No âmbito do Dia Internacional da Mulher, que se assinala a 8 de março, a Pordata divulgou um perfil da mulher em Portugal em que apresenta um conjunto de indicadores que permitem caracterizar o papel da mulher no País, em comparação com a União Europeia (UE). Com base em dados estatísticos da Fundação Manuel dos Santos, o documento aborda temas como a natalidade, o nível de escolaridade, as oportunidades no mercado de trabalho e o caminho para paridade de género, estilos de vida e condições de saúde.

A maioria da população portuguesa é feminina

De acordo com a análise dos dados, Portugal tem uma população predominantemente feminina (52%) – com 55,5 milhões de mulheres -, colocando o país em 4º lugar entre os Estados-membros da União Europeia com menor número de homens por cada 100 mulheres – 92 homens por cada 100 mulheres.

Este fator aumenta gradualmente ao longo dos escalões etários: se nas idades mais novas há mais meninos do que meninas, a proporção inverte-se e aumenta gradualmente na faixa etária dos 70-74 anos (54,4%) e, a partir dos 100 anos, há 4 vezes mais mulheres do que homens.  

Odemira é o município do País onde existe um maior rácio de homens por mulheres – 132 homens para cada 100 mulheres. Já em Porto Moniz, na Madeira, existem 79 homens para cada 100 mulheres. Verifica-se ainda que residem, em Portugal, quase meio milhão de mulheres de nacionalidade estrangeira. 

Idade para ter o primeiro filho aumentou

Relativamente à maternidade, é percetível que as mulheres portuguesas têm vindo optar por serem mães pela primeira vez mais tarde, com a idade do primeiro filho a ultrapassar os 30 anos. Portugal é agora o 6º país entre os 27 Estados-membros em que as mulheres são mães pela primeira vez mais tarde – tendo o País subindo 4 posições no ranking em apenas duas décadas.

Verifica-se ainda um aumento significativo da taxa de fecundidade nas faixas etárias mais avançadas – entre os 40 e os 49 anos – que quase duplicou nos últimos 10 anos, passando de 9,08 bebés por 1000 mulheres, em 2013, para 16,91 bebés por mil mulheres, em 2023. Por outro lado, as gravidezes na adolescência diminuíram.

As estruturas familiares também têm vindo a sofrer muitas mudanças nas últimas décadas. Em 2023, mais de metade dos bebés nascidos (60%) eram filhos de pais não casados e 17% nasceram em famílias onde já existiam meios-irmãos. No mesmo ano, realizaram-se 1009 casamentos entre pessoas do mesmo sexo, entre as quais 46% foram entre mulheres.

Mulheres têm uma maior presença no ensino superior

Portugal está ainda entre os países da União Europeia com menos jovens mulheres “nem-nem” – um termo utilizado para designar a população jovem, entre os 15 e os 29 anos, que não estudam nem trabalham. O País encontra-se em 5º lugar do ranking com 8,9%, abaixo da média europeia, de 12,4%.

As mulheres em Portugal destacam-se ainda pela menor taxa de abandono escolar e maior presença no ensino superior em comparação com os homens. “Entre os 25 e os 64 anos, 34% das mulheres concluíram a licenciatura, em contraste com 25% dos homens. Essa diferença torna-se ainda mais evidente na faixa etária dos 25 aos 34 anos – 48% das mulheres possuem um diploma universitário, em comparação com 35% dos homens”, pode ler-se no estudo.

Contudo, e apesar de existirem mais mulheres com formação superior, os homens ainda predominam em duas das três áreas STEM – sigla inglesa para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática – em que os salários tendem a ser mais altos. Por exemplo, no setor das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), existe apenas uma mulher em cada cinco diplomados. Já na área da Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção, apenas um terço das pessoas com diploma superior são do sexo feminino. As mulheres só estão em maioria na área de Ciências Naturais, Matemática e Estatística.

A participação feminina no mercado de trabalho é das mais elevadas da europa

No mercado de trabalho, Portugal destaca-se por ter uma das participações femininas mais elevadas da União Europeia, com 84% das mulheres – entre os 25 e os 54 anos – a trabalhar. O País está no 4.º lugar do ranking e muito acima da média da União Europeia, de 77%.

“As mulheres marcam grande presença no mercado de trabalho e fazem-no, essencialmente, a tempo inteiro ao contrário do que sucede com as mulheres noutros países europeus”, lê-se no perfil. Em Portugal, cerca de 10% das mulheres estão empregadas em regime de trabalho a tempo inteiro. Já na Áustria ou nos Países Baixos, mais de metade das mulheres empregadas trabalham em regime part time.  

No entanto, 17,7% das mulheres em Portugal – quase uma em cada cinco – possui um contrato de trabalho temporário e a insegurança no emprego, especialmente entre as trabalhadoras por conta de outrem, aumenta. Cerca de 28 % das mulheres entre os 25 e os 34 anos têm contrato de trabalho a prazo. Já nas mulheres de nacionalidade estrangeira, 43,5% possuem este tipo de contrato.

Mulheres recebem menos 16% que os homens

O perfil da Pordata revela ainda uma disparidade salarial entre homens e mulheres em todas as profissões. Em Portugal as mulheres ganham, em média, menos 16% do que os homens, com uma diferença de 238€ no ganho médio mensal. Uma diferença que aumenta com a progressão na carreira e chega mesmo a atingir os 26% nos cargos de topo – o equivalente a menos 760€ por mês para as mulheres.

“A presença feminina em cargos de liderança ainda é significativamente inferior à dos homens. Embora tenha havido avanços na última década, as mulheres continuam a representar apenas uma pequena fatia dessas posições”, refere o perfil que coloca Portugal em 22º lugar entre os países da União Europeia. Nos órgãos de decisão das empresas, em 2023, havia menos de uma mulher para cada quatro homens (17%) em cargos seniores. “Mesmo com maior nível de escolaridade em relação aos homens, as mulheres continuam a enfrentar vulnerabilidades laborais, segregação de género em determinadas profissões e a sofrer uma persistente disparidade salarial que as desfavorece”, acrescenta o documento.

Ademais, em 2023, 49% das mulheres empregadas trabalhavam em três das categorias de profissões com remunerações mais baixas: “Trabalhadores não qualificados”, “Pessoal administrativo” e “Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores por conta de outrem”.

Risco de pobreza é mais elevado nas mulheres

De acordo com o perfil, as mulheres em Portugal são mais vulneráveis ao risco de pobreza que, no geral, é 2,2 pontos percentuais mais elevado do que nos homens . Esta desigualdade é sobretudo visível nas mulheres com 65 anos ou mais – onde a diferença ultrapassa os 5 pontos percentuais – e nas famílias monoparentais. “Na prática, isso significa que quase uma em cada quatro mulheres com 65 anos ou mais se encontra em risco de pobreza”, lê-se.

Já na saúde, o perfil revela que as mulheres tendem a viver mais do que os homens. Por exemplo, em 2023, uma mulher de 65 anos ainda tinha, em média, 21,1 anos de vida, mais três anos em comparação com os homens. Estes números podem ser explicados pelas menores taxas de mortalidade nas mulheres: por cada 100 mulheres com idades entre os 70 e os 74 anos, registou-se apenas 1 óbito, em 2023.

Estes dados não significam, contudo, que as mulheres vivam com mais saúde, dado que, após os 65 anos, as mulheres podem esperar viver, em média, 7,3 anos sem problemas de saúde. Já os homens desfrutam ainda de 8,6 anos de vida saudável.

Relativamente à prática desportiva, observa-se que, desde 2003, houve um aumento do número absoluto de mulheres federadas: de 70 mil para mais de 240 mil.

Emigração

Os dados reunidos pela Pordata referem ainda que Portugal é o 3º país da União Europeia com mais baixa taxa de emigração de mulheres. Em 2022, cerca de 2 em cada mil mulheres residentes em Portugal emigraram – face a 4 em cada mil entre os homens. Dados que estão em concordância com a maioria dos países europeus, onde os homens emigram mais do que as mulheres.

A data foi confirmada à Lusa por fonte do gabinete do presidente da Assembleia da República, que adiantou ainda que José Pedro Aguiar-Branco consultou os partidos e teve a concordância de todos para que o debate da moção de confiança decorra na próxima terça-feira, a partir das 15h00.

O Conselho de Ministros reuniu-se por via eletrónica hoje de manhã e aprovou o texto da moção de confiança que será entregue no parlamento, anunciou o Governo.

O primeiro-ministro anunciou na quarta-feira que o Governo avançará com a proposta de uma moção de confiança ao executivo pelo parlamento, “não tendo ficado claro” que os partidos dão ao executivo condições para continuar.

Tal como na primeira aprovação do decreto por Marcelo Rebelo de Sousa, a 17 de janeiro, votaram a favor da reposição das freguesias o PSD, o PS, o PCP, o Livre, o BE, o PAN e o CDS-PP. Votaram contra os deputados da IL e os do Chega (que em janeiro tinha optado pela abstenção).

O Presidente da República vetou o decreto de reposição das 302 freguesias, manifestando dúvidas sobre a transparência do processo e a capacidade de aplicação do novo mapa a tempo das próximas eleições autárquicas, previstas para o final de setembro ou início de outubro.

Com a confirmação do diploma pelo parlamento, o chefe de Estado terá de promulgar a reposição de freguesias no prazo de oito dias a contar da data da sua receção.

O INESC-ID anunciou a criação do novo Laboratório Sino-Português de Inteligência Artificial e Tecnologias de Saúde Pública, numa parceria com três instituições chinesas: o Laboratório de Guangzhou (GL), a Universidade Médica de Guangzhou (GMU) e a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST). A formalização do projeto teve lugar ontem, dia 5 de março, em Lisboa, com o objetivo de reforçar a colaboração internacional na aplicação da Inteligência Artificial (IA) à saúde pública.

Este laboratório visa consolidar o uso de tecnologias de Inteligência Artificial na otimização da gestão da saúde pública, focando-se na análise, modelação e resposta a eventos emergentes. Através da partilha de conhecimentos e da cooperação internacional, as instituições envolvidas pretendem recolher, organizar e disseminar dados essenciais para a prevenção e resposta a grandes pandemias. O laboratório também terá um papel relevante na investigação de medidas de prevenção e controlo de infeções, desenvolvendo tecnologias de monitorização e diagnóstico baseadas em IA para combater doenças infeciosas e não infeciosas.

Arlindo Oliveira, investigador do INESC-ID e professor no Instituto Superior Técnico, sublinhou que, “embora esta colaboração enfrente alguns desafios relacionados com a barreira da linguagem e as diferentes posturas culturais e políticas dos dois países, tem sido possível estabelecer uma proveitosa relação de confiança mútua”. Esta colaboração já permitiu o acesso a financiamentos importantes para investigação e desenvolvimento, e existe a perspetiva de serem aprovados, em breve, novos projetos financiados por agências chinesas, como o Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT), em Macau, e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), em Portugal.

Zhao Bentang, embaixador da República Popular da China em Portugal, que também marcou presença na cerimónia de acordo do Laboratório Sino-Português de Inteligência Artificial e Tecnologias de Saúde Pública e afirmou que, “a fundação deste laboratório reflete também a forte convicção de que a China e Portugal devem enfrentar juntos os desafios globais, os quais apenas poderão ser superados eficazmente através da cooperação internacional.

A cerimónia pública de assinatura do memorando de entendimento contou com a presença de representantes das quatro instituições, incluindo o secretário das Finanças do governo de Macau, Tai Kin Ip, o Presidente do FDCT, Che Weng Keong, a Presidente da FCT, Madalena Alves, e o Presidente do Instituto Superior Técnico, Rogério Colaço.

“Não foram apurados factos/circunstâncias que levassem a concluir que as mortes ocorridas tivessem relação direta com os eventuais atrasos no atendimento das chamadas pelo CODU [Centros de Orientação de Doentes Urgentes]”, lê-se numa resposta do Ministério da Saúde enviada ao Chega, datada de sexta-feira e disponibilizada do site da Assembleia da República.

As conclusões do processo instaurado pelo INEM foram avançadas esta quinta-feira pelo Público.

O processo de inquérito interno instaurado pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no contexto da greve às horas extraordinárias por parte dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH), foi avocado pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), que tem uma investigação a decorrer sobre as mortes por alegados atrasos na resposta do CODU durante a greve.

O inquérito do INEM debruçou-se “nas circunstâncias envolvendo as situações reportadas de paragem cardio-respiratória que não terão tido resposta atempada pela demora no atendimento no período de greve, assim como uma análise ao impacto da greve no funcionamento dos CODU”.

As mortes de 11 pessoas alegadamente associadas a falhas no atendimento do INEM motivaram a abertura de sete inquéritos no Ministério Público, um dos quais já foi arquivado.

