Nos últimos tempos temos vindo a ser assustadoramente alertados para uma realidade que infelizmente não é nova.

A minissérie britânica Adolescência, criada por Jack Thorne e Stephen Graham, que estreou no mês de março do corrente ano na Netflix, alcançou rapidamente o topo do ranking semanal de audiências do canal de streaming. No centro da aclamada série há uma pergunta perturbadora: O que leva um adolescente de 13 anos a assassinar a sua colega de escola?

Também esta semana, em Portugal, foi notícia a divulgação de um vídeo de uma jovem de 16 anos em práticas sexuais alegadamente não consentidas, que chocou o país. Três rapazes com idades entre os 17 e os 19 anos foram detidos por serem suspeitos da prática de crimes de violação agravada e pornografia de menores contra essa jovem, sendo que posteriormente publicaram o ato criminoso nas redes sociais.

É crescente e cada vez mais precoce a utilização da internet e das redes sociais por parte das crianças e jovens, aliada a uma reduzida, inexistente e/ou ineficiente supervisão familiar, o que se traduz num aumento à exposição a fenómenos criminais como o abuso e exploração sexual através da internet.

Por isso, entendo ser premente apostar na pedagogia, quer dos pais quer das crianças e jovens, sendo sobremaneira importante deixar aqui alguns alertas quanto a fenómenos criminais já referenciados pelas autoridades, nomeadamente pelo Gabinete de Cibercrime da Procuradoria-Geral da República, pela Polícia Judiciária, pela PSP e pela GNR.

Abuso sexual de crianças online

O abuso sexual online pode ser definido enquanto conceito abrangente, contemplando qualquer forma de abuso sexual de crianças em contexto online, no qual se incluem diferentes manifestações, desde o abuso sexual sem contacto, facilitado pela internet, redes sociais ou outras plataformas, como o assédio e o aliciamento, até à partilha de conteúdos na dark web (imagem e/ou áudio) de abuso e exploração sexual de crianças, previamente recolhidos em fotografia ou vídeo.

Exploração sexual de crianças online

O conceito de exploração sexual de crianças distingue-se de outras formas de abuso pelas noções de extração, de ganho e de benefício decorrentes da sujeição da criança a algum tipo de ato sexual.

Sendo difícil a sua dissociação clara relativamente ao conceito de abuso sexual, por regra, a exploração sexual assenta no aproveitamento de uma característica, situação ou condição da criança, existindo em consequência vantagens para o/a agressor/a ou para terceiros.

Neste contexto, na exploração sexual de crianças online incluem-se todos os atos de natureza sexual praticados contra uma criança ou jovem que, em algum momento, apresentem algum tipo de ligação com as redes sociais, tais como:

  • Exploração sexual realizada enquanto a criança vítima está a utilizar a Internet e as redes sociais, incluindo a sedução, a manipulação e a ameaça da criança para a prática de atos sexuais perante webcam;
  • Identificação e/ou preparação de potenciais vítimas online, com o objetivo de as explorar sexualmente (independentemente de a efetivação da exploração e abuso serem realizados online ou offline);
  • Distribuição, divulgação, importação, exportação, oferta, venda, posse ou acesso consciente online a materiais de exploração sexual de crianças (mesmo que o conteúdo de abuso sexual contido no material tenha sido realizado offline).

Abuso sexual de crianças em direto

Este fenómeno envolve a prática de atos sexuais com crianças e a sua transmissão em direto, nomeadamente através de serviços de live streaming, sendo, deste modo, possível a sua visualização por outras pessoas. A visualização poderá implicar o pagamento prévio de determinado montante, podendo inclusivamente ser os/as espectadores/as a ditarem ou definirem o decurso dos atos de abuso e exploração sexual praticados contra a criança.

A transmissão em live streaming significa que os dados são transmitidos instantaneamente e com menor risco, uma vez que não requer o download de qualquer arquivo e, assim que a transmissão é interrompida, o material desaparece, dificultando a investigação criminal, a recolha de provas e a identificação de vítimas e agressores/as.

