O primeiro-ministro esteve no lançamento da obra do novo Hospital de Todos os Santos, na freguesia de Marvila, em Lisboa, esta segunda-feira, onde assegurou que o atual executivo PSD/CDS-PP “não é um Governo liberal do princípio ao fim”, mas social-democrata e democrata-cristão, e vê no SNS “a trave-mestra” do sistema de saúde. Luís Montenegro, no final, não respondeu a perguntas sobre as negociações com o PS sobre o Orçamento do Estado para 2024.
Na sua intervenção na cerimónia, explicou que este Governo “não tem estigmas” quanto à prestação de cuidado de saúde. “Lá onde o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não tem capacidade de responder melhor, mais depressa, nós vamos à procura dessa resposta no setor privado e no setor social”, disse.
“Mas não se enganem, este não é um Governo liberal do princípio até ao fim, este é um Governo social-democrata e democrata-cristão e é um governo que não tem dúvidas: a estrutura do sistema de saúde é o SNS e está provado que o SNS tem capacidade para ser essa estrutura, esse esteio principal”, continuou.
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O primeiro-ministro defendeu que “sem bons recursos humanos não há boa administração pública” e considerou que estas valorizações visam garantir o cumprimento dos serviços públicos “a médio e longo prazo”.
Com Lusa
Na edição n.º 242, lançámos o passatempo de verão em que pedíamos aos leitores da VISÃO Júnior que nos escrevessem um texto criativo a contar-nos como tinham sido as suas férias. Pelos trabalhos que recebemos, temos a certeza de que este foi um verão emocionante.
Os vencedores foram escolhidos em duas faixas etárias: dos 6 aos 9 anos e dos 10 aos 13 anos. Não foi fácil, mas lá conseguimos.
No primeiro escalão, o vencedor foi o Nicolau Eduardo Pichel; no segundo, o prémio vai para a Joana Lagido. Em baixo, podes ler os trabalhos de ambos. A todos o que participaram, damos os nossos parabéns!
Joana Lagido, 12 anos, Lisboa
“As minhas férias foram mesmo espetaculares e cheias de aventuras! Comecei por ir ao Algarve, onde passei uns dias maravilhosos a aproveitar o sol e a água do mar. Adoro ir à praia, sentir a areia nos pés e mergulhar. Também aproveitei bastante a piscina do apartamento onde fiquei!
Mas o mais fixe foi quando fui para Melgaço, lá no norte de Portugal, bem pertinho de Espanha. A viagem foi um bocadinho longa, mas valeu muito a pena! Fiquei num hotel super giro, que parecia saído de um filme. Tinha uma sauna, onde dava para relaxar, uma piscina interior ótima para os dias mais frescos, e uma piscina exterior onde passámos muitas horas a nadar e a fazer corridas. Os quartos eram enormes e tinham televisões gigantescas, como nunca tinha visto antes!
O melhor de tudo foi que fiquei num quarto com as minhas primas, uma de 14 anos e outra de 20. Como não havia adultos connosco, foi só diversão e brincadeira! Falávamos até tarde, ríamos muito e até tivemos uma ideia maluca: fomos à piscina à 1 da manhã! Estava tudo tão calmo e silencioso, e foi uma sensação de liberdade incrível! Esses momentos foram sem dúvida dos mais memoráveis das férias.
Depois desta experiência fantástica, ainda fui para o acampamento das Guias durante 7 dias. Para quem não sabe, as Guias são parecidas com os escuteiros, mas são só raparigas. Foi uma semana cheia de aventuras e atividades ao ar livre.
Fizemos caminhadas, acampámos em tendas e aprendemos muitas coisas úteis, como fazer nós e acender fogueiras. Uma das partes mais emocionantes foi quando apareceu uma equipa de televisão e acabámos por aparecer na TVI! Foi tão engraçado ver-nos na televisão, e todas ficámos super entusiasmadas com isso. Ainda por cima a comida era bastante boa e até e conhecemos muitas pessoas simpáticas do Porto, Beja e outras regiões.
Logo a seguir, estive no MyCamp, que para mim é o melhor campo de férias de sempre! Mal posso esperar para voltar lá.Fiz muitos amigos novos, e as atividades são mesmo incríveis. Há tantas coisas diferentes para fazer, desde escalada até slides, e até tem um parque aquático! Passei por alguns desafios que me assustaram um bocadinho, mas consegui superá-los, e isso fez-me sentir super corajosa. Acho que o MyCamp é mesmo o sítio perfeito para quem gosta de aventura e de conhecer pessoas novas. Vou para lá todos os verões desde que tenho 6 aninhos e posso ir atá aos 18.
Para acabar em grande, fui até ao Gerês, um dos lugares mais bonitos de Portugal. Fomos explorar a serra e os trilhos, mas acabámos por nos perder! Foi uma mistura de susto e aventura, porque no caminho encontrámos vacas, cabrinhas e até cavalos selvagens!!!! Nunca tinha visto cavalos assim tão perto, e foi incrível. No final, conseguimos encontrar o caminho de volta e rimos muito.
Agora, estou a preparar-me para a última aventura das férias: vou acampar com a minha melhor amiga em São Martinho do Porto. Vai ser tão divertido! Vamos montar a nossa tenda, fazer churrascos e contar histórias até tarde. Mal posso esperar! Mas, depois disso, as aulas vão começar, e vou ter de voltar à rotina. Estas férias foram mesmo inesquecíveis, e já estou ansiosa pelas próximas!”
Nicolau Eduardo Pichel, 8 anos, Porto
“As minhas férias são sempre muito boas! Eu vivo numa casa grande com muitos animais. A minha irmã mais velha comemora o aniversário nas férias e fazemos sempre uma festa muito grande, convidando todos, incluindo os meus amigos. A parte de que eu gosto mais da festa é a de jogar à bola. Normalmente não temos meninos suficientes para formar duas equipas, mas nesse dia é possível. Formadas as equipas divertimo-nos muito! Todos suados, de cabelos molhados e caras vermelhas, incansáveis até ao fim da tarde! Também podemos andar de bicicleta e saltar no trampolim. Os mais pequenos preferem a piscina e com os gritos e a água a saltar no ar, percebe-se que é verão, é festa e são as férias grandes! Há sempre muito sol e praia nas minhas férias! Mas este verão foi especial! Apareceu uma cadelinha (alguém abandonou) aqui perto de casa, muito triste, cauda entre as pernas, a precisar de ajuda. Adotámo-la, (os pais deixaram). Já tem nome e ao fim do primeiro dia connosco já estava feliz a correr, a saltar, a brincar e a fazer amizade com o leão. Ah, esqueci-me de dizer o nome dela: Nigra. Ela é toda preta de olhos castanhos. É calma e meiguinha.”
É um tema que continua a provocar dúvidas, ainda que não seja novo. Muitas pessoas continuam a não saber se devem ou não continuar a colocar o selo do seguro e o da inspeção no para-brisas do carro, com muitas vezes a opção ser a de manter o que antes era feito, pois como diz o ditado, “mais vale prevenir do que remediar”. Mas afinal podemos ou não parar com isso?
Ter o selo do seguro do carro no para-brisas deixou de ser obrigatório a 11 de julho de 2023, com a publicação da lei em Diário da República, e as coimas associadas à sua não fixação foram abolidas. Ainda que esta lei tenha sido alterada, o condutor tem de ter consigo um certifico do seguro para não ser multado caso seja interpelado por um agente da autoridade.
O selo da inspeção não precisa de estar visível no carro desde 2012, uma vez que a ficha de inspeção periódica do veículo serve como comprovativo. Porém, pode arriscar-se a uma coima entre os 60 e 300 euros caso não tenha este documento quando um agente o requisitar. Já a obrigatoriedade de ter o selo do pagamento do Imposto Único de Circulação (IUC) no para-brisas terminou em 2007.
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Para resumir, os documentos que um condutor precisar de ter são o documento de identificação, a carta de condução, o certificado do seguro, a ficha de inspeção periódica, o registo de propriedade do veículo e o documento de identificação fiscal, caso o respetivo número não conste do documento de identificação e o condutor resida em território nacional. Saiba ainda que pode ter alguns destes documentos na a carteira digital da aplicação móvel id.gov.pt graças a uma alteração à Lei 19-A/2024.
Se o condutor não tiver um destes documentos consigo, terá de os apresentar às autoridades no prazo de cinco dias. As coimas aplicadas também podem ser contestadas no prazo de 15 dias úteis junto da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
A Xiaomi Portugal anunciou que a campanha de lançamento dos novos modelos da série de smartphones 14T “superou as expetativas”, com todas as unidades disponíveis esgotadas.