Na semana passada, a IGAS divulgou um dos relatórios sobre o impacto da greve e concluiu que o INEM “não recebeu atempadamente a comunicação de pré-avisos das greves gerais convocadas para os dias 31 de outubro e 4 de novembro” de 2024. Esta inspeção concluiu que o INEM ficou impedido de definir os serviços mínimos por não ter recebido atempadamente do Ministério da Saúde os pré-avisos dos sindicatos.

No início de novembro do ano passado, duas greves em simultâneo – da administração pública e dos técnicos do INEM às horas extraordinárias – levaram à paragem de dezenas de meios de socorro e a atrasos significativos no atendimento das chamadas para os CODU, tornando evidente a falta de meios humanos deste organismo.

José António Saraiva, ex-diretor do Expresso e cronista do Sol, morreu esta quinta-feira, aos 77 anos, vítima de doença prolongada, confirmou à Lusa um amigo.

Nascido em 1948 em Lisboa, José António Saraiva (JAS) assumiu a direção do semanário Expresso na década de 80 do século passado e foi o diretor que esteve mais anos à frente do título, no total de 22 anos.

Posteriormente, abandonou o Expresso para fundar o semanário Sol.

Lançado no ano 2000, o Hyundai Santa Fe depressa se tornou o modelo da marca coreana com maior crescimento de vendas em todo o mundo. Nos primeiros cinco anos de vida, chegou a uma produção de quase um milhão de unidades, graças sobretudo à boa aceitação que teve nos EUA ‒ e que ainda hoje mantém. Só para dar uma ideia, dos 220 mil Santa Fe vendidos no ano passado, mais de metade ‒ 131 mil, para sermos exatos ‒ foi adquirida naquele país.

Com a aposta ganha ao longo das duas últimas décadas, a Hyundai foi aprimorando as novas versões, quer fosse através de faceliftings quer com o lançamento de novas gerações, aos poucos o Santa Fe foi sendo melhorado a todos os níveis, desde a estética à tecnologia, passando pela segurança. Contudo, após cada uma destas “mexidas”, ficava sempre a sensação de que o novo modelo não estava muito diferente do seu antecessor. Talvez por existir algum receio de “romper” com um produto vencedor, os engenheiros e designers da Hyundai preferiram manter-se algo conservadores na evolução deste veículo. Chegados à quinta geração, tudo parece ter mudado. E para melhor. O novo Santa Fe está quase irreconhecível. Logo a começar pelo design arrojado que, embora possa não ser do agrado de todos, não deixa ninguém indiferente. As linhas retilíneas, que quase parecem desenhadas a régua e esquadro, conferem-lhe uma imagem moderna, imponente e robusta. Os faróis, com um formato em “H”, ajudam, ainda mais, a torná-lo um veículo diferenciado dos demais.

A traseira poderá ser o aspeto menos conseguido, mas, quando se concebe um automóvel, por vezes o design acaba por ceder à engenharia e, ao que tudo indica, foi o que aconteceu neste caso. porém, o que se perdeu em estética ganhou-se em conforto e bem-estar para os ocupantes da terceira fila, onde os bancos ganharam mais sete centímetros em altura, melhorando claramente o espaço para que dois adultos possam fazer uma viagem bem mais agradável.

Apesar das suas dimensões e características, o Santa Fe é um veículo que surpreende na condução

Já no interior, a transformação foi bastante aprimorada. A começar pelo espaço e conforto. No lugar do condutor, os ajustes dos bancos permitem um curso longo, adaptando a posição de condução a qualquer tipo de estatura da pessoa que vai ao volante. Os bancos dianteiros estão ainda equipados com memória ‒ bastante útil para famílias que mudem constantemente de condutor ‒ e disponibilizam ventilação e aquecimento interior.

Em termos de segurança, o Santa Fe vem equipado com vários sistemas de ajuda ao condutor, como é o caso da travagem autónoma de emergência, monitorização e aviso de atenção do condutor, manutenção do veículo na faixa de rodagem, câmaras que mostram os ângulos mortos e cruise control adaptativo, entre outros.

Toda a informação é disponibilizada ao condutor através de um monitor curvo, que integra dois ecrãs: um com o painel de instrumentos, configurável, e outro, tátil, para o infoentretenimento. Ambos têm as mesmas dimensões, de 12,3 polegadas. Existe ainda um terceiro ecrã tátil, situado na consola central, para controlar a climatização.

