Numa audição na comissão parlamentar de Poder Local, Ana Raquel Moniz, presidente da Entidade para a Transparência (EtP), explicou que, até ao momento, o critério usado para analisar as declarações de rendimento único submetidas por titulares de cargos públicos é cronológico, ou seja, se um presidente de um instituto público enviar uma declaração antes de um ministro, será avaliada primeiro.
“O que presidia a este critério era um critério de igualdade, sem prejuízo de se reconhecer que, quanto maior for o âmbito das funções exercidas pelo titular, maior é o potencial de haver conflitos de interesses – reconhece-se isso – [mas] a este critério presidia a ideia de que, ainda assim, é tão nefasto para o interesse público que haja um problema de integridade num membro do Governo como num autarca, num presidente de instituto público”, esclareceu.
Newsletter
Admitindo que este critério possa ter que ser revisto, a presidente da EtP frisou que, tendo em conta que, até agora, foi o critério cronológico que foi utilizado, isso significa que nem todos os membros do Governo ou deputados “têm as suas declarações integralmente verificadas”.
“Se chegarmos ao fim da legislatura, nessa altura estará certamente verificada. Mas há declarações de membros do Governo que estão, neste momento, em verificação, portanto, a serem pedidos esclarecimentos aos titulares, e deputados também”, referiu.
A presidente da EtP salientou que, até esta terça-feira, a entidade tinha concluído 680 declarações únicas, num total de 2.701 – correspondendo aos 25% que tinha indicado há duas semanas – e estão 243 em análise.
Ana Raquel Moniz justificou a situação com o facto de a EtP só ter três técnicos superiores a verificarem as declarações, salientando que “não é possível fazer mais neste momento”.
Investigadores portugueses estão a colaborar com Câmaras Municipais para desenvolver algoritmos de Inteligência Artificial com foco na área de Processamento de Linguagem Natural para interpretar e resumir atas de reuniões camarárias. A tecnologia pretende, depois, identificar os principais eventos discutidos, organizá-los por pelouros e destacar as posições assumidas por cada deputado municipal. O objetivo final é tornar a informação pública mais acessível e transparente.
Ricardo Campos, investigador do INESC-TEC que coordena o projeto, explica em comunicado de imprensa que “atualmente, as atas das reuniões das câmaras municipais são documentos extensos e técnicos, muitas vezes de difícil interpretação para os munícipes”. A utilização de tecnologia de IA pode ajudar a interpretar, resumir e organizar estes dados, facilitando o acesso por parte de cidadãos, jornalistas e decisores.
As câmaras municipais de Alandroal, Campo Maior, Covilhã, Fundão, Guimarães e Porto vão fornecer as suas atas para o desenvolvimento e teste do protótipo que se prevê estar disponível no prazo de um ano. A Associação Porto Digital é parceira da iniciativa, contribuindo com a sua experiência em inovação tecnológica e transformação digital na administração pública.
Newsletter
O investigador principal conta ainda que “os cidadãos, ao compreenderem melhor os processos políticos, estarão mais propensos a envolver-se em debates públicos, questionar medidas e acompanhar de maneira mais informada as decisões tomadas”. Para os jornalistas, vai ser “uma ferramenta muito útil” para “ajudar a destacar decisões relevantes que, de outra fora, poderiam passar despercebidas”.
O projeto é liderado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência – INESC TEC, em parceria com a Universidade da Beira Interior (UBI) e a Universidade do Porto, conta com financiamento pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com o objetivo de aplicar tecnologias avançadas de Cibersegurança, Inteligência Artificial e Ciência de Dados para acelerar a modernização da Administração Pública.
A LeapMotor, um dos principais fabricantes chineses de automóveis elétricos, chegou a Portugal pelas mãos da Stellantis, grupo automóvel que detém 51% da LeapMotor International. Esta joint venture, entre o grupo que detém marcas como a Peugeot, Citroën, Fiat e Opel, e o fabricante chinês, ficou com a exclusividade da produção e venda dos LeapMotor fora da China. O que significa que os veículos da LeapMotor serão comercializados e terão assistência pós-venda assegurada pela rede de concessionários da Stellantis.
O T03 é um carro compacto, que surpreende pela habitabilidadeO ecrã tátil central de 10 polegadas faz parte do equipamento de série.