O abuso sexual de crianças em direto envolve diferentes formas de abuso e exploração sexual de crianças, incluindo a produção e distribuição de materiais de abuso e de exploração sexual de crianças e a prostituição de menores.

Grooming online

O grooming online pode ser definido como um processo de manipulação e uma forma de aliciamento de crianças. Inicia-se geralmente através de uma abordagem não-sexual, nomeadamente através da internet e das redes sociais, de forma a estabelecer uma relação de confiança com a criança ou jovem e convence-la a encontrar-se pessoalmente com outra pessoa, para que esta última possa consumar o abuso sexual. O estabelecimento de relação de confiança com a criança, mediado pela internet e pelas redes sociais, pode ainda visar a persuasão da criança à produção e partilha de conteúdo sexual.

Na sequência desta forma de abuso e exploração sexual, pode a criança ser sujeita a ameaças e chantagem de divulgação ou partilha dos conteúdos sexuais autoproduzidos, tendo o/a aliciador/em vista a obtenção de favores sexuais, dinheiro ou outros benefícios. Este fenómeno designa-se por extorsão sexual de crianças.

Estes são alguns dos fenómenos criminais praticados contra crianças e jovens em ambiente digital, ou seja, na internet ou nas redes sociais, mas outros haverá em que a forma de atuação dos agressores ainda não se encontra devidamente concretizada, pelo que a prudência é um conselho a seguir.

Posto isto, nunca é de mais alertar os pais, as crianças e os jovens que a internet é uma janela virada para o mundo, mas quando a webcam está ligada nunca se sabe quem está do outro lado.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Palavras-chave:

Quem não gosta de um bom blockbuster? De um bom filme de ação ou ficção científica – Margaret Atwood, a autora de The Handmaid’s Tale, prefere o termo “ficção especulativa” e com bons motivos – que transcende os efeitos especiais e movimentos de câmara rápidos para fazer comentário social? Há quem não goste, claro. E há quem adore. E há quem, apesar de gostar, não perceba o que está a ver.

Parece que Elon Musk, considerado por alguns um génio dos nossos tempos, pertence a esse grupo de pessoas que se perdem na história de um filme quando veem um lightsaber ou um Capitólio cheio de gente com roupas coloridas e cabelos peculiares.

É óbvio que não é o caso, porém, um tweet que escreveu há algum tempo – mas que reverbera e reverberá para sempre na internet – podia enganar os mais ingénuos:

“You watched The Hunger Games and sided with the resistance.
You watched Star Wars and sided with the resistance.
You watched The Matrix and sided with the resistance.
You watched Divergent and sided with the resistance.
You watched V for Vendetta and sided with the resistance.
When it’s fiction you understand. Yet you refuse to see it when it’s the reality you’re living in.
Wild.”

Musk sabe o que está a fazer. Não fosse, aliás, um move com intenções tão vis, podia ser genial.

Hunger Games não podia ser mais claro na sua mensagem anti-capitalista e anti-ditatorial, ao mostrar os excessos de uma sociedade burguesa predatória que gamifica a pobreza. Star Wars, e isto já foi explicado pelo próprio George Lucas, criador do franchise, é uma história anti-colonialista e anti-imperialista que tem por uma crítica à política externa dos Estados Unidos da América. Matrix, um filme super citado pelas comunidades incel, é, no seu, core, um apelo à humanidade contra uma realidade virtual opressiva que se alimenta da vida humana. Divergent tenta abordar a questão da governança por via da seleção genética da população, das supostas qualidades intrínsecas de grupos sociais. E o V for Vendetta, um filme absolutamente incrível, não podia ser mais evidente: a história de um anarquista que atormenta o governo fascista do seu país.

Musk sabe isto. Apesar de radicalizado pela própria rede social que comprou, o dono da Tesla não é ignorante.

