, Dom Rodrigo e sericaia; sobremesas de colher, como a baba de camelo, o arroz-doce e a pavlova; tartes, scones e até panquecas.

Palavras-chave: