Em comunicado, a tutela adianta que o secretário regional responsável pelo Turismo, Eduardo Jesus, reuniu-se hoje com representantes da Iberia na ITB, a maior feira de viagens do mundo, em Berlim, na Alemanha.

Citado no comunicado, Eduardo Jesus sublinha que a companhia afirmou no encontro que a operação de verão está “perfeitamente consolidada” e manifestou-se “muito satisfeita com a procura que tem existido pelas várias operações disponibilizadas para a região”.

No período de verão, a Madeira conta atualmente com ligações aéreas diretas para Barcelona, Málaga, Santiago de Compostela, Bilbau, Málaga e Valência.

“A partir de julho próximo, a companhia aérea espanhola vai passar a ligar a Madeira a Sevilha, em mais uma rota sazonal. A ligação vai decorrer entre 09 de julho e 10 de setembro de 2024, num total de 10 frequências (um voo semanal às terças-feiras), correspondentes a 1.000 lugares”, lê-se na nota.

O Turismo da Madeira e a Iberia começaram a preparar a operação do próximo inverno (outubro deste ano a março de 2025), bem como a negociar uma estratégia de comunicação e promoção do ‘Destino Madeira’ nas várias origens das ligações operadas pela companhia espanhola.

“O mercado espanhol continua a estar na lista dos mercados emissores como prioritário nas ações de comunicação e promoção”, salienta Eduardo Jesus.

TFS // VAM

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O campeão nacional, de 20 anos, fez um total de 7,77 pontos (em 20 possíveis) nas duas melhores ondas (4,60 e 3,17), sendo superado pelo australiano Jack Robinson (14,76) – vice-campeão da edição de 2023 – e pelo norte-americano Crosby Colapinto (11,20), pelo que vai disputar a segunda ronda (ronda de eliminação).

Joaquim Chaves foi o segundo atleta luso a entrar em ação na etapa portuguesa do circuito principal da Liga Mundial de Surf (WSL), depois de Matias Canhoto ter assegurado um lugar direto na terceira ronda.

O jovem de Peniche, de apenas 17 anos, chamado à última hora para substituir o lesionado Kelly Slater (Estados Unidos), 11 vezes campeão do mundo, ficou no segundo posto da terceira bateria da primeira fase da competição, com um total de 6,80 pontos (em 20 possíveis) nas duas melhores ondas (5,00 e 1,80), atrás do australiano Callum Robson (9,17) e à frente do norte-americano Griffin Colapinto (4,83).

Além dos ‘wildcards’ (convidados) Chaves e Canhoto, Portugal conta ainda com Frederico Morais, bem como com Francisca Veselko (também convidada), no quadro feminino, que também vão entrar em ação durante o dia de hoje.

O Meo Rip Curl Pro Portugal arrancou hoje e vai decorrer até 16 de março, em Peniche, Leiria.

DN // VR

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A ULS explicou, em comunicado, que obteve autorização por parte da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) para a operação de aeronaves de maior carga no heliporto hospitalar de Bragança, permitindo a operacionalidade do atual helicóptero do INEM.

O helicóptero de emergência médica do INEM que está desde 03 de janeiro a operar na base de Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança, não podia aterrar em alguns dos heliportos dos hospitais do Norte, designadamente em Bragança, por falta de certificação.

Trata-se de um helicóptero de modelo AW139, de maior porte e maior autonomia, que estava antes em Évora e que substituiu o anterior A109S em Trás-os-Montes.

“No sentido de assegurar as condições necessárias tendo em vista a prestação de cuidados de saúde com celeridade e em segurança, a ULS do Nordeste encetou os procedimentos necessários relativos à avaliação desta infraestrutura, atendendo às normas e práticas recomendadas neste âmbito, para permitir, no mais curto espaço de tempo, a operacionalidade do atual meio aéreo de emergência pré-hospitalar”, acrescentou.

A ULS salientou que se trata de “mais um importante investimento” ao “nível da melhoria dos serviços disponibilizados à população, neste caso através do aumento da capacidade de carga nesta infraestrutura aeroportuária”, que fica contígua ao serviço de urgência médico-cirúrgica da unidade hospitalar de Bragança, com “impacto ao nível da resposta a situações emergentes”.

A unidade de saúde destacou ainda a “ótica de articulação de meios e de serviços na área das saúde”.