Newsletter
Um citadino e um SUV familiar
São dois os modelos de lançamento LeapMotor em Portugal. Carros que conduzimos no evento da apresentação à comunicação social. O T03, um citadino compacto de 5 portas, e o C10, um SUV elétrico familiar (segmento D).
O T03, com um preço a partir de €19.600, oferece uma autonomia de 265 km (WLTP), um interior espaçoso comparável a modelos do segmento B, e destaca-se pela agilidade no trânsito urbano. O C10, com preços a começar nos €37.400, é um SUV familiar com 420 km de autonomia (WLTP) e uma vasta gama de funcionalidades, incluindo uma grande habitabilidade interior e tecnologias de ajuda à condução e infoentretenimento. O T03 conta com um motor de 70 kW (95 cv), bateria de 37,3 kWh, com carregamento rápido até 45 kW em corrente contínua. O C10 tem um motor de 160 kW (218 cv), uma bateria de 70 kWh e suporta carregamento rápido até 84 kW.
LeapMotor C10, um SUV familiar muito espaçoso
Muita tecnologia de série
A aposta da Leapmotor em tecnologia e inovação é evidente nestes veículos. Ambos os modelos incluem, de série, condução autónoma de nível 2, suportada por tecnologias de ajuda à condução. Os representantes da LeapMotor destacaram algumas inovação desta marca, como a primeira implementação completa cell-to-chassis do mundo (as células da bateria reforçam a estrutura do carro), módulos elétricos de alto rendimento refrigerados a óleo, e a primeira arquitetura central elétrica e eletrónica 4 em 1.
O T03 é um citadino com cerca de 3,6 metros de comprimento, que anuncia um raio de viragem de apenas 9,7 metros. Apesar das dimensões contidas, anuncia a maior altura interior do segmento, teto panorâmico e 16 compartimentos de arrumação. De facto, ficámos surpreendidos pelo espaço útil no interior do T03, com destaque para a habitabilidade nos bancos traseiros.
Não há opcionais à exceção da pintura exterior e o equipamento de série inclui ecrã tátil central de 10 polegadas, painel de instrumentos digital de 8 polegadas, ar condicionado automático e travão elétrico.
O ecrã tátil central apresenta muitas funcionalidades. O design minimalista também é evidente na falta de botões físicos. Tudo tem de ser feito através do ecrã, de controlos de voz e dos botões ao volante. O C10 não tem chave tradicional. O cartão ou a app do smartphone dão acesso ao carro.
O C10, um SUV familiar com 4,74 metros de comprimento, com espaço interior verdadeiramente generoso. É daqueles carros em que podemos ir nos bancos de trás com perna cruzada e usar a mala para fazer mudanças de casa. O design interior prima pela simplicidade e minimalismo. A maioria das superfícies é dura ao toque, mas acaba por ter um aspeto relativamente sofisticado. O que é reforçado pela tecnologia e nível de personalização. Por exemplo, há 12 altifalantes e iluminação personalizável para criar ambientes distintos. Nem falta um modo ‘relax’, que reduz a inclinação dos bancos e cria uma atmosfera descontraída, com luz e música suaves. Outra curiosidade: é possível rebater os encostos dos bancos da frente para que fiquem contínuos com os bancos de trás para criar uma plataforma plana. Ideal para o modo de campismo, outra funcionalidade disponível. Ainda relativamente à funcionalidade, destaque para os 425 litros de espaço na bagageira, 32 litros no frunk, e para capacidade de reboque de 1500 kg.
Neste primeiro contacto, notámos bem que a afinação do chassis do C10 vendido por cá foi feita na Europa: enquanto o C10 tem um ‘pisar’ firme, que compensa o peso do carro, o T03 é bem mais ‘mole’.
O C10 está disponível em duas versões, Style e Design, com preços de €37.400 e €38.900, respetivamente.
“Foi aberto um processo de averiguação de procuradoria ilícita”, disse à Lusa o presidente do CRPOA, Jorge Barros Mendes. A notícia foi avançada segunda-feira pelo jornal Eco.
Segundo o mesmo responsável, o processo foi aberto na sequência de um pedido do Conselho Geral da Ordem dos Advogados (OA), com base no comunicado que foi emitido pela empresa Spinumviva, da família de Luís Montenegro.
