A Thomson, marca francesa tradicionalmente associada ao universo dos televisores, tem vindo a ampliar a gama de produtos. A sua oferta inclui agora monitores, projetores e, mais recentemente, com um dongle de streaming: o Thomson Cast 150.

Ao retirarmos o dispositivo da embalagem, há um pormenor que salta imediatamente à vista: a inclusão de dois adaptadores de corrente, um para tomadas europeias tradicionais e outro para tomadas do Reino Unido. Trata-se de um detalhe pouco comum, mas bastante útil, especialmente para quem viaja ou pretende utilizar o dongle em diferentes países.

No que diz respeito ao design, o dispositivo é bastante semelhante ao popular Chromecast, com diferenças subtis que passam quase despercebidas. O formato é praticamente idêntico ao dongle da Google, mas o modelo da Thomson é ligeiramente maior — algo que se torna evidente quando é ligado diretamente à televisão através da porta HDMI integrada (a única disponível). Nessas situações, o dispositivo tende a ficar pendurado, o que pode causar algum desconforto visual ou dificultar a arrumação, consoante o espaço disponível na traseira do televisor.

Fácil utilização com Google TV

Para começar a utilizar podemos dizer que é um processo simples: tirar da caixa, ligar o cabo de alimentação USB-C, conectar à televisão e começar a usar. A única configuração necessária está relacionada com o facto de este dongle utilizar o sistema operativo Google TV. Para uma experiência completa, é preciso iniciar sessão com uma conta Google. A partir daí, a configuração passa para o smartphone e, em menos de dez minutos, o dispositivo está pronto a funcionar. Os menus são bastante intuitivos e fluídos, uma característica típica do Google TV, e este é, sem dúvida, um ponto forte do Cast 150.

A aposta no sistema operativo da gigante de Mountain View é uma mais-valia clara para a experiência do utilizador. Durante a nossa utilização, experimentámos um pouco de tudo: assistimos a vídeos no YouTube, acedemos a canais tradicionais através das respetivas aplicações e vimos filmes em plataformas de streaming, no nosso caso, recorrendo à Netflix. A experiência foi bastante positiva, sem quebras nem falhas durante a reprodução dos conteúdos. Um ponto que merece destaque é o facto de este dongle permitir a visualização de conteúdos em resolução 4K, o que garante uma qualidade de imagem superior e uma experiência mais envolvente.

O Cast 150 vem equipado com 2 GB de memória RAM, o que se revela suficiente para abrir aplicações e visualizar vídeos sem qualquer tipo de problema. No entanto, os 8 GB de armazenamento interno podem tornar-se limitativos para utilizadores que pretendam instalar várias aplicações adicionais. De origem, o dispositivo já traz instaladas várias apps populares, como Netflix, Amazon Prime Video, Max, Disney+, YouTube e Spotify.

Outro ponto positivo é o comando, que se revelou bastante responsivo durante a nossa experiência. Inclui botões de acesso rápido a serviços de streaming, ao microfone, às definições e até à mudança de conta Google.

Veredicto

O Cast 150 é prático e permite transformar, por exemplo, um televisor antigo ou um modelo que não seja Smart TV num televisor moderno, com acesso a uma vasta gama de aplicações. No entanto, o preço é mais elevado do que o de vários dispositivos semelhantes disponíveis no mercado, não só da Google, mas também de marcas como a Xiaomi. Ainda assim, a verdade é que este dongle oferece uma experiência fluida, vem equipado com o sistema Google TV e suporta resolução 4K, o que justifica o investimento face às características disponibilizadas. Trata-se de uma solução completa para quem procura modernizar o televisor com qualidade.

Tome Nota
Thomson 150 Cast – €69

Software Excelente
Design Bom
Construção Bom
Utilização Muito bom

Características CPU: Quad-core 2.0 GHz (Arm Cortex-A35) ○ GPU: Arm Mali-G31 MP2 ○ Google TV○ Dolby Atmos ○ Memória interna: 8GB, RAM: 2GB

Desempenho: 4
Características: 4,5
Qualidade/preço: 4

Global: 4,3

“Disse ao Canadá, que quer fazer parte do nosso fabuloso sistema ‘Cúpula Dourada’, que lhe custará 61 mil milhões de dólares [53,9 mil milhões de euros] se continuar a ser uma nação separada mas desigual, mas custará ZERO DÓLARES se se tornar no nosso querido 51.º Estado”, escreveu Trump esta terça-feira na rede social Truth Social, da qual é proprietário. “Eles estão a considerar a oferta!”, garantiu na publicação.

Os comentários de Trump surgem depois de o primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, ter dito que o Canadá está a sofrer “os perigos da dependência económica e de segurança excessiva” relativamente aos Estados Unidos, e que planeia aumentar a integração com a indústria de defesa europeia.

Numa entrevista à emissora pública CBC, Carney referiu que, por cada dólar que o Canadá gasta em defesa, 75% vai para os EUA, o que, constatou, “não é inteligente”.

O responsável indicou que o Governo de Otava vai diversificar as despesas e virar-se mais para os parceiros europeus.

Perante a ambição de anexação de Trump, Carney pediu ao rei Carlos III para assistir à abertura da 45.ª legislatura do país, de forma a reforçar a soberania canadiana.

Na semana passada, Trump estimou que a “Cúpula Dourada”, apresentada como um sistema de defesa mais avançado do que a “Cúpula de Ferro” de Israel, vai custar cerca de 175 mil milhões de dólares (154,7 mil milhões de euros) e deverá estar concluída no final do mandato, em 2029.

Mais tarde, o Presidente norte-americano garantiu que o Canadá “quer fazer parte” do sistema, e estava disposto a incluir o país em troca de uma compensação financeira apropriada. Otava confirmou estar conversações com o Governo dos Estados Unidos para participar.

Viva, bom-dia  
A médica Rasha Alawied tem 34 anos e é libanesa. Formou-se na Universidade Americana de Beirute em 2015 e, três anos depois, emigrou para os Estados Unidos da América. Nos EUA, há poucos médicos a trabalhar na área em que Rasha se especializou, a nefrologia de transplantes. Nos últimos anos, obteve bolsas da Universidade do Ohio e da Universidade de Washington. Também trabalhou em Yale e estava, agora, na Universidade de Brown.  
Em março, Rasha – portadora de um visto válido – visitou a família ao Líbano, que não está sequer na lista de países cujos cidadãos vão ser proibidos de entrar nos EUA. Quando regressou, foi detida e recambiada num voo para Paris. Os seus doentes, incluindo os que aguardavam transplantes, ficaram pendurados. A sua expulsão gerou indignação por parte da comunidade académica, houve advogados a contestar e juízes a afirmar que os serviços fronteiriços desobedeceram às ordens do tribunal. A Segurança Interna, por seu lado, acusou Rasha de ter ido ao funeral de um antigo líder do Hezbollah. Na conta oficial da Casa Branca, foi publicada, ao lado de uma fotografia de Rasha, uma imagem de Trump a acenar, com os seguintes dizeres: “Bye bye Rasha. Deported.

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A piada favorita na região era que a fé cristã era ilegal. Ou quase. Embora continuasse a haver cristãos na zona, eles optavam por esconder a sua fé e fingir que não tinham convicções religiosas. Hoje tudo mudou, e muito embora já não se reaja abertamente contra a fé, ainda se sente nalguns meios intelectuais que as convicções cristãs constituem uma espécie de desvio.

Note-se que esta deformação de pensamento ainda é mais forte na Europa. Há uns anos, no final duma sessão dum congresso académico numa universidade em Lisboa, onde proferi uma conferência, uma senhora veio ter comigo para manifestar a sua surpresa deste modo: “Como é que uma pessoa inteligente (referia-se a mim…) pode ser crente em Deus?” A minha resposta foi que, justamente por ser inteligente é que era cristão. Talvez não tenha sido a melhor resposta, mas pelo menos procurei desmontar o vício de pensamento que se posiciona na base de tal pergunta, pois bem sabemos que entre os maiores cientistas do mundo sempre se contaram religiosos e não-religiosos, o que demonstra que fé e ciência de modo algum são incompatíveis.

Durante muito tempo, em Silicon Valley a cultura dominante privilegiava um determinado modelo de “pessoa inteligente”, caracterizada por apoiar os direitos das minorias, ser anti-racista ou adepto das filosofias orientais. Podia até simpatizar com o Islão porque caso contrário poderia parecer xenófobo, ou com o judaísmo porque o antissemitismo ainda não era moda.

Entretanto, quando muitos pensavam que a humanidade estava em marcha acelerada na senda do progresso, começou a perceber-se que na realidade se estava em regressão. Mesmo os mais progressistas começaram a aperceber-se de que muito provavelmente era necessário regressar a uma estrutura ética sólida e de milénios, como a judaico-cristã.