Na promoção, a compra do Xiaomi 14T Pro, nas versões com 12GB de RAM e 1TB ou 512GB de armazenamento interno, incluía uma Xiaomi TV A 2025 de 55 polegadas como oferta. Por sua vez, a aquisição do Xiaomi 14T com 12GB de RAM e 256GB de armazenamento interno garantia uma Xiaomi TV A 2025 de 50 polegadas. As ofertas podem ser redimidas até 17 de outubro através do site oficial da Xiaomi.
Desenvolvida para amantes da fotografia e utilizadores que procuram um alto desempenho, a série Xiaomi 14T destaca-se pelas câmaras principais Leica de 50 megapíxeis, pela integração de funcionalidades avançadas de Inteligência Artificial e pelos processadores de última geração.
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Além disso, ambos os modelos apresentam ecrãs AMOLED CrystalRes de 6,67 polegadas, proporcionando uma qualidade de imagem de alta resolução, baterias de 5000mAh e suportando ainda carregamento rápido, com 67W e 120W, respetivamente.
Os smartphones Xiaomi 14T foram lançados a 26 de setembro. As entregas dos televisores estão previstas para serem realizadas até ao final de outubro.
Num artigo com o título “Marcelo incomodado com esquema de segurança de Moedas”, da jornalista Margarida Davim, que assina o artigo, publicado em 05/10/2024, na edição online da revista VISÃO, são transmitidas informações falsas que se impõe sejam corrigidas:
É FALSO que o Presidente da CML tenha definido ou seja responsável pelo perímetro de segurança das cerimónias do 5 de outubro que se realizam na Praça do Município. É FALSO que tenham existido quaisquer indicações a nível político para a referida situação. Cabe sempre às forças de segurança que avaliam e definem os perímetros de segurança e as medidas que devem ser assumidas em cada caso.
Carlos Moedas Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
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Vivemos numa época de transformação acelerada, em que a liderança feminina se torna cada vez mais visível e, ao mesmo tempo, confronta desafios profundos e persistentes. O “teto de vidro” — essa metáfora utilizada para descrever as barreiras invisíveis que impedem as mulheres de ascenderem aos cargos mais altos das organizações — continua a ser uma realidade, mesmo nos setores mais progressistas. Mas, como podemos ultrapassá-lo? A construção de uma marca pessoal forte pode ser uma das respostas mais eficazes.
Uma marca pessoal não se resume a uma mera estratégia de autopromoção. Trata-se, antes, de uma construção autêntica que reflete a combinação única de competências, valores, paixões e estilo de liderança de uma pessoa. É, essencialmente, a forma como uma mulher se posiciona, comunica e influencia dentro e fora da sua organização. Mais importante ainda, é uma ferramenta poderosa para superar preconceitos institucionais e culturais que continuam a persistir.
No mundo empresarial, onde o acesso ao poder e à influência continua a ser dominado por homens, muitas mulheres líderes têm conseguido destacar-se através de uma marca pessoal clara e assertiva. Num ambiente de competição acirrada, esta diferenciação permite-lhes criar uma presença que transcende as hierarquias formais. Mas como pode uma marca pessoal forte ajudar a romper as barreiras?
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Em primeiro lugar, ela confere visibilidade. Não podemos subestimar o impacto de uma presença visível, especialmente em setores onde as decisões são tomadas, muitas vezes, com base em quem é visto e ouvido. Uma marca pessoal bem construída oferece às mulheres uma plataforma para amplificar a sua voz, desafiar as normas e questionar o status quo. Pensemos em mulheres como Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, que construiu a sua carreira com base numa identidade forte, marcada pela competência técnica, mas também pela coragem em confrontar problemas de frente. A sua capacidade de articular a sua visão e de o fazer de forma autêntica, mas determinada, ajudou-a a quebrar barreiras em instituições tradicionalmente dominadas por homens.
