O Skype chegou a ser a ferramenta preferida de milhões de utilizadores para fazer chamadas e videochamadas pelo computador. Agora, 20 anos depois de conectar utilizadores em todo o Mundo e depois de ter sido comprado pela Microsoft, o Skype vai mesmo chegar ao fim.
A empresa de Redmond anunciara em fevereiro a intenção de desligar o Skype, num esforço para concentrar os utilizadores (e as suas equipas de trabalho internas) no Microsoft Teams. Os utilizadores tiveram cerca de dois meses e meio para aceder ao Teams e para guardar ou migrar informações das suas contas do Skype. A 5 de maio, os servidores do Skype foram mesmo desligados.
A Microsoft comprou o Skype em 2011 por 8,5 mil milhões de dólares, numa altura em que a plataforma atingia os 300 milhões de utilizadores mensais. Em apenas 12 anos, o número caiu para os 36 milhões de utilizadores, com a concorrência e inovação ferozes da Zoom, do Google Meet e do Teams.
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Nesta altura, estas três estão entre as ferramentas preferidas para comunicação online, quer em contexto profissional, quer na esfera privada.
A equipa de Ding Zhao e Min Qiu, entre outros, anunciou ter conseguido tatuar tardígrados, um pequeno ser microscópico que é considerado um dos mais resistentes do mundo. O feito permite abrir caminho a várias aplicações distintas em diferentes setores, como criar micro-robôs ciborgues capazes de realizar funções médicas através de sensores ou componentes eletrónicos diretamente impressos no seu corpo.
Os tardígrados são seres que não medem mais do que meio milímetro de comprimento e conhecidos por suportar condições extremas de temperatura, de aridez ou até mesmo o vácuo do espaço.
Os investigadores da universidade chinesa Westlake explicam que começaram por desidratar lentamente os pequenos seres, colocando-os num estado suspenso de animação. Depois, cada organismo foi colocado numa folha de compósito de carbono que foi arrefecida a 143 graus centígrados negativos e onde foi coberto com um líquido orgânico que congelou numa fina camada de gelo. A equipa bombardeou o tardígrado com um feixe de eletrões de forma focada e precisa, desencadeando uma reação no líquido orgânico congelado, onde foi formado um novo químico biocompatível.
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Depois, ao reaquecer o tardígrado de forma controlada numa sala à temperatura ambiente em vácuo, o químico gerado aderiu firmemente à cutícula exterior do ser, formando a tatuagem. O resto do líquido que não fora exposto ao feixe acabou por desaparecer em vapor.
Ao serem reidratados, apenas 40% dos tardígrados sobreviveram, mas os cientistas acreditam que serão capazes de aumentar a taxa de sucesso ao refinar as técnicas usadas. As tatuagens permanecem estáveis mesmo depois de submetidas a alongamentos, imersão em solventes, secagem ou enxaguamento.
De acordo com a informação partilhada pela empresa, o E-Flow foi criado para instalações que dependem de pontos de carregamento satélites (ligados a um posto central) ou estão situadas em posições elevadas, de difícil acesso. O dispositivo visa simplificar a operação de carregamento em diversos contextos, desde hubs públicos a bases de frotas e infraestruturas privadas.
A E-Flow funciona como a unidade central do sistema de carregamento, integrando tecnologias da gama de carregadores Blueberry, como alocação dinâmica de potência, autenticação opcional do utilizador e sistemas de medição e pagamento. Com capacidade para suportar até quatro saídas de carregamento, o dispositivo gere a interação entre os veículos elétricos e o sistema.
“Como unidade central do sistema, a E-Flow é a inteligência escondida por detrás de cada sessão de carregamento”, refere o comunicado da I-Charging.
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O equipamento inclui um ecrã tátil e permite a integração com sistemas backend via OCPP (Open Charge Point Protocol, um protocolo de comunicação que garante que os carregadores de veículos elétricos possam interagir com sistemas de gestão de carregamento) e com a ferramenta digital my.i-charging.
Segundo a I-Charging, o nome “E-Flow” representa o fluxo de energia no sistema e reflete o foco da empresa na inovação para atender às necessidades do mercado de veículos elétricos. O E-Flow complementa outras soluções da empresa, como o Blueberry e o I-Light, assegurando o funcionamento do sistema de carregamento.