Neste momento, os cristãos de Silicon Valley sentem-se encorajados devido ao facto de contarem com numerosos milionários e cientistas entre eles. Até mesmo Elon Musk se assumiu como um “cristão cultural”: “Eu acredito que os ensinamentos de Jesus são bons e sábios”. Embora se duvide que tal afirmação seja realmente uma coisa boa, vinda de quem vem, o facto é que se indivíduos como Musk afirmam admirar os ensinos bíblicos, então isso ajuda a retirar à fé cristã o labéu norte-americano de ser considerada anticapitalista ou anti-intelectual.

Neste momento, se alguém chega junto de potenciais investidores e diz que ama os pais, cresceu na igreja, serviu no exército, e que isso o influenciou no sentido de uma postura de ética profissional, existe uma imediata disposição para apoiar os seus projectos com financiamento.

Naquela região subsiste a ideia de que criar bons produtos e trazê-los ao mercado faz com que Deus se torne mais real na vida dos consumidores, alimentando-se assim a ideia duma espécie de “deus do consumo”. No entanto, parece que a indústria tecnológica já não confia em si mesma e no mercado para fazer do mundo um lugar melhor, como sucedia no passado. Agora sente-se a necessidade de um pano de fundo ético, o que abre espaço à religião e à espiritualidade, partindo do pressuposto de que os valores espirituais são realmente diferentes dos interesses tecnológicos seculares pós-modernos.

Acresce a isso o receio de que as máquinas venham a competir com a inteligência humana, ou mesmo a substituí-la, através duma IA superlativa, uma espécie de superinteligência artificial, e daí poderá mesmo resultar que alguns a considerem como um deus.

Embora muitos dos cristãos “tecnológicos” de Silicon Valley creiam que a dialética entre produtos inovadores, mercado e ética não poderá ser resolvida através do pensamento religioso, a verdade é que o regresso à fé que atualmente se verifica parece estar a oferecer-lhes uma alternativa de vida e crença. Resta saber se, afinal, não estaremos perante uma coisa diferente da fé cristã, isto é, uma espécie de nova religião.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Avenida da Índia nº 172, 22 de maio de 2025, take 1. Luzes, câmara, ação. Uma enorme porta de metal abre-se, revelando o interior de um armazém pintado de branco “da cabeça aos pés”.

A luz que escorre das janelas e inunda o espaço, dirige-nos o olhar para duas fotografias de Catherine Opie, penduradas na parede, uma boia de Lawrence Weiner, com palavras que nos instigam a chegar à Lua, às estrelas e ao cerne das coisas, uma Blind Image [imagem cega] de João Louro, desenhada com imaginação sobre uma tela completamente preta. Corta!

Acabamos de entrar em TAKE 1, a primeira exposição do muito aguardado Pavilhão Julião Sarmento, novo espaço museológico dedicado à arte contemporânea, dirigido pela curadora Isabel Carlos (IC), que se inaugura no dia 4 de junho, em Lisboa.

Composta por mais de 100 obras, selecionadas a partir do acervo de cerca de 1500 que Julião Sarmento (JS) doou à Câmara Municipal de Lisboa, a mostra divide-se em três zonas, subordinadas a três temas fundamentais para o artista.

Porque acreditava que a Arte e a vida andavam sempre de mãos dadas, Julião Sarmento permaneceu vivo nas obras de arte trocadas com amigos, nas memórias que estes guardam das suas conversas e no sonho de ver construído um Pavilhão “que não fosse uma fortaleza”

Arte e vida, na Galeria 2, arquitetura e noção de casa, na Galeria 0, partilha, experimentação e inovação na Galeria -1. Enquanto as obras da Galeria 2 e da Galeria -1 serão mudadas a cada quatro meses, as da Galeria 0 permanecerão um ano expostas.

Atravessando o piso térreo do antigo armazém alimentar onde nos encontramos, recuperado por João Luís Carrilho da Graça, a pedido do próprio JS, Isabel Carlos explica que TAKE 1 “vai buscar a ideia de primeira tomada, ou takes, que vão ser necessários para mostrar toda a coleção”.