Além disso, uma marca pessoal sólida permite às mulheres redefinir as regras do jogo. Ao invés de tentarem adaptar-se a modelos de liderança masculinos, podem, com sucesso, criar novos modelos que reflitam as suas competências e valores. Jacinda Ardern, ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, por exemplo, conseguiu liderar com empatia e compaixão — características frequentemente desvalorizadas no universo corporativo —, sem nunca comprometer a eficácia e os resultados. A sua marca pessoal não apenas a diferenciou, mas também influenciou uma mudança de paradigma em torno de como olhamos para a liderança global.
As barreiras institucionais e culturais que sustentam o teto de vidro são muitas vezes subtis, mas profundamente enraizadas. Desta forma, a construção de uma marca pessoal forte pode ajudar a desafiar e desmantelar algumas dessas barreiras. Um exemplo claro é o de Ursula Burns, a primeira mulher afro-americana a liderar uma empresa da Fortune 500, a Xerox. Através da sua marca pessoal autêntica — baseada na transparência, trabalho árduo e num compromisso inabalável com a excelência — Burns não apenas superou preconceitos, mas também alterou o discurso em torno das expectativas colocadas sobre as mulheres negras na liderança.
Para além disso, a marca pessoal é um motor de credibilidade e influência. Uma líder que se posiciona de forma clara e consistente ganha a confiança dos seus pares, subordinados e superiores. Este capital de confiança é muitas vezes o que permite a essas líderes questionar abertamente práticas empresariais injustas ou ineficazes. A construção de alianças internas e externas, apoiada por uma reputação pessoal robusta, pode ajudar a perfurar as estruturas tradicionais de poder que sustentam o teto de vidro.
Estou feliz e em paz por não estar a trabalhar numa empresa. Mas nem sempre foi assim.
Hoje quero partilhar consigo esta jornada que transformou uma consultora corporativa numa consultora freelancer que trabalha com um sentido de propósito.
Durante mais de 20 anos de carreira em Recursos Humanos, nunca tinha tido o desejo ou ambição de trabalhar por conta própria. Muito pelo contrário, essa possibilidade era um cenário que me deixava desconfortável por vários motivos, a começar pela ausência de equipa de trabalho e todas as vantagens que daí advêm e a terminar na falta de um salário fixo ao final do mês.
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Mas a vida tem uma forma caricata de nos dar a volta e nos fazer encarar as mesmas situações sob diferentes prismas. Foi o que me aconteceu. Na realidade, a minha história não é diferente de tantas outras que levam as pessoas a mudar o seu rumo. E se o leitor já passou por algo semelhante, tenho a certeza que se está a identificar com este artigo.
Tudo começou quando a vida que eu considerava estável começou a mudar. A mudança começou a gerar desconforto. E esse desconforto tomou proporções tais que quase chegaram a doença física. O facto de eu ter estado numa situação extrema colocou-me numa posição em que comecei a pensar de forma diferente. De repente, estava a perspetivar outros ângulos e, no final, acabei por mudar o conceito de estabilidade que me acompanhou durante toda a minha vida.
No final do dia, o que é mais importante? A dita estabilidade salarial ou o nosso equilíbrio físico e emocional? Quando mudei a minha resposta comecei a tomar decisões diferentes e aos poucos a mudar a minha vida.
Quando dei conta, tinha decidido (para já, porque nunca se sabe o dia de amanhã) que não queria voltar a trabalhar para uma empresa. Sabia que queria continuar a trabalhar com empresas mas não para uma empresa. Esta decisão teve tanto de libertador como de assustador. E agora, o que fazer?
Procurei a ajuda de profissionais que me ajudaram a estruturar o meu modelo de negócio. Depois comecei a ler sobre empreendedorismo, startups, a ouvir podcasts e pessoas que considerei como referência e com as quais sentia empatia e proximidade. Isso foi crucial porque abriu-me horizontes e comecei a pensar mais como empreendedora e menos como corporativa.
Ouvimos dizer que se mudarmos por dentro e as coisas mudam por fora. Confirmo. Foi o que aconteceu.
Hoje em dia, ainda tenho dúvidas e inseguranças. Menos do que tinha no início e mais do que que vou ter daqui a uns tempos. Afinal ainda não se passou um ano desde que me lancei nesta nova aventura. Ainda sou uma bebé com muito para aprender, ajustar, conquistar, falhar e corrigir. Mas tenho a confiança que quero continuar a trabalhar de uma forma que me inspira e onde sinto que possa mudar a vida das pessoas. Mas a importância de trabalharmos com sentido de propósito é tema para outro artigo.