Em janeiro, a ULS do Nordeste informou já ter em curso os processos de autorização de operação para aeronaves de maiores dimensões nos heliportos hospitalares de Bragança e de Mirandela.

Entretanto, e como alternativa, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) autorizou o helicóptero ao serviço do INEM a aterrar no complexo desportivo, que fica a dois quilómetros do hospital daquela cidade.

PLI (TYR)//LIL

A poucos dias das eleições, a agressividade da campanha eleitoral levou-nos a uma espécie de leilão de promessas sem limites. O exercício demagógico era habitualmente praticado pelos partidos mais radicais, que se podiam dar ao luxo de prometer tudo e mais um par de botas, porque nunca governariam. Acontece que isso contaminou o discurso público, puxando cada vez mais para a frente a linha do aceitável. Ou seja: agora, praticamente de um lado ao outro, todos prometem mundos e fundos, tudo a todos, sem que haja um plano credível sobre como tudo isso se pagará e com que custos para todos nós.Isto fez-me lembrar uma conhecida música de Sérgio Godinho, editada no já longínquo ano de 1979. Falo de “Cuidado com as Imitações”, tomando a liberdade de transcrever alguns versos:

Lá na aldeia havia um homem que mandava/ Toda a gente um por um pôr-se na bicha/ E votar nele e se votassem lá lhes dava/ Um bacalhau, um pão de ló, uma salsicha

E prometeu que construía um hospital/ Uma escola e prédios de habitação/ E uma capela maior que uma catedral/ Pelo menos a julgar pela descrição

Mas o Casimiro que era fino do ouvido/ Tinha as orelhas equipadas com radar/ Ouvia o tipo muito sério e comedido/ Mas lá por dentro com o rabinho a dar a dar.”

Na canção, Casimiro sabia que tinha de pensar pela sua cabeça e não se deixar enganar por promessas e imitações de gente séria, porque, lá está: “O Casimiro que era tudo menos burro/ E tinha um nariz que parecia um elefante/ Sentiu logo que aquilo cheirava a esturro/ Ser honesto não é só ser bem-falante.”

Ora pois!

Estão a mentir-nos, e só estão a mentir-nos porque nós deixamos, porque isso funciona. Uns prometem tudo a todos, propondo políticas que até são contraditórias entre si, numa simples lógica de “quando lá chegar logo se vê”, já preparados para arranjar uma desculpa qualquer. Outros são um pouco mais elaborados e até talvez bem-intencionados, apostando numa fórmula mágica que fará disparar o nosso ritmo de crescimento e, assim, garantirá meios para pagar tudo o que está nos programas eleitorais. Nenhum, neste campeonato, está a ser sério.

Não foi assim há tanto tempo que nós, eleitores, premiámos quem parecia honesto, responsável, conservador com o nosso dinheiro, preocupado com o longo prazo. Temos de recuperar esse hábito, independentemente das forças políticas em causa. Não nos ofereçam soluções fáceis ou balas de prata, que soam bem mas não têm nada dentro. Deem-nos um plano credível e levem-no até ao fim.

Cuidado com as imitações.

Quando Francisco Machado da Silva e Diogo Pereira Coutinho decidiram abrir um bar no piso inferior da guesthouse Casa do Mercado, foram desafiar José Maria Robertson. Não precisaram de muito para convencer o barman, na altura a trabalhar no The Royal Cocktail Club, no Porto.

A data de inauguração do The Monarch – 16 de maio de 2023, primeiro dia do Lisbon Bar Show – foi escolhida com um propósito. “Quisemos receber as pessoas ligadas a esta indústria que tinham vindo ao festival”, conta José Maria Robertson, 38 anos, ex-chefe de bar do conhecido Cinco Lounge, no Príncipe Real. “Começou como um emprego de verão, tinha 23 anos. Acabei por ficar durante 12 anos, dez dos quais como chefe de bar. Foi lá que aprendi tudo”, reconhece o vencedor da competição internacional World Class Portugal em 2015.

Com porta para a rua, o The Monarch tem diferentes finalidades ao longo do dia. De manhã, serve de sala de pequeno-almoço, à tarde funciona como receção da Casa do Mercado e a partir das 19h transforma-se em bar, com 30 lugares sentados, incluindo seis ao balcão. “Mas não pretendemos ser um bar de hotel”, salienta José Maria. Inspirado na monarquia, não lhe faltam os retratos de D. João II, D. Carlos e D. Maria, os sofás de veludo e as mesas de mármore.