Newsletter
“Agora, haverá averiguação no sentido de percebermos que atos é que foram praticados pela empresa e qual é o objeto social da empresa para percebermos se efetivamente são atos próprios de advogado ou não e se houve ali a prática de procuradoria ilícita ou não e quem os praticou”, referiu Jorge Barros Mendes.
O presidente do CRPOA disse que poderão estar em causa atos de procuradoria ilícita praticados pela própria empresa ou por pessoas que trabalhavam na empresa.
“Tanto quando sei, neste momento, de acordo com o comunicado que foi emitido, a empresa tinha uma advogada a trabalhar e um jurista e, portanto, temos de perceber que atos é que foram praticados por quem”, explicou.
Jorge Barros Mendes referiu ainda que, em termos normais, este processo deverá demorar cerca de quatro meses a ficar concluído, adiantando que, se chegarem à conclusão que houve a prática de atos de procuradoria ilícita, o caso será remetido para o Ministério Público.
“Nós apresentaremos participação criminal, à semelhança do que fazemos nos outros processos, e a OA constituir-se-á assistente”, acrescentou.
Até 2024, a consulta jurídica só podia ser praticada por advogado ou solicitador, mas devido a uma alteração à lei dos atos próprios, que estabelece o regime jurídico dos atos de advogados e solicitadores, atualmente pode ser praticada por qualquer jurista.
O crime de procuradoria ilícita pressupõe a prática de atos próprios dos advogados, definidos por lei, sem habilitação legal para o efeito. De acordo com o regime jurídico de advogados e solicitadores, o crime é punido com uma pena de prisão até um ano ou multa de 120 dias.
A divisão de videojogos da Microsoft está a trabalhar a todo o gás. Segundo a publicação Windows Central, até ao final do ano será lançada uma consola portátil Xbox. E a consola doméstica sucessora da Xbox Series X também já está em desenvolvimento, tendo lançamento previsto para 2027.
Por agora ainda não há muitos detalhes técnicos sobre estes dois novos produtos de gaming da Microsoft. Sobre a consola portátil, sabe-se que tem o nome de código “Keenan” e que está a ser desenvolvida em parceria com um fabricante de hardware. A consola portátil vai estar equipada com o sistema operativo Windows 11, com a loja digital Microsoft Store e o serviço de subscrição PC Game Pass em grande destaque. No entanto, segundo as informações apuradas, também será possível instalar jogos da loja Steam (pertencente à rival Valve). Este gadget deverá chegar ao mercado no final de 2025.
A mesma notícia do Windows Central dá ainda conta dos primeiros detalhes sobre a consola sucessora da Xbox Series X. O novo sistema de jogo vai ter um posicionamento “premium” e o desenvolvimento já recebeu a aprovação do próprio diretor executivo (CEO) da Microsoft, Satya Nadella.
Newsletter
As primeiras informações apontam para o lançamento desta nova Xbox em 2027, que deverá ter um sistema operativo “muito próximo” ao Windows, com o objetivo de facilitar o desenvolvimento de jogos multiplataforma.
Sem surpresas, um novo estudo com ratinhos, publicado no Immunity & Ageing, mostrou que o consumo elevado de gorduras durante três meses levou a problemas metabólicos, inflamação do intestino e alterações dramáticas no microbioma, enquanto a mesma dieta limitada a três dias não teve nenhuma destas consequências. O que foi surpreendente, para os investigadores da Universidade do Ohio, EUA, que levaram a cabo esta investigação, foi o efeito no cérebro.
Os investigadores separam os roedores em grupos, entre mais novos e mais velhos. Uns receberam uma alimentação rica em gorduras durante três dias apenas, outros durante três meses. A ideia era comparar a velocidade a que as alterações se dão no cérebro versus no resto do organismo.
No que toca ao cérebro, a equipa descobriu os três dias de ingestão de gordura saturada foram suficientes para provocar problemas de memória e inflamação no cérebro dos adultos mais velhos. Mas só neste grupo. Nos mais novos não foram registadas estas alterações.
Newsletter
Os resultados afastam a ideia de que a inflamação no cérebro relacionada com a dieta, observada nos mais velhos, seja provocada pela obesidade, como se acreditava até aqui.