As principais características da E-Flow incluem: suporte para até 4 saídas de carregamento; alocação dinâmica de potência; função de centro de controlo para instalações com várias tomadas; ecrã tátil; autenticação opcional do utilizador; integração opcional de sistema de pagamento; medição certificada opcional; integração com sistemas backend via OCPP; integração com my.i-charging; e integração no ecossistema I-Charging.
A I-Charging informa que a e-flow estará disponível no segundo semestre deste ano.
Este monitor é sinónimo de qualidade e versatilidade, ideal tanto para jogar, como para trabalhar ou ver uma série num ecrã de excelência. Mas, começamos esta análise por destacar a facilidade de montagem, que é um dos pontos fortes do monitor. Desde já, fica o aviso: não é preciso qualquer tipo de chave para apertar parafusos. A maioria dos componentes encaixa-se facilmente, sendo apenas necessário apertar um único parafuso na base da coluna vertical. Esse parafuso pode ser ajustado à mão, graças a uma pega incorporada que permite apertá-lo sem esforço até que tudo fique bem firme.
A construção, apesar de competente, não é propriamente premium — há bastante recurso a plásticos rijos, tanto no suporte como na base. Ainda assim, a estabilidade surpreende: mesmo que a secretária leve um toque mais forte, o monitor quase não abana e mantém-se solidamente no lugar.
De seguida, é possível ajustar o ecrã em altura até um máximo de 15 cm. Basta aplicar alguma força para cima ou para baixo — sentimos uma ligeira resistência ao movê-lo para baixo, mas isso acaba por fazer sentido: garante que o ecrã não desliza facilmente caso seja tocado acidentalmente. Além disso, é possível rodar o ecrã até 20º, o que confere uma versatilidade de utilização que valorizamos bastante.
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Veja imagens abaixo do Philips Evnia 34M2C6500:
O ecrã OLED garante uma excelente visualização. Em relação à conectividade, o monitor está também muito bem equipado
Um ecrã competente
Chegamos agora à qualidade do ecrã de 34 polegadas, que impressiona desde o primeiro momento. Este é, sem dúvida, um monitor pensado para gaming, algo que se percebe logo pela curvatura do painel — equilibrada, sem ser excessivamente acentuada. Isso traduz-se numa utilização confortável, não só para sessões prolongadas de jogo, mas também para um dia inteiro de trabalho, sem causar fadiga ocular como acontece com ecrãs de curvatura mais agressiva.
A tecnologia OLED confirma o posicionamento premium deste modelo, garantindo pretos profundos, um agradável contraste e cores vibrantes. Um dos pontos a destacar é a ausência de reflexos em ambientes com bastante luz natural. O nível de brilho é suficientemente elevado para garantir uma boa visibilidade, mesmo com o monitor colocado junto a uma janela, sem comprometer a qualidade da imagem.
A taxa de atualização máxima através da porta HDMI é de 100 Hz, mas o monitor vai mais além quando ligado via DisplayPort ou USB-C, atingindo os 175 Hz. Embora existam no mercado monitores que superam os 200 Hz, esta capacidade garante já uma experiência de jogo extremamente fluida e com excelente qualidade visual. Os movimentos no ecrã são quase instantâneos, o que contribui para uma sensação de grande reatividade — ideal para jogos rápidos e competitivos.
Bons recursos de personalização
Através de um botão localizado na traseira, do lado direito do monitor, é possível aceder aos menus e realizar várias personalizações, sobretudo ao nível da imagem. No entanto, a experiência de navegação através deste botão deixa a desejar — a utilização é pouco intuitiva e torna os menus algo confusos. É pena que a marca holandesa não tenha incluído um comando remoto, o que tornaria a navegação muito mais rápida e fluida.
Apesar disso, encontramos um conjunto abrangente de opções de personalização que permitem tirar o máximo partido do monitor. É possível ajustar parâmetros como brilho, contraste, nitidez e temperatura de cor, bem como configurar vários modos de imagem adaptados a diferentes utilizações.
Destaca-se ainda a tecnologia Ambilight, já bem conhecida da Philips, que reforça a imersão: através de iluminação RGB posicionada na traseira, o monitor projeta cores que acompanham o conteúdo em reprodução, criando um ambiente mais envolvente e dinâmico.