A referência ao mundo do cinema é ainda uma homenagem à “mente cinéfila”, nas palavras usadas, em 2015, por Delfim Sardo, com a qual JS se debruçava sobre a arte e a vida. Ele, que traduzia nos mais diversos meios as inquietações dessa mente, foi o primeiro a sonhar, há quase 10 anos, o Pavilhão que se inaugura esta semana.

Um lugar de encontro

Entretanto, a vida, como a morte, aconteceram. JS haveria de morrer a 4 de maio de 2021, mas, porque acreditava que a Arte e a vida andavam sempre de mãos dadas, permaneceu vivo nas obras de arte trocadas com amigos, nas memórias que estes guardam das suas conversas e no sonho de ver construído um Pavilhão “que não fosse uma fortaleza”, nas palavras de IC.

“Queríamos criar um porto de abrigo, um lugar de encontro, partilha e fruição, tal como uma casa”, sublinha a diretora, acrescentando que, “tal como em certas casas, também aqui há arte por todo o lado”.

De facto, à medida que circulamos por esta nova “casa” das artes, percebemos a dimensão das palavras de IC. A coleção está praticamente em todos os lugares do Pavilhão, das escadas às casas de banho, passando pela cave.

Queríamos criar um porto de abrigo, um lugar de encontro, partilha e fruição, tal como uma casa

isabel carlos – diretora pavilhão julião sarmento

Além disso, as obras, mais do que esperarem que as contemplemos, parecem pedir que as vivamos. Por exemplo, os olhos cegos de Amour Aveugle, de Geneviève Cadieux, observam-nos enquanto tiramos um café, na copa disponível para a utilização de qualquer visitante, a Oreja de Juan Muñoz parece querer ouvir as inquietações de quem desce as escadas em direção à saída, e, na casa de banho, os sabonetes de glicerina com uma lâmina, de Susana Mendes Silva, repousam lado a lado com os que, efetivamente, podemos usar.

Amour Aveugle, de Geneviève Cadieux FOTO: José Manuel Costa Alves

A Arte é vida

Deixamos a Galeria 0 para trás e IC conduz-nos até à Galeria 2, no segundo andar, na qual a exposição mergulha no campo das relações humanas tecidas por JS ao longo de grande parte dos seus 72 anos de vida.

Os desenhos, pinturas, fotografias e colagens que ocupam as paredes falam do amor, da gratidão do encontro e da partilha, inevitavelmente presentes na existência de quem tem bons amigos, mas também de arte. Até porque, como defendia Joseph Beuys, autor de Hasen Blut, pendurado na parede do fundo, “a arte é vida, a vida é arte”.

O juLEÃO, 1975, de Fernando Calhau FOTO: José Manuel Costa Alves

Do cruzamento entre ambas, no caso de Sarmento, forjaram-se amizades com nomes como José Manuel Costa Alves, autor do retrato de JS que se encontra à entrada da sala, Fernando Calhau, que desenhou o artista e amigo como um juLEÃO, Jwow Basto, que, com papel e fios afirma “a Isabel é meiga, o Julião é bravo”, Joseph Kosuth, que retratou o artista, usando batom e caneta sobre um guardanapo de papel, Abílio Leitão, que fotografou Julião com a mulher Isabel a dançar, ou Fernanda Fragateiro, que intervencionou essa mesma fotografia, intitulando a obra Amar.

Apontando para Visible Markers, de Allan McCollum, onde conseguimos ler repetidamente a palavra “thanks” [obrigado], IC comenta ainda, referindo-se ao Pavilhão, “esta é uma instituição que colhe, escuta e fica grata, que quer ser um lugar de pessoas que se encontram, ser mais gazela do que leão”.

Esta é uma instituição que colhe, escuta e fica grata, que quer ser um lugar de pessoas que se encontram, ser mais gazela do que leão

isabel carlos – diretora pavilhão julião sarmento

Com esta tónica dirigimo-nos à cave, onde se encontra a Galeria -1. Mal saímos do elevador deparamo-nos com o projeto para a piscina da casa do Estoril de Julião e Isabel Sarmento, da autoria de Lawrence Weiner, com quem, além da amizade, Julião partilhava a galerista Cristina Guerra.

Mais à frente, dentro do espaço de exposição propriamente dito, torna-se evidente que a cave, além de prestar homenagem ao gosto que JS tinha em colecionar obras de arte com uma certa confluência de linguagens, está reservada a peças mais experimentais e performativas, como a obra de Cristina Iglesias, que ocupa o centro da sala, ou o vídeo de Marina Abramovic, projetado numa das paredes.