“Os regimes alimentares pouco saudáveis e a obesidade estão ligados, mas não são inseparáveis”, afirma Ruth Barrientos, investigadora do Instituto de Investigação em Medicina Comportamental da Universidade Estatal de Ohio. “Mostrámos que, no espaço de três dias, muito antes de a obesidade se instalar, estão a ocorrer tremendas alterações neuroinflamatórias”, reforça.
“As alterações no corpo de todos os animais estão a acontecer mais lentamente e não são realmente necessárias para causar as deficiências de memória e as alterações no cérebro. Nunca teríamos sabido que a inflamação do cérebro é a principal causa das deficiências de memória induzidas por uma dieta rica em gordura sem comparar as duas linhas de tempo”.
Para o estudo foi usada uma dieta em que 60% das calorias provinham de gorduras saturadas, o que tem equivalência a uma série de opções comuns em restaurantes de fast food, como um hambúrguer duplo com queijo, por exemplo.
A maior parte dos satélites que circundam a Terra estão em órbita na termosfera, uma camada da atmosfera que se expande e contrai com a atividade do Sol. Agora, um estudo mostra que outra das consequências dos gases de estufa é contribuir para o arrefecimento desta camada, levando ao seu encolhimento. Com menos espaço de manobra, é natural que se assista a mais acidentes entre satélites e mesmo a engarrafamentos.
Segundo os dados analisados pelos cientistas, a capacidade orbital deve diminuir entre 50 e 66% até 2100, o que equivale a dizer que as rotas de órbita mais populares vão estar sobrecarregadas. William Parker, que liderou o estudo, conta que “a atmosfera alta está num estado frágil à medida que as alterações climáticas mudam o status quo. Ao mesmo tempo, tem havido um aumento massivo do número de satélites lançados, especialmente para fornecer acessos de banda larga a partir do Espaço. Se não gerirmos esta atividade com cuidado e trabalharmos para reduzir as emissões, o Espaço pode, em breve, tornar-se demasiado povoado, levando a mais colisões e resíduos”, cita o Interesting Engineering.
Atualmente há mais de dez mil satélites a ocupar a baixa órbita terrestre, até dois mil quilómetros de altitude, que fornecem serviços essenciais como a Internet ou sistemas de navegação. O crescimento deste número levou a frequentes ações para evitar colisões, que pudessem deixar resíduos duradouros e provocassem novas colisões
Newsletter
Os cientistas recorreram a várias simulações computadorizadas para avaliar diferentes cenários de emissões de gases de estufa e o impacto na capacidade de a atmosfera manter estes satélites a funcionar. Sabendo-se que foram lançados mais satélites nos últimos cinco anos do que nos 60 anos anteriores, é fácil perceber que estamos rapidamente a sobrepovoar a atmosfera, mas a equipa quis saber se “o caminho que estamos a tomar é sustentável”.
Em 2100, segundo esta análise, o número de satélites que podem operar de forma segura entre os 200 e os 1000 quilómetros pode diminuir entre 50 e 66%, comparado com um cenário de emissões registado no ano 2000. Ultrapassar esta capacidade pode conduzir a instabilidade e levar a várias colisões, tornando a região inabitável para satélites. Apesar de o estudo apontar para 2100, há cientistas que alertam que há regiões que já estão atualmente sobrepovoadas.
A partir de 2026, os utilizadores da PlayStation 5 Pro vão poder tirar partido de um sistema de Inteligência Artificial que permite ter visuais muito mais detalhados, suaves e estáveis. A Sony está a trabalhar em integrar a tecnologia FSR 4, que está a ser usada nas placas gráficas AMD RX 9070 e RX 9070 XT, para melhorar os gráficos na consola. “O nosso objetivo é ter algo muito semelhante ao upscaler FSR 4 disponível para os jogos PS5 Pro de 2026 como a próxima evolução do PSSR”, conta Mark Cerny ao Digital Foundry.
O executivo refere-se à solução de melhoria que assenta em Inteligência Artificial PSSR (de PlayStation Spectral Super Resolution) nos chips baseados em AMD e que permite às PS5 Pro ‘transformar’ imagens de resolução 720 p em 4K ao adicionar píxeis e elementos extra.