A carta, composta sobretudo por cocktails de assinatura, teve os contributos de Daniel Zamith (esteve mais de uma década atrás do bar do Bistro 100 Maneiras, de Ljubomir Stanisic) e de Yasmin Ramos.

Das 18 sugestões, destacam-se dois best-sellers. O cocktail Romeu e Julieta mais parece uma sobremesa em estado líquido, chegando à mesa com uma colher. Inspirado na sobremesa brasileira Romeu e Julieta (€13), é feito com goiaba, gin infusionado com pimenta-verde, vermute branco, espuma de queijo mascarpone e crème fraîche, polvilhado com pimenta-verde. Já o Chengdu milk punch (€13), um dos preferidos do barman, preparado com rum, pimenta de Sichuan, licor de baunilha e chocolate branco, surpreende pela simplicidade.

O The Monarch quer trazer inovação e combinações de sabores diferentes, não esquecendo a arte de bem servir, seja um cocktail ou uma cerveja. “São todos bem-vindos”, diz José Maria Robertson.

The Monarch > R. da Boavista, 10, Lisboa > T. 93 315 3594 > seg e dom 19h-1h, ter-sáb 19h-2h

Esta é mais uma má novidade para quem adora refrigerantes: um novo estudo, desenvolvido por investigadores de Xangai, China, concluiu que ingerir dois litros de refrigerantes light ou outras bebidas artificialmente adoçadas por dia pode fazer aumentar o risco de fibrilhação auricular, uma condição cardíaca caraterizada por ritmo cardíaco irregular e rápido.

Os refrigerantes light (diet soda, em inglês), são uma categoria de bebidas não alcoólicas formuladas para ter um sabor semelhante ao de refrigerantes convencionais, mas com baixo teor de calorias ou sem calorias. Estas bebidas utilizam adoçantes artificiais ou substitutos do açúcar para fornecer o sabor doce, sem a adição de açúcares calóricos, mas os debates e investigações sobre os efeitos a longo prazo desses adoçantes artificiais na saúde têm sido continuamente estudados.

Nesta nova investigação, publicada na revista Circulation: Arrhythmia and Electrophysiology, a equipa analisou dados de mais de 200 mil pessoas incluídas no UK Biobank, um grande banco de dados biomédicos britânico. Os participantes foram seguidos durante um período médio de 10 anos e tinham idades entre os 37 e os 73, sendo que mais de metade eram do sexo feminino.

A análise permitiu concluir que o risco de fibrilhação auricular aumentava em cerca de 20% para as pessoas que ingeriam cerca de dois litros deste tipo de bebidas, comparativamente com quem não consumia qualquer um destes produtos.

Além disso, também foi concluído, após análise, que as bebidas com adição de açúcar aumentavam o risco de fibrilhação auricular em 10 por cento. Pelo contrário, um consumo moderado de sumos naturais sem açúcar, tal como o sumo de laranja, diminuía o risco de desenvolver esta doença em cerca de 8 por cento.

Nesta condição, as duas câmaras superiores do coração, denominadas átrios, contraem-se de maneira descoordenada e rápida, em vez de baterem a um ritmo regular, e os sintomas podem incluir palpitações, falta de ar, fadiga, tonturas ou dor no peito, apesar de os sintomas poderem não ser evidentes em alguns casos.

E apesar de haver fatores genéticos que podem estar relacionados com este problema, além de outro, como a idade, que não podem ser controlados, sabe-se que determinados hábitos, tal como seguir uma dieta alimentar pobre ou consumir álcool em excesso pode aumentar o risco de desenvolver a condição.

“Foi demonstrado que a dieta e o exercício físico diminuem as taxas de recorrência da fibrilhação auricular depois de a tratarmos com determinados procedimentos”, diz, em entrevista ao The Guardian, Theodore Maglione, professor de medicina e cardiologista especializado no hospital da Universidade Robert Wood Johnson, em New Jersey, nos EUA.