A extrema-direita global – sim, existe – conseguiu criar uma narrativa em que é vítima e alvo de um sistema que tenta, com toda a força, silenciar e bloquear as suas ações. Esta distorção perversa da realidade permitida pelas redes sociais desreguladas, por vezes semelhantes a uma no man’s land, nomeadamente o Facebook, Twitter – não chamarei X, perdoe-me, leitor – e TikTok, fez-nos chegar a este ponto: bilionários, líderes radicais, pessoas ultraconservadoras com algum poder e seus defensores acham que são a “Resistência”. Mas resistência a quê? Ao próprio poder quem têm? Aos milhões e milhões que faturam? Às milhares de visualizações e partilhas que os seus vídeos têm? Não. Este grupo político criou, artificialmente, inimigos: “wokes”, comunidade LGBTQ+, minorias étnicas, emigrantes, académicos e universitários. Colocou-os a todos no mesmo saco, dizendo que se apoiam, se ajudam e têm missões em comum: “marxismo cultural”, “endoutrinação”, a “invasão”, a “substituição”. Nonsense. Criações artificiais para suscitar reações orgânicas. Uma tentativa de guerra cultural cheia de fogo de artifício e show off, opiniões simples e controversas que não dão muito trabalho à cabeça e por isso propagam-se a velocidades que nem os fãs de Fórmula 1 compreendem.

Como fã de todos os filmes que Musk citou, deixo aqui um apelo aos leitores: vejam ou revejam os filmes. Tentem, com tudo o que têm, perceber onde o bilionário favorito de Trump – por pouco tempo… – foi buscar a ideia de que ele pertence a uma qualquer resistência. O que diria Luke Skywalker desta pessoa?

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Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita, vai ser recebido esta segunda-feira pelo presidente norte-americano, em Washington, para falar sobre a imposição de taxas alfandegárias a Israel e a situação na Faixa de Gaza. “Vou partir para os EUA, a convite do Presidente Trump, para falar com ele, claro, sobre estas questões: os reféns, a obtenção da vitória em Gaza e — claro — o regime tarifário que foi imposto a Israel. Espero poder ajudar nesta questão. Essa é a intenção”, referiu Netanyahu, no domingo.

Em comunicado, o líder israelita sublinhou que será “o primeiro líder internacional, o primeiro líder estrangeiro, que se vai reunir com o Presidente Trump sobre esta questão [tarifas], que é tão importante para a economia israelita”, salientando ainda existir uma “longa fila de líderes” que também querem discutir com Donald Trump a questão das tarifas. “Acredito que isto reflete o vínculo pessoal especial, bem como os laços especiais entre os EUA e Israel, que são tão vitais neste momento”, disse.

As tarifas norte-americanas foram anunciadas na semana passada por Donald Trump e entraram em vigor este sábado. Aos produtos importados de Israel foi aplicada uma taxa alfandegária de 17%. Na quinta-feira, o Presidente dos EUA, disse esperar uma visita do seu líder israelita “num futuro não muito distante”. 

Gelo. “Esta vitória dá-nos três pontos”. Mais gelo. “Muita calma. Foi um jogo importante, mas não decisivo”. Banho de gelo. “Ainda temos várias finais pela frente”. Enquanto respondia às perguntas dos jornalistas, na sala de imprensa do Estádio do Dragão, após triunfo histórico na visita ao rival azul e branco, Bruno Lage manteve-se igual a si próprio, avesso a euforias. Crioterapia, o processo de recuperação através do frio, era a derradeira instrução para fechar uma noite que “correu na perfeição”, lá concederia.

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A HP é das marcas que mais aposta no conceito de computador tudo-em-um (all in one, no original em inglês). Isto significa que o monitor e os componentes típicos de um computador (processadores, memória, armazenamento…) estão todos integrados no mesmo chassis. A ideia deste conceito é criar um equipamento pragmático para os utilizadores que querem um computador de secretária – como está tudo combinado no mesmo equipamento, poupa-se espaço e simplifica-se também na cablagem. Mas o HP Omnistudio X (aqui testado na versão de 32 polegadas) não é como os outros all in one (AiO) da marca que temos experimentado. É como se tivesse um fato executivo vestido. Dizemos isto não só pela questão do design e dos materiais de construção mais aprimorados, como também pela componente de desempenho. 