Em dezembro, a Sony e a AMD anunciaram uma parceria de vários anos no Project Amethyst que, sabe-se agora, começou em 2023 e teve o FSR 4 como um dos primeiros frutos. “A rede neural (e receita de treino) no upscaler FSR 4 são os primeiros resultados da colaboração Amethyst” confirmou Cerny.
Newsletter
Nesta fase, os criadores de jogos devem focar-se em usar o PSSR porque a “reimplementação da rede FSR 4 na PS5 Pro e nos seus jogos” ainda deve demorar, explica Cerny.
O executivo conta que a Sony vai ter a sua própria implementação de cada algoritmo que seja desenvolvido em conjunto com a AMD e sugere ainda que o Project Amethyst vai ser sobre mais do que apenas as consolas: “É sobre suportar um trabalho mais amplo em aprendizagem automática em vários dispositivos – a maior vitória vai ser quando os programadores puderem movimentar o código de dispositivo para dispositivo”.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o sismo foi registado nas estações da Rede Sísmica dos Açores às 07h14 locais (08h14 em Lisboa) e teve epicentro a cerca de 25 quilómetros (km) a sul-sudeste de Faial da Terra, na ilha de S. Miguel.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera informa que no dia 11-03-2025 pelas 07:14 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Arquipélago dos Açores, um sismo de magnitude 5.3 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 25 km a Sul-Sudeste de Faial da Terra (S. Miguel).
Newsletter
Em comunicado, o IPMA refere que o sismo foi sentido e remete para mais tarde “informação instrumental e macrosísmica atualizada”.
Versatilidade. Talvez seja esta a melhor palavra para definir o HP OmniBook Ultra Flip. Talvez porque, com tantas características de topo, é difícil encontrar um termo que o descreva na perfeição. Mas já lá vamos.
Com uma construção robusta e materiais reaproveitados – a tampa, por exemplo, é feita de metal reciclado –, transmite confiança e demonstra uma qualidade de construção convincente. Compacto e leve, pesa pouco mais de um quilo, o que facilita a portabilidade. Em relação ao design, este portátil acaba por ser muito semelhante ao HP Omnibook X.
Já o ecrã (tátil) OLED de 14 polegadas destaca-se pela excelente qualidade de imagem, elevada fluidez visual e cores vibrantes. Durante vários dias de trabalho, notamos que um painel OLED deste calibre proporciona uma experiência confortável, sem fadiga ocular significativa. No entanto, sentimos falta de algum brilho, especialmente em ambientes muito iluminados. No exterior, em dias de sol, a visibilidade pode ser um desafio. E como é habitual nos ecrãs OLED, os reflexos estão presentes. Ainda assim, para quem já está habituado a esta tecnologia, todas as restantes qualidades acabam por compensar esse detalhe.
Newsletter
HP Omnibook Ultraflip 14
O HP OmniBook Ultra Flip é muito versátil, o que permite trabalhar em diversas posições
O HP OmniBook Ultra Flipé um computador, tablet ou monitor? Você decide
Este portátil é um verdadeiro todo-o-terreno: uma máquina altamente versátil que permite trabalhar de diversas formas ou simplesmente navegar na internet em ‘modo’ tablet. No formato tradicional de um computador, a produtividade é excelente. Para além da qualidade do ecrã, o teclado destaca-se pelo conforto, com teclas bem espaçadas e silenciosas. O trackpad, de tamanho generoso, ocupa quase metade da largura do portátil, proporcionando uma experiência fluida e precisa.
Mas o OmniBook Ultra Flip é mais do que um simples portátil – é um verdadeiro ‘artista’. Graças ao design convertível, o ecrã roda completamente para trás, transformando o equipamento numa espécie de tablet. Quando isso acontece, o teclado físico é desativado automaticamente, evitando toques acidentais. Além disso, o software ajusta-se ao modo tablet, eliminando a necessidade de rato ou teclado externos.
Mas, em termos de opções, ainda não ficamos por aqui. Podemos também dobrar o computador de forma a ficar numa espécie de tenda, com a dobradiça a formar um ângulo de 90 graus. Assim, é possível utilizar o painel tátil para navegar ou, se preferir, ligar periféricos externos, como um rato ou teclado. Portanto, uma coisa é certa – não vão faltar opções para trabalhar.