O Hyundai Santa Fe PHEV vem equipado com um motor 1.6 litros de 160 cavalos, ajudado por um motor elétrico de 91 cavalos, o que permite atingir uma potência combinada máxima de 253 cavalos. A bateria de 13,8 kWh possibilita circular até 65 quilómetros em modo exclusivamente elétrico. Contudo, é preferível usar este método apenas quando percorrer distâncias curtas, ou então quando está a fazer manobras ou em situação de para-arranca. A energia disponível na bateria poderá fazer mais sentido ser usada em conjunto com o motor térmico, permitindo desta forma um consumo mais eficiente de combustível.

Apesar das suas dimensões e características, o Santa Fe é um veículo que surpreende na condução. Bastante ágil e dinâmico, mesmo em circuitos mais sinuosos, mostrando um excelente comportamento em curva. Embora não seja um puro todo-o-terreno, o Santa Fe não se fez rogado a percorrer circuitos fora de estrada, ultrapassando sem qualquer dificuldade todos os obstáculos que foram surgindo no caminho.

Ao longo dos anos, a Hyundai tem vindo a reposicionar-se no mercado, tentando que os seus topos de gama se aproximem, cada vez mais, dos veículos premium, mantendo os preços bem mais em conta. E este novo Santa Fe é um bom exemplo disso. Além de todo o equipamento, espaço e conforto, a Hyundai atribui-lhe ainda alguns sistemas para o tornar mais eclético, entre eles o sistema de som da Bose, um compartimento de esterilização de objetos e um duplo carregador de telemóvel por indução. Os preços começam nos 71 mil euros para a versão de entrada de gama.

Espaço para quase tudo

Até para instalar uma cama, com os bancos da segunda e terceira filas rebatidos

Dois em um
O painel de instrumentos e o ecrã de infoentretenimento, ambos de 12.3 polegadas, estão integrados no longo painel curvo, que permite uma boa visibilidade e acesso. O sistema é bastante intuitivo e de fácil utilização.

Sete lugares
A terceira fila de bancos dispõe de dois lugares, que permitem acomodar dois adultos de forma confortável, mesmo em viagens longas. Em relação à anterior geração, estes lugares ganharam dois centímetros para as pernas e sete centímetros em altura.

Bagageira
Na versão cinco lugares, a bagageira oferece uma volumetria bastante generosa de 621 litros. Se optarmos por rebater todos os bancos, o espaço aumenta para um total de 1 942 litros, o que permite instalar uma verdadeira cama para dormirem duas pessoas.

Artigo publicado na Exame nº 487 de janeiro de 2025

Palavras-chave:

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou esta quinta-feira que vai baixar as taxas de juro em 25 pontos base. De acordo com a instituição, presidida por Christine Lagarde, o “processo desinflacionista está bem encaminhado”.

“A inflação continuou a evoluir globalmente em consonância com as expectativas dos nossos especialistas e as projeções mais recentes estão em estreito alinhamento com as anteriores perspetivas de inflação”, pode ler-se num comunicado do órgão europeu que refere ainda que as perspetivas apontam para uma inflação global de 2,3% em 2025 e de 1,9% em 2026.

As gigantes tecnológicas coletivamente apelidadas de FAANG (Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google) são conhecidas por terem programas de seleção e recrutamento agressivos, com testes técnicos que são bastante desafiantes para os candidatos. Roy Lee é um aluno da Universidade de Columbia que desenhou uma solução assente em Inteligência Artificial para contornar este processo. O programa chamado Interview Coder consegue realizar as tarefas mais complexas apresentadas nos testes técnicos e, alegadamente, não é detetado pelos programas que as tecnológicas usam para monitorizar o computador do candidato.

Roy Lee conta ao Gizmodo que estudar para estes testes foi “uma das experiências mais miseráveis” por que já passou. Por ser perfecionista, passou mais de 600 horas a estudar para o processo e criou mesmo um site que ajuda os programadores a treinarem para estas entrevistas ‘esotéricas’. “Fez-me odiar programar. É um absurdo a forma como as entrevistas técnicas são conduzidas e feitas e que estas sejam a forma como são realizadas há mais de duas décadas”, cobrindo tópicos que nunca serão vistos no trabalho.