Um ‘janelão’ 

O primeiro grande destaque deste computador (e, na nossa opinião, o maior fator de diferenciação relativamente a outros tudo-em-um) é sem dúvida o ecrã. Por vários motivos. Para começar dá-nos um tamanho muito generoso, pouco habitual nos AiO (a norma ronda as 27 polegadas). Depois é um ecrã com uma resolução muito boa – a HP não se poupou a esforços e equipou este Omnistudio X com um painel 4K, o que significa que todos os conteúdos são reproduzidos com grande detalhe e nitidez. Isto coloca este modelo como ideal para os que gostam de consumir vídeos e outros conteúdos multimédia online (e que pelo tamanho já funciona quase como um pequeno televisor), para os que preferem trabalhar em edição de imagem ou para os que preferem simplesmente ter mais do que uma aplicação aberta em simultâneo.

HP Omnistudio X

A reprodução de cores do ecrã foi outro elemento que apreciamos bastante, com a representação a mostrar-se com um perfil realista, havendo uma boa saturação dos tons, mas não sendo exagerados. Os contrastes são claramente a área na qual há margem de melhoria, mas considerando que este computador é mais para trabalhar do que para lazer, percebemos a aposta num ecrã IPS e não num OLED.

Prova disso é também o acabamento antirreflexos que o ecrã garante, o que conjugado com um nível de brilho muito decente, dá garantias de uma boa experiência de visualização independente da iluminação que o rodeia. Em resumo, o ecrã deste HP Omnistudio X é um ‘janelão’ de trabalho e entretenimento. Só é pena que a taxa de atualização se fique pelos 60 Hz – nos dias que correm, pedia-se mais.

Projeção sonora

Um dos elementos que mais nos surpreendeu pela positiva foi o sistema de som integrado. Não nos focaríamos tanto na potência sonora (5 W), mas sim naquilo que nos entrega verdadeiramente – um som encorpado, com alguma reprodução de graves e também nuances de posicionamento sonoro. Ou seja, entrega muito mais do que esperávamos para um equipamento desta tipologia.

HP Omnistudio X: Fato… de macaco?

Se por fora parece muito engravatadinho – design minimalista, base e suporte de dimensão reduzida, cor prateada que lhe confere um certo elã –, na realidade há muitos indicadores que este é um computador feito para as vicissitudes do dia a dia. Gostamos muito (muito mesmo) do facto de ter ligações multimédia diretamente no suporte – ideais para ligar uma pen ou um periférico ocasionalmente. As restantes portas de ligação (e não são poucas) estão localizadas na traseira do equipamento. Um fator a destacar é a inclusão de duas portas HDMI: uma de entrada e outra de saída. O que isto significa é que podemos passar o sinal deste computador para um segundo monitor, caso queira ter um setup de trabalho mais avançado.

Mais – caso tenha um portátil, é possível usar este AiO apenas como monitor (de boa qualidade, reforçamos), já que suporta essa funcionalidade tanto através da ligação HDMI ou USB-C. Por fim, escondida no topo, está uma webcam retrátil e dois microfones, para que possa fazer videochamadas com comodidade e sem necessidade de acessórios adicionais.

HP Omnistudio X

Modo ‘pro’ no HP Omnistudio X

A HP tem vindo a integrar a tecnologia da Poly (fabricante de equipamentos especializados em videoconferências) nos seus computadores e este Omnistudio X prova isso mesmo. Temos várias opções de ajuste de cor, iluminação e até mesmo grafismos que podemos usar durante as reuniões online. Além disso, o modo de enquadramento automático é um dos melhores que já experimentámos. 

A cereja no topo do bolo enquanto tudo-em-um é a inclusão de um teclado (boa qualidade, com teclas de distância curta, mas robusto na construção) e um rato (este mais simples, de plásticos mais baratos) na caixa. O que parece um computador vestido de fato executivo é, na verdade, um computador vestido com um fato de macaco, pronto para os desafios do dia a dia.