Na Galeria -1 irão decorrer várias iniciativas da programação paralela prevista para depois do verão

É também aqui que decorrerão várias iniciativas da programação paralela prevista para depois do verão, como projeções de cinema ou performances. Por agora, sublinha IC, a preocupação do Pavilhão será a de “ativar a coleção e não ir além dos artistas que já fazem parte dela”, porém, “daqui a um ou dois anos, abre-se ao mundo”. Em outubro, por exemplo, haverá um dia dedicado à projeção de filmes de João Onofre, que pertencem à coleção.

Em programa está ainda um ciclo de conversas entre pessoas que foram muito próximas de JS, chamado Círculo Próximo. “A primeira será entre o arquiteto Carrilho da Graça e o Pedro Falcão, designer da sinalética interior e externa do Pavilhão, e a segunda entre a Clara Ferreira Alves e o Alexandre Melo, que falarão, respetivamente, da relação do Julião com a literatura e dele enquanto curador”, revela IC.

A vida é arte

A coerência do novo Pavilhão Julião Sarmento é levada ao extremo quando se fala da roupa que será usada pelos seus trabalhadores, já que todos usarão uma sobreveste desenhada pelo designer de moda Felipe Oliveira Baptista, autor da peça de vestuário em seda da escultura Marie, de Julião Sarmento.

A figura feminina em resina, com um metro e oitenta de altura, esteve exposta nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, em 2022, como forma de assinalar o primeiro ano da morte do artista.

O Pavilhão tem também uma loja, a funcionar desde o dia da inauguração, na qual, brevemente estarão disponíveis sabonetes inspirados na obra de Susana Mendes Silva, exposta na casa de banho, assinados pela Ach. Brito e acompanhados da história por detrás da peça original.

No dia da inauguração, além de uma visita guiada ao espaço da exposição, o Pavilhão Julião Sarmento será também palco de um concerto da compositora, musicóloga, artista sonora e virtuosa do theremin  (um dos primeiros instrumentos musicais eletrónicos e o único que se toca sem contacto físico) Dorit Chrysler.

O caráter inovador da performance é mais uma prova de que dentro das quatro paredes desta casa vive um sonho que, por ter sido sonhado em colaboração com os amigos da arte e da vida, deu origem a um lugar onde a partilha em nome da fruição artística é o objetivo final.

A ideia foi lançada por Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, e André Ventura acrescentou medidas específicas para rever a Constituição. Algumas das ideias apresentadas são interessantes e muito pertinentes, em particular as relativas à dimensão da Assembleia da República.

Num país tão pequeno como o nosso, e em comparação com outros, não faz sentido eleger 230 deputados. Bastariam 150, uma medida há muito apoiada pelos portugueses.

A atual Constituição prevê, aliás, que o número de deputados nunca pode ser inferior a 180, nem superior a 230. Ou seja, a Assembleia da República já poderia ter sido reduzida sem que fosse necessário alterar o texto constitucional.

As propostas da Iniciativa Liberal e do Chega vêm colocar o debate no momento certo — aquele em que a Constituição pode ser revista ordinariamente —, e mal estarão os restantes partidos se deixarem passar esta oportunidade para pôr fim a um país que “ruma para o socialismo”.

Na L’Oréal, acreditamos que não pode haver verdadeiro progresso económico sem respeito pelos limites do planeta e sem inclusão social. A sustentabilidade não é uma opção estratégica – é o caminho inevitável para a prosperidade. É com esta convicção que temos vindo a construir uma visão de futuro onde queremos criar a beleza que faz avançar o mundo.

O programa L’Oréal for the Future, lançado em 2020, marca um ponto de viragem na forma como encaramos o nosso impacto. A ciência é a nossa bússola. Com metas claras e validadas pela Science-Based Targets initiative (SBTi), estamos alinhados com o Acordo de Paris e comprometidos com uma transformação estrutural que coloca a sustentabilidade no centro da nossa atividade.

Em Portugal, este compromisso é vivido no dia a dia – com parceiros, consumidores e colaboradores – através de ações concretas que procuram reduzir a nossa pegada carbónica ao longo de toda a cadeia de valor. Desde as soluções de recarga e embalagens com materiais reciclados, até à otimização dos transportes e à escolha consciente dos materiais promocionais, tudo conta. Tudo tem de contar.