Bom desempenho, conectividade fraca
O HP OmniBook Ultra Flip vem equipado com componentes que asseguram um desempenho de alto nível. Em destaque está o processador Intel Core Ultra 9, que garante uma fluidez irrepreensível nas tarefas do dia a dia. A unidade de processamento gráfico pode não ser a mais indicada para edição de vídeo profissional ou videojogos exigentes, mas ainda assim consegue lidar com algumas dessas tarefas, e ainda garante um desempenho sólido para todas as outras.
Além disso, esta versão que testámos vem equipada com 32 GB de memória RAM, permitindo a execução fluída de várias aplicações em simultâneo, e com 2 TB de armazenamento interno, garantindo espaço mais do que suficiente para ficheiros e programas.
Os nossos testes de benchmark mostraram que o sistema de dissipação térmica é bastante eficaz, mesmo num portátil tão compacto. O funcionamento é silencioso e, embora se note um ligeiro aquecimento na traseira, nunca chega a ser incomodativo. Este é um ponto que merece destaque, pois, dadas as dimensões reduzidas, seria expectável um maior aumento de temperatura algo que, felizmente, não acontece.
Já a conetividade é um aspeto menos positivo. O portátil conta apenas com três portas USB-C e uma entrada tradicional de áudio, o que limita significativamente a ligação de periféricos. A ausência de pelo menos uma porta USB-A faz-se notar, embora essa decisão esteja claramente ligada à espessura reduzida do dispositivo.
A câmara de 9 MP garante uma qualidade de imagem muito acima da média, especialmente tendo em conta que a maioria dos portáteis inclui sensores com uma resolução de apenas 2 MP ou 5 MP. Em videochamadas, seja para trabalho ou para conversas informais, a experiência é bastante positiva. O portátil integra ainda quatro altifalantes, que garantem um som nítido e claro, facilitando a comunicação. Também testámos a qualidade do microfone e ficámos convencidos: do outro lado, fomos sempre ouvidos com clareza e sem cortes.
Veredicto Finaldo HP OmniBook Ultra Flip
Este é um portátil extremamente versátil, que pode ser ‘montado’ em várias posições e equipado com componentes que garantem uma resposta rápida e eficiente às tarefas do dia a dia. O preço é elevado, o que acaba por ser um ponto negativo, mas, se considerarmos que também pode ser transformado, por exemplo, num tablet, torna-se mais compreensível o preço – pode até ver o investimento como um ‘dois por um’. Este é um computador de topo, ideal para trabalhar com grande rapidez e em qualquer lugar.
Tome Nota HP OmniBook Ultra Flip 14 – €2049,99 Site: hp.com/pt
Benchmarks PCMark 10 Extended: 7464 • Essenciais 10834 • Produtividade 10303 • Criação Conteúdo Digital 10172 • Jogos 7390 • 3D Mark: Wild Life 26615 • Wild Life Extreme 7669 • Fire Strike 7562 • Fire Strike Extreme 4145 • Night Raid 28683 • Solar Bay 16355 • Time Spy 3766 • Time Spy 1919 • Cinebench 2024: CPU Single 125 • CPU Multi 535 • Geekbench 6 Single 2862 /Multi 10931 • GPU 30873 • Final Fantasy XV (FHD, Standard) 4773 • Autonomia (PCMark 10 Modern Vídeo, Modo equilibrado) 12h34m
Ecrã MuitoBom Produtividade Excelente Autonomia Bom Conectividade Fraco
Características Ecrã: OLED 14” (2880×1800 p), 120Hz, 500 nits (máx); Proc. Intel Core Ultra 9; Gráfica: Intel Arc; Memória: 2 TB SSD, 32 GB RAM; Windows 11; Leitor de impressões digitais; Videoconferência: Câmara 9 MP, 4x altifalantes; Conectividade: Wi-Fi 7 e Bluetooth 5.4; Portas: 1x jack áudio 3,5 mm; 1x USB-C 10 Gbps; 2x USB-C 40 Gbps; Carregamento: 65W; Dimensões: 31,37×21,62×1,49 cm; Peso: 1,34 kg