Versatilidade garantida

Os AiO que temos testado tipicamente combinam componentes de portáteis (por forma a manter o perfil elegante), mas numa experiência de desktop. O que significa que o desempenho, por vezes competente, não é o mais completo. Também não podemos considerar este HP Omnistudio X como um portento, mas parece-nos que tem um bom equilíbrio para os diferentes cenários de utilização.

Temos, por um lado, um processador de muito bom desempenho para as chamadas tarefas de produtividade. Isto significa que praticamente todas as tarefas que faz num computador no dia a dia são executadas de forma rápida e a experiência é, no global, fluida. A componente gráfica, aquela que mais costuma deixar a desejar nos All in One, aqui foi de certa maneira acautelada. Temos uma gráfica dedicada Nvidia RTX, que estando longe dos modelos de topo, já permite ao utilizador ter uma experiência satisfatória em alguns videojogos (desde que as definições gráficas não sejam elevadas) e também garante um desempenho mais capaz em tarefas como renderização de vídeos ou reprodução de conteúdos em 3D.

HP Omnistudio X

Um último apontamento sobre a ergonomia. Este Omnistudio X permite ajustar a altura do ecrã, assim como a inclinação, o que já são ajudas mais do que suficientes para esta tipologia de computador.

Por fim, o preço. Quando pensamos em computadores All in One, a referência de muitos consumidores é o Apple iMac. Ora, este HP custa mais do que o mais caro dos iMac… No entanto, também tem argumentos que o iMac não disponibiliza, sendo o nosso preferido o tamanho extra de ecrã e que nos parece muito indicado para utilizadores mais focados em tarefas de produtividade. Apesar da boa execução, do desempenho e de toda a conveniência de um tudo-em-um, a HP deveria ter tido uma abordagem mais modesta no valor, pois a verdade é que também está muito longe de entregar o desempenho de outros computadores (desktops e portáteis) de 2500 euros.

Tome Nota
HP Omnistudio X 32-C0000NP | €2499
hp.com/pt

Benchmarks PCMark 10 Extended: 8504 • Essenciais 9726 • Produtividade 9205 • Criação de conteúdos 10660 • Jogos 14812 • 3DMark: Storage 1524 • CPU Profile 1 Thread/ Max Threads 969/7553 • Night Raid 38441 • Wild Life 37358 • Wild Life Extreme 13443 • Fire Strike 17625 • Fire Strike Extreme 8715 • Fire Strike Ultra 4103 • Time Spy 7722 • Time Spy Extreme 3553 • Solar Bay 31284 • Steel Nomad Light 7168 • Cinebench 2024: CPU Single/Multi 96/730 (MP Ratio 7,59x) • GPU 7598 • Geekbench 6 Single/Multi 2278/12464 • GPU 39295 • Final Fantasy XV (FHD, Standard) 9988 • Final Fantasy XV (4K, Standard) 3423

Ecrã Muito bom
Produtividade Muito bom
Jogos Satisfatório
Conetividade Muito bom

Características Ecrã IPS 32”, 3840×2160 p, 60 Hz • Proc. Intel Core Ultra 7 155H (16 núcleos, 22 threads), GPU Nvidia GeForce RTX 4050 (6 GB GDDR6), NPU Intel AI Boost • 32 GB RAM DDR5, 1 TB SSD (PCIE Gen 4) • Wi-Fi 7, BT 5.4 • 4xUSB-A (3.2), 1xUSB-C (3.2, DP), 1x USB-C, 1xHDMI (2.1 in), 1xHDMI (1.4 out), áudio 3,5 mm, RJ45 • Videoconferência: webcam 5 MP, 2x microfones, altifalantes 5 W • 714,8x200x565,5 mm • 9,56 kg

Desempenho: 4
Características: 4
Qualidade/preço: 3

Global: 3,7

De acordo com os últimos dados, o nosso país encontra-se no 29º lugar do Índice de Performance Ambiental da Universidade de Yale que classifica o tratamento do lixo no mundo inteiro, com base em três critérios: geração de resíduos sólidos urbanos per capita, resíduos sólidos controlados e recuperação de energia e materiais a partir de resíduos. Numa escala de 0 a 100, Portugal situa-se pouco acima do meio e, mais grave, registou apenas uma subida de 0,1 nos últimos dez anos.