Conectividade e a falta de altifalantes
A conectividade deste monitor é um dos pontos fortes, permitindo a ligação de vários dispositivos sem necessidade de adaptadores. Está equipado com uma porta USB-A 3.2 e uma porta USB-B, que serve para ativar o hub USB integrado ao ligar o monitor ao computador.
Destaque para a versátil porta USB-C, que suporta transferência de vídeo (via DisplayPort), dados e até carregamento de dispositivos compatíveis, facilitando uma configuração mais limpa e organizada do espaço de trabalho.
O monitor inclui também uma porta DisplayPort 1.4, essencial para quem pretende usufruir da taxa de atualização máxima de 175 Hz com a melhor qualidade possível, e duas entradas HDMI 2.0, que asseguram compatibilidade com consolas, portáteis e outros equipamentos multimédia. Por fim, destacamos a ausência de altifalantes integrados neste monitor, um pormenor que esperávamos ver incluído, sobretudo tendo em conta a gama de preço em que se insere. Ainda assim, a Philips compensa parcialmente esta lacuna ao incluir uma entrada de áudio de 3,5 mm, sempre útil para quem pretende ligar auscultadores ou colunas externas de forma direta.
Veredicto
Este monitor curvo OLED garante uma excelente qualidade de imagem e fluidez para videojogos, com uma taxa de atualização que satisfaz até os jogadores mais exigentes. Para quem pretende utilizá-lo tanto para jogar como para trabalhar, a experiência continua a ser positiva, já que a curvatura não é demasiado acentuada, permitindo uma utilização confortável no dia a dia. Por fim, embora o preço não seja acessível a todas as carteiras, é equilibrado face às características que apresenta e em comparação com outros produtos semelhantes no mercado.
Tome Nota Philips Evnia 34M2C6500 – €739 Site: philips.pt
Brilho MuitoBom Cores MuitoBom Menus Satisfatório Ergonomia Muito bom
Características Ecrã OLED QD 34″ (3440×1440 p), 21:9, 175 Hz ○ Curvatura: 1800R ○ Espaço de cor: DCI-P3 99,3%, sRGB 148,8% ○ Brilho máximo: 1000 cd/m2 ○ Contraste: 1000000:1 ○ Tempo resposta: 0,03 ms ○ Adaptative Sync ○ Iluminação FX (RGB) ○ Inclinação: -5° a 20°; Rotação: ± 20°; Ajuste altura: até 150 mm ○ Entradas: 1x USB-A (3.2), 1x USB-B, 1x USB-C (DP, vídeo), 1x DisplayPort (1.4), 2x HDMI (2.0), áudio 3,5 mm ○ Dimensões: 813x553x295 mm ○ Peso: 8,7 kg
“Não vale a pena iniciar negociações ou examinar novas propostas de cessar-fogo enquanto a guerra da fome e a guerra de extermínio na Faixa de Gaza continuarem”, declarou à agência France-Presse (AFP) Bassem Naïm, membro do gabinete político do Hamas.
“O mundo deve pressionar o Governo de Netanyahu para pôr fim aos crimes de fome, sede e assassínio” em Gaza, acrescentou.
Não sei como é que se torna mais forte, como se aumenta ou torna intenso algo que já é superlativo.
Mesmo que não se tome partido, seja porque se tenta a imparcialidade dos factos, seja porque se fica em cima do muro, aquilo que Israel tem feito na Faixa de Gaza só pode ser adjetivado de violentíssimo.
Sabemos que o objetivo oficial é a aniquilação do Hamas, mas também sabemos que esse grupo terrorista não é defendido pela totalidade do povo palestiniano. Então, como justifica Benjamin Netanyahu que o bebé vá junto com a água do banho?
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A pergunta é obviamente retórica, sobretudo em face das últimas notícias.
O primeiro-ministro israelita disse ontem que o seu país está “na véspera de uma entrada forçada em Gaza”, depois de o Gabinete de Segurança de Israel ter aprovado um novo plano para que dezenas de milhares de soldados adicionais tomem e mantenham o território, transferindo os palestinianos para o sul – “para sua própria defesa”.
O plano é de “intensificar a campanha” militar e, de caminho, conquistar Gaza e manter os territórios sob controlo israelita, especificou Netanyahu, num vídeo publicado nas redes sociais em que referiu que os principais oficiais do país recomendaram uma escalada “intensiva” da guerra que já dura há mais de um ano e meio.