No setor dos cabeleireiros, o impacto é real e mensurável. O programa Hairstylists for the Future mostra que a mudança é possível – e urgente. Com tecnologias como o Water Saver, que permite reduzir o consumo de água nos salões em até 69%, ou o secador AirLight Pro, com uma poupança energética de aproximadamente 14%, demonstramos que inovação e sustentabilidade podem – e devem – andar de mãos dadas.

Mas esta ambição exige mais do que soluções tecnológicas. Exige uma estratégia de longo prazo e coragem para transformar profundamente os modelos de negócio. A meio do percurso até 2030, os nossos compromissos estão mais claros do que nunca. São quatro os pilares que sustentam esta visão:

1. Mitigar as alterações climáticas, reduzindo emissões e garantindo, por exemplo, que 100% das nossas instalações utilizam energia renovável até 2030.

2. Preservar a natureza, obtendo mais de 75% dos ingredientes através de fontes naturais ou recicladas, promovendo a regeneração dos ecossistemas e um consumo de água mais eficiente.

3. Apostar numa economia circular, com embalagens mais leves, recicladas e recicláveis, reduzindo em 50% o uso de plástico virgem.

4. Promover a inclusão social, apoiando comunidades vulneráveis, assegurando salários dignos e criando oportunidades reais de transformação de vidas.

Estes compromissos são monitorizados, auditados e reportados publicamente. Não basta prometer – é preciso demonstrar, com transparência, o impacto de cada ação. Na L’Oréal, sabemos que só com dados, inovação e responsabilidade poderemos construir uma indústria da beleza verdadeiramente sustentável.

A urgência é grande. Os desafios são imensos. Mas o potencial de transformação também o é. E quando a beleza respeita o planeta, ganha uma nova dimensão – mais humana, mais consciente, mais duradoura. É esta a beleza que queremos promover. E é por ela que continuaremos a trabalhar.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Em causa está o Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), que permite fazer cirurgias fora do horário laboral, de modo a mitigar as longas filas de espera nos hospitais. Na sexta-feira, a CNN noticiou que um dermatologista do Hospital de Santa Maria terá recebido 400 mil euros em 10 sábados de trabalho adicional em 2024. Só num dia, terá recebido 51 mil euros. Outro dos dias terá sido utilizado para retirar lesões benignas aos pais.

Em resposta escrita enviada à Lusa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou “a existência de inquérito, o qual se encontra em investigação no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa”.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) também abriu esta segunda-feira um inquérito à atividade cirúrgica adicional realizada no SNS, assim como uma auditoria aos factos relacionados com a atividade cirúrgica realizada em produção adicional e classificação dos doentes em grupos de diagnósticos homogéneos (GDH), no Serviço de Dermatologia da Unidade Local de Santa Maria, desde 2021 até ao momento.

A ministra da Saúde já considerou que este caso “em nada abona na confiança dos portugueses”. “Até as averiguações serem feitas, reside sobre a instituição, neste caso o maior hospital do país, (…) uma suspeita que em nada abona na confiança dos portugueses, sobretudo daqueles que aguardam numa lista de espera por ter uma cirurgia ou por ter uma consulta”, disse Ana Paula Martins.

Uma startup britânica acredita que a solução para reciclagem mais ‘verde’ de baterias pode estar em bactérias que surgiram na Terra há 50 milhões de anos. A Cell Cycle, que faz parte do SER Group, criou o método LithiumCycle que usa estes micróbios para ‘desmontar’ as baterias e ajudar na recuperação de minérios críticos como lítio, níquel e cobalto.

As bactérias em questão são responsáveis pela formação de metais há milénios e agora podem fazer parte de um processo que requer pouca energia e gera poucas emissões para reciclar estes componentes. A inspiração para este processo surgiu da ideia de que as bactérias são usadas há muitos anos para extração de minérios e também de que já foram usadas com sucesso para recuperar metais a partir de resíduos eletrónicos.

Max Nagle, que lidera a empresa, explica que “existe muito conhecimento, experiência e aplicação noutras indústrias, com as baterias a serem um tema de preocupação atualmente, por que é que ninguém adaptou este [processo] a algo tão produzido pelo Homem, como as baterias? As bactérias têm um registo comprovado em outras áreas e indústrias e são capazes de recuperar todos os tipos de minérios críticos que possamos pensar. Estas bactérias existem há mais tempo que a Humanidade, têm 50 milhões de anos e já moldaram as nossas costas, ilhas, a forma como os metais são formados e produzidos, e muito mais”, cita o Engineer Live.