O médico afirma ainda que está nas nossas mãos controlar certos fatores de risco, tal como “o tabagismo, a hipertensão, a apneia do sono não controlada, a obesidade e a alimentação” e que é importante evitar alimentos ricos em colesterol e gordura e fazer exercício físico regularmente.

Neste estudo, foi ainda concluído que os maiores consumidores de bebidas adoçadas artificialmente tinham mais probabilidades de serem mulheres, mais jovens, terem mais peso e uma maior prevalência de diabetes tipo 2. Além disso, os participantes que consumiam mais bebidas açucaradas tinham mais probabilidades de serem do sexo masculino, mais jovens, pesarem mais e terem uma maior prevalência de doenças cardíacas.

Já as pessoas que ingeriam bebidas açucaradas e sumos naturais tinham “mais probabilidade de ter um consumo mais elevado de açúcar total do que as que bebiam bebidas adoçadas artificialmente”, dizem ainda os investigadores.

“Os resultados do nosso estudo não permitem concluir definitivamente que uma bebida representa mais riscos para a saúde do que outra, devido à complexidade das nossas dietas e ao facto de algumas pessoas poderem beber mais do que um tipo de bebida”, explica o autor principal do estudo, Ningjian Wang, em comunicado.

Maglione refere o mesmo, acrescentando que ainda não foi decidido “se os refrigerantes de baixas ou zero calorias com adoçantes artificiais são mais saudáveis do que os refrigerantes convencionais com calorias”.

“Ainda precisamos de mais investigação sobre estas bebidas para confirmar estas descobertas e para compreender totalmente todas as consequências para a saúde em termos de doenças cardíacas e outras condições de saúde”, afirma, por seu lado, num comunicado, Penny Kris-Etherton, professora de ciências da nutrição na Universidade Estatal da Pensilvânia, nos EUA.

“No entanto, com base nestas conclusões, recomendamos que as pessoas reduzam ou mesmo evitem as bebidas adoçadas artificialmente e as bebidas açucaradas sempre que possível”, diz Wang. “Não se deve partir do princípio de que beber bebidas adoçadas artificialmente com baixo teor de açúcar e de calorias é saudável, já que pode representar potenciais riscos para a saúde”, remata.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) avisou hoje que o hospital da capital do Haiti está no limite da capacidade por causa do agravamento da violência provocada por grupos armados.

“Recebemos entre cinco a dez novos casos por dia”, disse o coordenador da MSF no Haiti, Mumuza Muhindo Musubaho, referindo-se à situação no hospital de Tabarre.

Este centro hospitalar da capital teve de acrescentar mais de vinte camas após o agravamento da situação a 28 de fevereiro, “para um total de 75 camas”.

Para aliviar a paralisação de outros hospitais, a MSF reabriu um centro de urgência na zona de Turgeau duas semanas antes do previsto e um novo hospital com 25 camas em Carrefour.

A organização não-governamental pretende estar presente em diferentes áreas, uma vez que a insegurança e os bloqueios nas estradas dificultam a transferência de pacientes.

“Estamos preocupados porque o acesso ao material médico é extremamente difícil, não só devido à situação no porto, mas também devido à impossibilidade de prosseguir com as formalidades administrativas aduaneiras”, afirma o coordenador, que receia o esgotamento de produtos “absolutamente essenciais”.

O número de feridos aumentou nos últimos dias assim como “há cada vez mais pessoas deslocadas”.

Em 2023, a MSF tratou mais de quatro mil vítimas de violência sexual e estima que, se a atual instabilidade no país continuar os números podem aumentar “muito mais”.

Hoje, a União Europeia (UE) referiu-se ao agravamento da violência no Haiti, afirmando que a situação é “extremamente preocupante” exigindo que o primeiro-ministro Ariel Henry trabalhe numa solução política antes das eleições.

“O agravamento da violência no Haiti durante a última semana foi extremamente preocupante. Deploramos os ataques às esquadras da Polícia Nacional e o assalto a duas das principais prisões, que levou à fuga de milhares de reclusos”, declararam fontes da UE à agência de notícias espanhola Europa Press.

A presente crise levou os Estados Unidos a organizar uma missão multinacional de segurança.

Neste sentido, a UE apoia o estabelecimento da missão policial liderada pelo Quénia e financiada pelos Estados Unidos, para a qual o Benim e as Bahamas disponibilizam efetivos.