O efeito de “arrastão” que a AD e o PS estão a provocar nos restantes partidos, tendo em conta a tracking poll da Pitagórica (JN, DN, TSF), pode resultar num parlamento substancialmente diferente do que temos atualmente. A votação antecipada começa no domingo, o que significa que cada vez mais eleitores já têm o seu voto decidido — e essa dinâmica influencia os votos do dia 18.
A AD distancia-se do PS em cerca de 10%, o que se explica pela queda do Chega e da Iniciativa Liberal. Os eleitores querem, de facto, que o Parlamento funcione com estabilidade durante toda a legislatura. Foi assim que António Costa alcançou a maioria absoluta.
A fraca pressão do PS sente-se com alguma intranquilidade no partido, mas também se verificará uma transferência de votos dos pequenos partidos para o maior da oposição. Isto explica, de igual modo, o que estará a acontecer à Direita. Os eleitores votam de forma útil, do seu ponto de vista, atribuindo menos representação aos partidos mais pequenos. Querem-nos no Parlamento, mas longe de constituírem uma força de bloqueio.
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E daqui pode retirar-se outra conclusão: os portugueses não se preocupam com a ex-empresa de Luís Montenegro, nem acreditam nas acusações, distorções e desinformação que que rodeia este tema, nem isso será um fator relevante no momento da votação. Seria aconselhável que o PS não centrasse o seu discurso político nessa questão secundária do ponto de vista eleitoral.
(Invoco a minha confiança nas sondagens e tracking polls da Pitagórica. Já os vi antecipar milimetricamente o desfecho de muitas eleições.)
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.
O Governo dos EUA anunciou esta segunda-feira que vai oferecer dinheiro aos imigrantes ilegais que optem pela autodeportação. Em comunicado, o Departamento de Segurança Interna norte-americano adiantou que a assistência será canalizada através de uma aplicação online e que, no caso daqueles que optarem por saírem pelos seus próprios meios, haverá uma ajuda adicional de mil dólares (cerca de 850 euros) paga aos beneficiários “assim que o seu regresso ao país de origem for confirmado”.
“A autodeportação é uma forma digna de sair dos EUA e permitirá aos estrangeiros indocumentados evitar a interceção do Serviço de Imigração e Alfândega”, acrescentou o Governo.
De acordo com o Departamento, um hondurenho que comprou um bilhete de Chicago para o seu país natal foi o primeiro a utilizar com sucesso este programa de assistência em viagem.
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Os imigrantes indocumentados que expressem a sua decisão de se autodeportarem voluntariamente através da aplicação deixarão de estar no topo da lista de pesquisas dos serviços de imigração, “desde que demonstrem que estão a fazer progressos significativos na conclusão dessa partida”, segundo as autoridades norte-americanas.
“A participação no programa de autoexclusão pode ajudar a preservar a capacidade de um estrangeiro indocumentado de regressar legalmente aos EUA no futuro”, explicou o Governo, que tem tentado cumprir as promessas eleitorais de combate à imigração ilegal do Presidente Donald Trump.
As múltiplas detenções e rusgas contra imigrantes ilegais desde que Trump tomou posse, em janeiro passado, suscitaram duras críticas dos opositores do Presidente republicano.
“Se estiverem aqui sem documentos, a autodeportação é a melhor, mais segura e mais económica forma de deixar os Estados Unidos e evitar a prisão”, acrescentou a secretária do Departamento de Segurança Interna, Kristi Noem, no comunicado.
A utilização do programa de assistência financeira também representará uma poupança de 70% para os contribuintes norte-americanos, segundo Noem.
Um mecânico do Wisconsin, EUA, serviu de laboratório humano nos últimos 18 anos, com o seu sangue a ser usado para produzir anticorpos de defesa contra os venenos das espécies mais mortais de cobras. Os cientistas usaram o sangue para criar uma cura para o veneno de 13 das 19 espécies mais perigosas e oferecer proteção contra as restantes seis.
Tim Friede tem um canal do YouTube onde mostra vídeos a ser injetado e atingido pelo veneno das cobras mais mortíferas e a sobreviver. Os vídeos são a parte mais visível de um projeto de auto-imunização começado há quase 20 anos. Friede vai injetando o veneno no seu corpo, em quantidades cada vez maiores, e dá tempo ao seu organismo para produzir os anticorpos necessários para sobreviver.