“Na verdade, o produto é bastante simples. Tira-se uma foto e pergunta-se ao ChatGPT ‘consegues resolver o problema nesta imagem?’”, descreve Lee, dizendo ainda que é possível que alguém consiga criar um protótipo com menos de mil linhas de código a partir do código que disponibiliza no Github.

Com este programa, Lee terá apresentado candidaturas para trabalhar na Meta, na TikTok e na Amazon e recebido ofertas de emprego das três. “Gravei todo o ciclo com a Amazon como uma demonstração do produto para mostrar que funciona e que o processo de recrutamento está partido”. As duas primeiras empresas não comentaram o tema, mas a Amazon confirmou que está a avaliar o processo de recrutamento para ir ao encontro das exigências do momento, sem indicar que terá sido esta situação a motivar a revisão.

Dois dias depois de o vídeo da entrevista ter sido publicado no YouTube (agora já está indisponível), a Universidade recebeu uma denúncia e confirmou que abriu um processo disciplinar ao aluno. Roy Lee já não quer saber, dizendo que vai desistir dos estudos e que não estará presente na audiência marcada para 11 de março. A Amazon mostrou-se preocupada com a situação: “Temos uma longa tradição de trabalhar com a Engenharia da Columbia… é preocupante que estas situações aconteçam. Confiamos na Columbia para tomar ações devidas em relação a este aluno e esperamos poder continuar a parceria de longa duração”.

O aluno afirma que “a maior parte do trabalho inteligente humano vai estar obsoleto dentro de dois anos. Então tenho dois anos para fazer algo. Significa que tenho de fazer a maior aposta possível e não tenho tempo para estar dois anos numa tecnológica, nem o quero fazer… pela altura que me licenciasse [em 2026], os grandes modelos LLM estarão avançados o suficiente ao ponto de não haver trabalho intelectual que possa fazer e que produza valor para a sociedade”.

As subscrições para o Interview Coder estão disponíveis mediante uma mensalidade de 60 dólares.

Nos últimos anos, Portugal tem sido um dos países mais avançados na mobilidade elétrica, destacando-se pela implementação de uma rede interoperável que permite aos utilizadores carregarem os seus veículos em qualquer ponto da rede pública com um único cartão ou aplicação. Porém, recentemente surgiu uma proposta que impõe alterações significativas ao modelo atual, em parte necessárias, mas que no formato preconizado poderão comprometer o caminho já percorrido.

O Modelo Português: Um Exemplo de Interoperabilidade

Ao contrário de outros países, como Espanha, onde a rede de carregamento é fragmentada e a interoperabilidade ainda é um desafio, Portugal desenvolveu um sistema que simplifica a experiência do utilizador ao possibilitar que este utilize um único cartão ou app para aceder a todos os postos de carregamento da rede pública, independentemente do seu operador (OPC) ou comercializador de eletricidade (CEME). Na génese, trata-se de um sistema semelhante ao da SIBS no setor bancário que, para além da universalidade de acesso, garante uma maior simplicidade de utilização e promove a competitividade e inovação, dando opção de escolha ao utilizador.

Em Espanha, a ausência de uma infraestrutura centralizada que permita a interoperabilidadecria desafios significativos para os condutores, obrigando-os a ter múltiplas contas em aplicações e/ou cartões e promovendo uma experiência errática, frustrante que chega a ser desesperante (falo por experiência própria).

Evoluir na Direção Certa

Creio que é claro para todos que o modelo português de mobilidade elétrica pode ser melhorado em diversos aspetos e tem de evoluir, nomeadamente na simplificação do processo de faturação e modernização das infraestruturas de carregamento, especialmente pela desburocratização do processo de ligação dos postos de carregamento. É dramático que possam existir postos prontos a funcionar, mas que ficam, às vezes quase dois anos, à espera de terem licenças e autorizações que permitam a ligação à rede e a sua utilização.

Contudo, abandonar o sistema interoperável em favor de um modelo mais fragmentado só pode resultar num retrocesso. Se, nos dias de hoje, a “ansiedade de autonomia” ainda é um bloqueio à transição para uma viatura elétrica, a tendência será inevitavelmente de regressão quando o utilizador ficar limitado à oferta do seu operador e não puder aceder a 100% da rede. O que seria se nos dissessem que o nosso cartão multibanco vai deixar de ser aceite em todas as Caixas Automáticas e em todos os Terminais de Pagamento? O fim da interoperabilidade na Mobilidade Elétrica é mais ou menos igual. Dá que pensar…