O método sugerido passa pela instalação de um tanque biorreator onde o processo de separação acontece. Caso haja a necessidade de maior capacidade, só é preciso aumentar o tamanho deste tanque.

A Cell Cycle pretende explorar a possibilidade de aplicar a tecnologia numa instalação de refinamento e reciclagem de baterias sedeada no Reino Unido, algo que hoje não existe. A startup conta com apoios da Innovate UK e da Universidade de Coventry para aumentar a sua dimensão, estando a ultimar um segundo laboratório na sede em Manchester e com o objetivo de lançar um serviço comercial em 2026.

A bactéria usada pela Cell Cycle vive em ambientes à temperatura do corpo humano, 37 graus centígrados, o que significa que não necessita de muita energia para se manter. Os microrganismos são ainda capazes de se regenerar, alimentam-se de CO2 e acabam por devolver oxigénio ao sistema, num processo que não só é neutro em termos de carbono, como também é efetivamente negativo.

A abordagem inspirada na Natureza pode representar um grande avanço num mundo cada vez mais dominado por veículos elétricos e com um escrutínio cada vez maior para o abastecimento de minérios críticos.

Palavras-chave:

Hoje, 27 de maio, é o último dia para que os utilizadores europeus das plataformas da Meta — como o Facebook e o Instagram — se oponham à utilização dos dados pessoais no treino dos modelos de inteligência artificial generativa da empresa liderada por Mark Zuckerberg. Quem não preencher o formulário de objeção até ao final desta segunda-feira, 27 de maio, irá ter os seus conteúdos públicos a serem usados para este fim.

A nova política da Meta abrange publicações, fotografias e respetivas legendas, comentários e interações, bem como perguntas feitas através do Messenger dirigidas ao assistente Meta AI. Ficam de fora as mensagens privadas enviadas pelo WhatsApp, que não são incluídas neste processo de recolha de dados. As contas de utilizadores com menos de 18 anos estão excluídas deste novo regime, tal como todas as mensagens privadas enviadas através das plataformas.

A Meta garante ter informado os utilizadores da mudança, com instruções claras sobre como cancelar a participação no treino da sua IA. Segundo a empresa, o formulário de autoexclusão foi concebido para ser “fácil de encontrar, ler e utilizar”, podemos ler num comunicado oficial, e todos os pedidos enviados até à data serão respeitados.

No entanto, mesmo que um utilizador tenha apresentado a objeção, a Meta avisa que poderá continuar a utilizar determinadas informações, nomeadamente quando o nome ou imagem dessa pessoa aparecer em conteúdos públicos partilhados por terceiros.

Esta política surge no contexto da preparação da Meta para reforçar as capacidades da sua IA generativa, a Meta AI, que deverá concorrer com modelos como o ChatGPT da OpenAI e o Gemini da Google.

Passo a passo para proibir a utilização dos seus dados para treinar modelos de Inteligência Artificial:

Facebook

Siga os passos descritos em baixo:

  1. Clique na fotografia de perfil e escolha a opção “Definições e privacidade”.
  2. Escolha a opção Definições e Privacidade.
  3. Escolha a opção Centro de Privacidade.
  4. Deslize para baixo até encontrar os Tópicos de Privacidade e selecione “AI na Meta”
  5. Escolha no “Envia um pedido de objeção” a opção “Informações que partilhaste nos Produtos da Meta”.
  6. No formulário já deverá ter o email da sua conta (caso não tenha preencha) e se quiser pode ainda redigir um texto com uma explicação do porquê de não aceitar fazer parte dos treinos da IA da Meta. Por fim, clique em enviar.

Instagram

Passo a passo para proibir a utilização dos dados no Instagram:

  1. Abra a aplicação do Instagram no smartphone.
  2. Clique nos três traços das opções no canto superior direito
  3. Clique na opção Centro de Privacidade
  4. Em baixo, procure e clique na opção IA na Meta.
  5. Vai encontrar em baixo a linha “Envia um pedido de objeção”. Clique em “Informações que partilhaste nos Produtos da Meta”.
  6. No formulário já deverá ter o email da sua conta (caso não tenha preencha) e se quiser pode ainda redigir um texto com uma explicação do porquê de não aceitar fazer parte dos treinos da IA da Meta. Por fim, clique em enviar.