Agora, uma equipa de investigadores colheu o sangue de Friede e isolou os anticorpos necessários para produzir um contraveneno que foi testado em ratos contra os 19 venenos produzidos pelas cobras classificadas como tipo 1 ou tipo 2 pela Organização Mundial de Saúde. Com as cobras a produzirem entre cinco e 70 proteínas de toxinas cada uma, é fácil perceber que o processo deixa muita margem para diferentes combinações, mas uma vez que Friede conduziu este trabalho ao longo de 18 anos com várias experiências, a missão dos cientistas ficou facilitada. A equipa conseguiu monitorizar exatamente quais os anticorpos que melhor defenderam o organismo dos efeitos neurotóxicos do veneno.
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Nos ratos dos testes, conseguiu-se proteção total contra 13 espécies e parcial contra seis, com o autor Jacob Glanville a acreditar que adicionar um quarto componente à fórmula vai permitir criar um antiveneno universal, noticia o New Atlas. A solução atual já dá esperança para hospitais em países como a Índia poderem ter um antiveneno ‘universal’ em stock para administrar a quem seja mordido, em vez de terem de armazenar vários antivenenos frágeis, caros e que só funcionam para uma determinada espécie.
Os investigadores vão continuar o trabalho em direção a uma solução universal e não descartam a possibilidade de criar dois antivenenos eficazes para dois conjuntos de cobras, a serem usados de acordo com a região do globo onde estas se concentram.
As autoridades espanholas detetaram uma terceira perda de geração de eletricidade no sul do país 19 segundos antes do apagão de dia 28. Na semana passada, a empresa Red Eléctrica (REE), que gere a rede elétrica espanhola, revelou que tinham sido identificadas duas “perdas de geração” consecutivas no sudoeste de Espanha antes do apagão.
A primeira perda foi “superada satisfatoriamente” pelo sistema elétrico, mas 1,5 segundos depois ocorreu uma segunda, a que se seguiu o apagão, segundo a empresa.
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Segundo a REE, “é muito possível que a geração [de eletricidade] afetada possa ser solar”, mas sublinhou que todas estas conclusões eram preliminares.
A ministra com a tutela da energia Sara Aagasen revelou esta segunda-feira que os primeiros trabalhos da comissão criada pelo Governo espanhol para investigar as causas do apagão identificaram uma “terceira perda de geração” no sul de Espanha 19 segundos antes do corte total de eletricidade, que afetou todo o território continental de Portugal e Espanha.
“Outra perturbação que se soma às duas anteriores. Temos de ver se há relação entre elas”, afirmou, numa entrevista à RTVE, a televisão pública de Espanha.
A ministra disse ser necessário entender por que motivo o sistema “não conseguiu amortecer” estas perturbações e perdas de geração, como normalmente acontece.
Sara Aagasen afirmou que estão a ser analisados mais de 700 milhões de dados de todos os operadores do sistema elétrico espanhol para tentar identificar “situações atípicas” e reiterou que nenhuma possibilidade está excluída, incluindo um ciberataque.
Na semana passada, a Red Elétrica descartou a possibilidade de um ciberataque à empresa, mas o Governo espanhol disse que todas as hipóteses continuam em aberto e que há dezenas de operadores no sistema elétrico, com “mais de 30 centros de operação” em todo o país.
“Há ainda muitas coisas por identificar”, disse hoje a ministra, que defendeu que “a palavra prudência” é a melhor para este momento, apelando de novo para que não haja especulações em relação às causas do apagão.
A ministra voltou também a descartar que um excesso de energias renováveis no sistema tenha sido a causa do problema e considerou que esta explicação é “muito simplista”, porque o sistema elétrico é complexo e “estão em jogo muitas variáveis” que é preciso analisar na totalidade.
Por outro lado, negou que as empresas de energia presentes no mercado espanhol tenham alertado, nos dias e semanas anteriores ao apagão, para alguma situação “relacionada com o incidente” de 28 de abril, numa referência a notícias que têm sido publicadas nos últimos dias por alguns meios de comunicação em Espanha.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, durante cerca de 10 a 11 horas, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.
A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade anunciou na semana passada a criação de um comité para investigar as causas do ‘apagão’ “excecional e grave” na Península Ibérica.
A organização disse que vai “investigar as causas essenciais, elaborar uma análise exaustiva e avançar com recomendações num relatório final”.