Washington manifestou recentemente a intenção de fornecer 200 milhões de dólares à missão para ajudar a Polícia Nacional haitiana em matérias de planeamento, informações, capacidade de transporte aéreo, comunicações, equipamento e serviços médicos.

Segundo as mesmas fontes, a UE pode vir a participar “indiretamente” através de programas de cooperação. 

As fontes consultadas acrescentaram que acolhem “favoravelmente” os planos de Ariel Henry sobre a realização de eleições.

“Pode ser um fator essencial para recuperar a estabilidade no país”, disseram as fontes europeias insistindo que o líder haitiano deve promover o diálogo com todos os setores do Haiti com vista a uma solução política.

A situação na ilha das Caraíbas agravou-se nos últimos anos, após o assassinato, em 2021, do Presidente Jovenel Moise.

Desde essa altura, a insegurança e a violência generalizada instalaram-se em todo o país, especialmente na capital, Port-au-Prince, obrigando várias organizações e agências humanitárias internacionais a abandonar atividades.

 

PSP // APN

 

 

Palavras-chave:

“Aquilo que vem do PSD e do CDS é lá para diante, se alguma vez viesse; que aquilo que vem do Chega e da IL, idem idem, aspas aspas; e aquilo que vem do PS é o choque dos 12 volts. Não precisamos do choque de 12 volts, precisamos de um choque salarial de alta voltagem. E daqui fica o desafio: o PS está ou não está disponível para acompanhar a CDU nesta justa reivindicação de choque salarial de alta voltagem e agora”, atirou o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo.

No discurso após o tradicional desfile da Coligação Democrática Unitária (CDU, que junta PCP e PEV) na Baixa da Banheira, em que contou com a companhia dos candidatos distritais Paula Santos (PCP), Bruno Dias (PCP) e Heloísa Apolónia (PEV), o líder comunista salientou que é agora que o aumento dos salários “faz falta”, colocando essa questão no centro das decisões para o voto.

“É agora para dar resposta aos problemas das pessoas, ao aumento do custo de vida e para distribuir melhor a riqueza que é criada por quem trabalha. Quem produz a riqueza merece que uma parte maior dessa riqueza lhes vá parar ao bolso e não aos lucros e dividendos dos acionistas das grandes empresas. Precisamos deste choque salarial: 150 euros no mínimo para cada trabalhador, 15% de aumentos e 1.000 euros de salário mínimo já este ano”, vincou.

JGO // ACL

Em Braga, no final de uma visita ao Centro Novais e Sousa, que atende pessoas com deficiência mental, Inês Sousa Real acrescentou que, com a legislatura que agora termina, “já ficou bastante claro que uma maioria absoluta não serve o país e que o voto chamado voto útil foi um voto absolutamente inútil”.

“Em democracia, é fundamental não deixarmos o país refém nem de maiorias absolutas, nem de alianças muito pouco democráticas que fazem retroceder os direitos das pessoas”, referiu.

Lembrou que o PS já teve uma maioria absoluta e “foi uma oportunidade desperdiçada”.

“O PS traiu a confiança dos eleitores quando trouxe uma instabilidade política para o país que o país não tinha atravessado ainda. Tivemos casos e casinhos que sucederam, tivemos falta de transparência, tivemos também questões associadas à corrupção, o que põe em causa a confiança dos nossos concidadãos nas instituições e no poder político”, apontou.

Por isso, apelou a “mais pluralidade” na Assembleia da República, com “mais representação de partidos políticos como o PAN”.

Sobre a participação, na terça-feira, do antigo líder do CDS-PP Paulo Portas na campanha da Aliança Democrática (AD), Inês Sousa Real disse que “parece o regresso ao passado” e a políticas que puseram o país “numa situação de aperto” e de asfixia para famílias e empresas.

“Não queremos o regresso a esse tipo de políticas. Precisamos, sim, de olhar para o futuro, garantir que damos confiança às pessoas, à economia e ao desenvolvimento social, mas numa transição para uma economia verde”, sublinhou.

A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza acusou ainda a AD de “revivalismo das touradas e do tiro aos pombos”, práticas que classificou de “monstruosidades cruéis”.