Encontramo-nos em breve, até já.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.
O Conselho de Ministros pré-aprovou esta segunda-feria “dentro do Governo” a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) que terá de entregar no parlamento na quinta-feira, 10 de Outubro, no Parlamento, mas a versão final aguarda ainda “negociações em curso” com PS.
“O OE2025 foi pré-aprovado dentro do Governo e a proposta final aguarda apenas o desenrolar das negociações em curso com o Partido Socialista”, refere, apenas, o comunicado da Presidência do Conselho de Ministros.
A sustentabilidade tem ocupado um lugar central nas agendas social, política e empresarial, unindo esforços em torno do desenvolvimento de iniciativas e tecnologias em prol do cumprimento de metas ambientais cada vez mais necessárias e ambiciosas ao redor do globo. Um estudo recente da BCG, intitulado “Sustainability Data Is a Big Opportunity in Information Services”, espelha a crescente relevância deste fenómeno na sociedade e nas empresas ao revelar que, só no ano passado, cerca de 10 biliões de dólares em investimentos foram geridos de acordo com critérios de sustentabilidade. Além disso, nos últimos cinco anos, o investimento em sustentabilidade cresceu mais de 50%, evidenciando a transformação do setor financeiro e a sua adaptação às exigências ambientais, sociais e de governança (ESG).
O compromisso para com o atingimento de metas de neutralidade carbónica até 2050 faz da sustentabilidade um pilar incontornável para as organizações, nomeadamente para as instituições financeiras, conduzindo-as nao só a investir nas suas próprias práticas, como também no aumento de exposição dos seus portfólios a empresas sustentáveis para conseguirem fortalecer a sua posição no mercado e ganhar vantagens competitivas. A título de exemplo, 80% dos gestores de ativos colocam a sustentabilidade no topo das suas preocupações.
Apesar da sua relevância, a implementação de práticas sustentáveis nas operações empresariais não é uma tarefa simples. Cerca de 68% dos profissionais da área consideram esta integração desafiante ou extremamente desafiante e destacam como principais obstáculos a disponibilidade de informação, a elaboração de reporting e a análise da sua cadeia de valor. Este contexto revela uma necessidade clara para o desenvolvimento de soluções que facilitem a implementação e a gestão de iniciativas de sustentabilidade nas empresas.
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Em concreto, as organizações que fornecem serviços de informação podem encontrar na sustentabilidade uma oportunidade lucrativa através da recolha, análise e gestão de dados de relativos aos critérios ESG das empresas. Já existe competição por uma posição neste mercado emergente, contudo há estratégias que as empresas de dados e software devem adotar para capitalizar esta oportunidade.
Primeiramente, é crucial que comecem por se focar em clientes que já conhecem, abordando diretamente os desafios de sustentabilidade que estes enfrentam, diminuindo os riscos associados a novas aquisições ou desenvolvimentos de produtos desadequados e permitindo uma adaptação mais eficaz das equipas às novas exigências.
Em segundo lugar, os prestadores de serviços de informação devem alinhar-se com um tipo específico de criação de valor dentro da sustentabilidade, identificando a proposta de valor mais relevante – seja gestão de risco, vantagens financeiras ou impacto social. Esta ação é fundamental para satisfazer as necessidades específicas de cada segmento de clientes e também para garantir que as melhores práticas sustentáveis são desenvolvidas.
Finalmente, é essencial que estas organizações antecipem o impacto das novas regulamentações, uma vez que as empresas enfrentam desafios significativos para cumprir os crescentes requisitos de conformidade. Para se anteciparem a estas obrigações, os prestadores de serviços de informação devem fortalecer a sua capacidade de monitorização e otimizar as operações internas, garantindo a transparência e combatendo o greenwashing.
O caminho para uma economia mais sustentável está a ser traçado, mas ainda é longo, contando com vários desafios, mas também com vastas oportunidades. As empresas que souberem adaptar-se e inovar neste cenário ganharão vantagens competitivas significativas. A sustentabilidade não se trata de uma tendência passageira, mas sim de um um pilar estrutural que está a redefinir o futuro da política, da sociedade, mas também da economia e negócios. Assim, a aposta em ESG deve ser encarada como um investimento estratégico para um futuro mais próspero e ambientelmente responsável.