Palavras-chave:

Nesta importante efeméride anual do Dia Mundial da Saúde, é especialmente relevante refletir sobre o papel dos médicos na saúde e como os preparamos para tal. O papel mais conhecido e visível dos médicos é aquele de tratar doenças, e é para isso, em momentos pontuais, que são procurados. No entanto, com o aumento progressivo da longevidade, particularmente no mundo ocidental, importa tomar medidas que permitam o mais possível que os cada vez mais longos anos de vida sejam anos de saúde. Isto também ajudará a reduzir os custos cada vez mais altos da prestação de cuidados, que absorvem dinheiro que podia ser utilizado em outras áreas fundamentais.

Lembremo-nos da definição de saúde proposta pela OMS: um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades. E este resultado obtém-se através duma abordagem que inclua todos os aspetos do doente, desde a prevenção de doenças e complicações ao acompanhamento psicológico e emocional dos doentes, especialmente relevantes para o tema deste ano de saúde materno-infantil: inícios saudáveis, futuros com esperança. Devemos realinhar a nossa atenção a estes aspetos e não só aos tratamentos de doenças que já se instalaram.

Os dois métodos mais usados na prevenção de doenças são a adoção de estilos de vida saudáveis, sejam eles alimentares, de atividade física ou estímulo intelectual, e a deteção precoce de doenças ou fatores de risco que possam resultar em doenças. Neste contexto, o médico tem um papel claro e central. Permite personalizar os conselhos de estilo de vida com os quais somos bombardeados diariamente pelas mais variadas fontes; intervém para modificar fatores de risco para doenças, prevenindo assim a sua instalação e subsequentes complicações; e age perante a deteção precoce doenças, obtendo assim melhores respostas a tratamentos. Deste modo, o médico pode promover a saúde de uma forma individualizada, tendo em conta cada aspeto da saúde da pessoa.

Como preparamos todo um grupo profissional que se foca, naturalmente, em resolver os problemas que os doentes lhes apresentam, a incluir esta promoção de saúde na sua prática do dia-a-dia?

O primeiro passo passará por redefinir aquilo que é ensinado nas Faculdades e o tempo e ênfase investido nas atividades de promoção de saúde. Para além disso, a inclusão dos alunos em ações de rastreio e aconselhamento desde cedo dá um corpo prático e aplicado àquilo que é ensinado na sala de aula. Com o tempo e a prática, esta atividade de promoção de saúde passará a fazer parte tão natural do ato médico como a auscultação do coração.

Mas não podemos descurar e papel central que um médico pode ter no bem-estar mental e social daqueles ao seu cuidado. O médico é muito mais que um bom técnico, conhecedor profundo do corpo humano. A sua vocação é acompanhar os seus doentes na saúde e na doença, apoiando e guiando, promovendo também o bem-estar mental e social. Aqui torna-se essencial dotar os jovens médicos de competências que lhes permita ter esta atitude, comunicando de modo profissional, mas empático, dando notícias difíceis de modo que os doentes se sintam acompanhados e amparados. Mais uma vez, é através da exposição a experiências e atividades em contextos reais que os médicos podem aperfeiçoar estas competências.

Nos nossos esforços em preparar médicos para o futuro, devemos reajustar o foco para aquele que sempre foi o centro da vocação médica: o doente. Com este objetivo e uma preparação prática e contextualizada dos desafios no mundo da saúde, podemos realmente educar profissionais que promovam o bem-estar físico, mental e social dos seus doentes.

