A 28 de agosto de 1994, os sarauís Baijea e Bachir, então com 24 e 22 anos, abriram uma nova porta para a Europa através de Fuerteventura, a maior ilha das Canárias, atravessando os 96 quilómetros que a separam do continente africano.
Fizeram-no num barco de pesca onde mais tarde foi encontrado um contentor com gasolina, uma bússola, linhas de pesca e um motor, que acabaram nos armazéns do Ayuntamiento de Antigua, uma das cidades mais antigas de Fuerteventura.
O barco tinha sido abandonado no pequeno cais de Las Salinas, uma aldeia que há trinta anos era ainda piscatória. A notícia chegou rapidamente à polícia local porque os pescadores queriam ir para a faina e encontraram aquele obstáculo.
Seria preciso uma grua para retirar o barco, mas antes disso já Baijea e Bachir tinham jantado com Juan Francisco de Vera e José Ángel Suárez, os dois agentes que os encontraram já na estrada.
Este artigo é exclusivo para assinantes. Clique aqui para continuar a ler