“É claramente uma visão curta e uma visão errada daquilo que é o mundo rural. Para quem confunde o mundo rural com a crueldade das touradas ou até mesmo com a crueldade do tiro ao pombo claramente não percebe as necessidades que os nossos agricultores têm, a necessidade de promovermos uma agricultura de subsistência e soberania alimentar e promovermos também a agricultura biológica no nosso país”, considerou.

Para a líder do PAN, um voto na AD ou no Chega é “um voto contra direitos humanos fundamentais, contra o progresso do país, contra a civilização”.

A propósito da visita ao Centro Novais e Sousa, onde assistiu a um “miniconcerto” de bombos pelos utentes, visitou uma horta e deu uns pontapés na bola, Inês Sousa Real defendeu que é preciso colocar o tema da inclusão nas agendas políticas, para apoiar aquelas instituições, designadamente as que trabalham na área da saúde mental e na autonomia dos utentes.

Disse que é necessário canalizar fundos para aquelas instituições e criticou o alegado desaproveitamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Irmos mais longe na próxima legislatura é garantir que estas pessoas não continuam sem ter um apoio do Estado em matéria de inclusão social e laboral”, afirmou, alertando para o perigo de “forças políticas antidemocráticas, que põem em causa os apoios sociais e os direitos sociais”, disse ainda.

VCP // ACL

Palavras-chave:

“Já me perguntaram ao longo desta caminhada nesta campanha eleitoral várias vezes se há linhas de exigência da Iniciativa Liberal relativamente a pontos programáticos e a questões que propomos. Pois esta é uma linha da qual eu não prescindo mesmo”, disse hoje Rui Rocha aos jornalistas, durante uma visita a uma creche privada em Alfena, concelho de Valongo, no distrito do Porto.

Questionado sobre se este tema é uma obrigatoriedade de inclusão num eventual acordo com a AD, Rui Rocha anuiu, frisando que “esta é realmente uma diferença de ambição e de visão da Iniciativa Liberal”, que foi incluída nos dez pontos que entregou ao líder da AD, Luís Montenegro, no debate televisivo entre ambos.

Já sobre se não for possível obter um entendimento acerca deste tema, o presidente da IL recusou “criar dramatizações”, mas vincou que “é um ponto essencial” para os liberais, já que no seu entender “começa a resolver o problema da perda dos jovens” e da “incapacidade que hoje existe para constituir uma família”.

“Em Portugal, hoje, ter filhos pode ser um caminho para a pobreza. E isso não é aceitável, estamos no século XXI. Nós precisamos que as famílias tenham oportunidade de escolher, decidir as suas vidas e ter um futuro para os seus filhos”, assinalou.

O líder da IL e candidato a deputado no distrito de Braga disse querer “no futuro, que as famílias portuguesas possam dispor deste apoio e que o possam fazer decidindo elas onde é que o utilizam, qual é a instituição que melhor as serve, se é perto de casa ou perto do emprego, pelo projeto”.

Em causa está um cheque-creche de 480 mensais, 5.760 por ano, “para que as famílias possam, desde cedo, construir o futuro educativo dos seus filhos”, explicou o presidente da IL, assinalando ainda que esta medida “traz uma alteração fundamental relativamente à situação que existe hoje”.

“Hoje existe um programa que é o Creche Feliz, que promete creches gratuitas para as famílias e para as crianças portuguesas, mas que não funciona”, apelidando-o Rui Rocha de “Creche Infeliz”, pela “burocracia, pelas limitações, pela ausência de vagas que existe hoje”, causando “mais problemas às famílias do que aquilo que resolve”.

Questionado sobre quanto custaria ao Orçamento do Estado tal medida, Rui Rocha disse que “não custa rigorosamente mais nada”, já que a IL pretende “pegar no modelo que existe atualmente” e “dizer às famílias que passem a escolher”.

Rui Rocha comentou ainda a assinatura, por mais de 100 profissionais de saúde, de um manifesto de apoio à AD, destacando que “a visão do PSD para a saúde é uma visão de remendos”, e que não há “mais tempo para estar com remendos”, sendo necessária uma “mudança estrutural”.

Depois da visita à creche em Alfena, a campanha da IL tem mais dois pontos previstos para hoje: uma visita à Qualifica 24 – Feira de Educação, Formação, Juventude e Emprego, na Exponor, em Matosinhos, um jantar na Foz, no Porto, e uma arruada noturna em Braga.

JE // ACL