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1. Mastroianni x 100

Os cem anos do nascimento de Marcello Mastroianni, o mais celebrado dos atores italianos, são assinalados na Festa do Cinema Italiano com um ciclo, que inclui clássicos de Fellini (8 ½ e La Dolce Vita), irmãos Taviani (Que Viva a Revolução!), Luchino Visconti (O Leopardo), Ettore Scola (Um Dia Inesquecível) e também de Manoel de Oliveira (Viagem ao Princípio do Mundo). Além disso, passa o documentário Mi Ricordo, Sì, Io Mi Ricordo, de Anna Maria Tatò; no Cinema São Jorge pode ver-se a exposição fotográfica Marcello… Anda Cá!; e haverá uma sessão de apresentação do livro La Bella Confusione, de Francesco Piccolo, sobre o cinema de Fellini e Visconti.

2. Ópera na Tela

A ópera, uma das expressões máximas da cultura italiana, é convidada de honra nesta Festa. Chegam ao grande ecrã cinco filmes-ópera, que permitem desfrutar de obras de grandes compositores em excelentes condições. A saber, La Traviata, de Giuseppe Verdi, com realização de Mario Matrone; La Forza del Destino, também de Verdi, por Leo Muscato; La Rondine, de Giacomo Puccini, por Irina Brook; e Il Boemo, filme de Petr Václav centrado no universo da ópera. Uma viagem visual e sonora, numa programação que inclui momentos musicais, como o concerto do Grande Duo Italiano.

3. Antonio Pietrangeli

Em terra de Visconti, De Sica, Antonioni, Pasolini, Fellini e Rossellini, a Festa do Cinema Italiano convida-nos a conhecer um outro mestre do cinema italiano. Antonio Pietrangeli morreu precocemente, aos 49 anos, em 1968, e esse talvez seja um dos motivos de a sua obra ser pouco conhecida. Contudo influenciou gerações de cineastas. Na Cinemateca Portuguesa vai passar uma retrospetiva integral da sua obra, que inclui filmes como Amore di Mezzo Secolo (1954), Adua e le Compagne (1960), Fantasmi di Roma (1961), La Parmigiana (1963), La Visita (1963), Il Magnifico Cornuto (1964), Le Fate (1966) e Come, Quando, Perché (1969).

4. Antifascismo e anticolonialismo

A Festa do Cinema Italiano deste ano tem uma grande componente histórica e política. A começar logo pelo filme de abertura, A Grande Ambição, de Andrea Segre, uma obra de fôlego centrada em Enrico Berlinguer, histórico líder do Partido Comunista Italiano, fundador do chamado eurocomunismo. O realizador estará presente na sessão (9 abr, qua 21h30, Cinema São Jorge). Decorre, ainda, o programa especial Sombras: Histórias de Colonização, Solidariedade e Libertação, comissariado por Mattia Tosti e Orsola Vannocci Bonsi, em que se procuram pontes entre Itália e Portugal. Do programa fazem parte várias curtas-metragens, mas também o documentário If Only I Were That Warrior, de Valerio Ciriaci. Há ainda espaço para um debate, com curadoria de Giulia Strippoli, com a participação de Giorgio de Marchis, Claudio Miscia, Sandro Moiso e Luca Peretti.

5. Antestreias

Uma oportunidade para ver, em primeira mão, filmes que mais tarde vão estrear nas salas. Alguns dos realizadores estarão presentes no festival. São os casos de Antonio Piazza e Fabio Grassadonia (O Último Padrinho) e Samir (La Prodigiosa Transformazione della Classe Operaia in Stranieri). De resto, destaca-se Marcello Mio, comédia de Christophe Honoré, com Chiara Mastroianni; O Regresso de Ulisses (Itaca ‒ Il Ritorno), de Uberto Pasolini; e Vermiglio, de Maura Delpero, vencedor do Leão de Prata no Festival de Veneza. E ainda dois grandes sucessos de bilheteira em Itália: Diamantes, de Ferzan Özpetek, e LoucaMente, de Paolo Genovese.

6. Cicciolina e a Diva Futura

Nos anos 1980, Riccardo Schicchi e Ilona Staller (mais conhecida como Cicciolina) criaram a produtora Diva Futura, que acabou por ser responsável pelo aparecimento de uma certa indústria porno italiana. O filme de Giulia Louise Steigerwalt centra-se na figura de Schicchi, retratado como um sonhador, de ideais hippies, que leva a ideia de amor livre ao extremo hardcore, mas procurando sempre um conceito de beleza, que acabou por ser desvirtuado pelos seus concorrentes. Diva Futura faz também o retrato de três atrizes marcantes que por ali passaram. A começar por Cicciolina, que se tornou o maior ícone, mas também Moana Pozzi, que chegou a ser candidata à Câmara de Roma, e Éva Henger, mulher de Ricardo, e uma das mais mediáticas figuras do porno italiano. Um filme ousado, por vezes confuso na forma, que pede uma reflexão sobre a indústria de cinema pornográfico. Diva Futura será o filme de encerramento da Festa do Cinema Italiano (17 abr, qui 21h30, Cinema São Jorge) e culminará com uma festa “proibida”, intitulada Palazzo Cicciolina, cheia de motivos eróticos kitsch, no Palácio do Grilo.

7. Cine-jantar

Como já é tradição, a festa do cinema italiano propõe um cine-jantar. A ideia é conciliar um refinado repasto da melhor comida italiana, com um filme clássico, fazendo uma ligação entre o filme e a ementa proposta. O local permanece secreto, e só próximo da data será revelado. Sabe-se que vai decorrer dia 15 em Marvila e no dia 14 em Cascais.

Festa do Cinema Italiano > Cinema São Jorge, El Corte Inglés, Cinemateca e outros locais de Lisboa > 9-17 abr > programa completo aqui

Palavras-chave:

Nesta frenética pré campanha antecipada, em que Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos tentam inverter os resultados (PNS) e o primeiro-ministro procura a estabilidade, tendo como modelo mínimo o que aconteceu na Madeira, todas as propostas são admissíveis — no conteúdo, na forma — mas incumpríveis.

Pedro Nuno Santos sabe que estas eleições são, na prática, um referendo nacional ao primeiro-ministro, ao Governo e à Assembleia da República. E, nessa medida, tudo se torna mais difícil, mais duro e mais complexo. Estas eleições são um caso raro: os eleitores não vão escolher Pedro Nuno Santos como primeiro-ministro, mas deixar Luís Montenegro mais forte, duradouro e a rever políticas socialistas. Pedro Nuno Santos terá o seu tempo, que não é agora.

Está bastante claro que a tarefa do líder socialista é ímpar. Ele não batalha para ser o futuro primeiro-ministro (conviria que o PS não cometesse o erro de afastar Pedro Nuno Santos no caso de uma derrota), mas sim para evitar que o país sofra do síndroma do cansaço da instabilidade. Os portugueses eleitores e não eleitores querem um Governo solidamente sustentado na Assembleia da República, e um primeiro-ministro que conta com onda de simpatia e de bom desempenho governativo — e apenas 11 meses de exercício. A 18 de maio, trata-se apenas de fazer uma cruzinha muito simples no boletim de voto: querem Luís Montenegro como primeiro-ministro ou não? É a disputa em causa!

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“Estes ataques russos têm de acabar. Precisamos de um cessar-fogo o mais rapidamente possível. E de uma ação forte se a Rússia continuar a procurar ganhar tempo e a recusar a paz”, escreveu Emmanuel Macron na rede social X.

“Enquanto a Ucrânia aceitou a oferta do Presidente Trump de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias há quase um mês, e enquanto trabalhamos com todos os nossos parceiros em maneiras de alcançar a paz, a Rússia continua a guerra com intensidade crescente, ignorando os civis”, lamentou o Presidente francês, referindo-se a “vários ataques russos”, no sábado à noite, “que tiveram como alvo áreas residenciais” na capital Kiev

“Por quanto tempo a Rússia ignorará as propostas de paz dos Estados Unidos e da Ucrânia enquanto continua a matar crianças e civis?”, questionou ainda Macron.

Também Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou este domingo que os ataques aéreos russos contra a Ucrânia estão a aumentar, mostrando que a pressão internacional sobre Moscovo é “ainda insuficiente”.

Lusa/Fim