Os cancelamentos aconteceram depois de o instituto de meteorologia britânico, Met, emitir um alerta de ventos fortes, de 80 quilómetros por hora, devido à passagem da tempestade.

Para além disso, espera-se que hoje seja o dia mais quente do ano até à data, com temperaturas em grande parte do país até aos 22 graus centígrados.

O Met disse que a tempestade ‘Kathleen’ é a causa das temperaturas mais quentes, porque a sua localização, a oeste do Reino Unido, está a trazer vento do sul.

O instituto alertou ainda para os riscos da agitação marítima, devido à forte ondulação nas zonas costeiras do oeste do território britânico, podendo a tempestade afetar também serviços ferroviários, aéreos e de ferry.

‘Kathleen’, batizada pelo serviço meteorológico irlandês Met Eireann, é a décima primeira tempestade a receber um nome nos últimos oito meses.

IMA // JMR

O antigo presidente da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC) e chefe da Missão lusa aos Jogos Olímpicos Londres2012, Mário Santos, vai ser diretor-geral das modalidades do FC Porto, caso André Villas-Boas triunfe nas eleições.

“Tem uma experiência única e singular nas instâncias nacionais e internacionais. Caberá ao Mário Santos assegurar o edifício organizativo das modalidades do clube, entender o crescimento da sua formação, reforçar a competitividade das modalidades em atividade – incluindo nelas a vertente feminina -, continuar a aposta no desporto adaptado e integrar novas modalidades, que se enquadrem na estratégia e cultura do clube”, anunciou hoje o ex-treinador da equipa de futebol dos ‘azuis e brancos’, em sede de campanha, no Porto.

Líder da FPC entre 2004 e 2013, ano em que cessou uma passagem de cinco anos pela Comissão Executiva do Comité Olímpico de Portugal (COP), Mário Santos distinguiu-se como chefe das Missões lusas aos Jogos Olímpicos da Juventude Singapura2010 e aos Jogos Olímpicos Londres2012, ostentando um vasto currículo de experiências no setor.

“Temos de criar bases para um crescimento eclético e sólido, que nos permita de forma sustentada ter equipas competitivas, com atletas que estão em seleções nacionais e nas Missões olímpicas. Que o FC Porto continue a ganhar como até aqui tem feito, mas que também continue a crescer, a formar e a ser exemplar”, acrescentou André Villas-Boas.

O advogado evoluiu, entre outros cargos, como vice-presidente da Associação Europeia de Canoagem, entre 2007 e 2015, e teve experiências como diretor do painel de controlo antidoping e líder do comité de kayak de mar da Federação Internacional de Canoagem, entidade na qual desempenhou ainda funções como assessor jurídico, de 2008 a 2021.

Nomeado pelo Governo como especialista no Conselho Nacional do Desporto, de 2016 a 2024, Mário Santos, de 52 anos, integrou o Conselho Geral da Universidade de Coimbra, entre 2013 e 2018, e vai exercendo advocacia com especialização em direito desportivo.

As eleições dos órgãos sociais do FC Porto para o quadriénio 2024-2028 são disputadas por três candidaturas, lideradas por Pinto da Costa (lista A), André Villas-Boas (B), antigo treinador da equipa de futebol, e Nuno Lobo (C), empresário e professor, incluindo ainda uma lista independente ao Conselho Superior comandada por Miguel Brás da Cunha (D).

O ato eleitoral decorrerá em 27 de abril, entre as 09:00 e as 20:00, no Estádio do Dragão, no Porto, numa altura em que Pinto da Costa está a cumprir o 15.º mandato consecutivo, que lhe atribui o estatuto de dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial.

 

RYTF // JP

O piloto neerlandês Max Verstappen (Red Bull) conquistou hoje a ‘pole position’ para o Grande Prémio do Japão de Fórmula 1, quarta prova do Campeonato do Mundo, fazendo o pleno nas corridas já disputadas.

Verstappen gastou 1.28,197 minutos na sua melhor volta, deixando o companheiro de equipa, o mexicano Sérgio Pérez (Red Bull), na segunda posição, a apenas 0,066 segundos, com o britânico Lando Norris (McLaren) em terceiro, a 0,269.

“Foi um final bastante apertado. Este circuito é muito sensível para os pneus, com um asfalto muito agressivo. Mas, no geral, foi um bom dia e temos uma posição de partida para a corrida”, frisou o tricampeão mundial, após uma qualificação em que não exerceu um domínio tão intenso quanto tem sido habitual.

De facto, Max Verstappen conquistou as quatro ‘pole positions’ para as quatro corridas desta temporada, chegando às 36 na carreira, em 188 Grandes Prémios (uma percentagem superior a 19%), sendo já cinco consecutivas, contando a última corrida da época passada, em Abu Dhabi.

Desta vez, o piloto neerlandês ficou com Sérgio Pérez a apenas 66 milésimas de segundo.

“É bom para a equipa colocar os dois carros nos dois primeiros lugares e esperamos que o consigamos repetir amanhã [no domingo] na corrida”, frisou Verstappen.

Depois da vitória na Austrália, há duas semanas, o espanhol Carlos Sainz (Ferrari) não foi agora além da quarta posição na grelha de partida, a quase meio segundo do mais rápido (a 0,485 segundos), com o compatriota Fernando Alonso (Aston Martin) logo atrás, a apenas quatro milésimas de segundo.

O australiano Oscar Piastri (McLaren) foi o sexto, seguido do primeiro dos Mercedes, cuja evolução no desenho da carroçaria desta temporada não tem trazido os resultados esperados.

O britânico Lewis Hamilton foi, pela primeira vez este ano em qualificação, o melhor dos ‘flecha de prata’, na sétima posição, enquanto que o seu companheiro de equipa e compatriota, George Russell, não fez melhor do que o nono posto, atrás do monegasco Charles Leclerc (Ferrari), batido novamente por Sainz.

O japonês Yuki Tsunoda (RB), a correr em casa, fechou o lote dos 10 mais rápidos.

 O Grande Prémio do Japão é a quarta ronda da temporada.

Apesar de ter desistido na ronda anterior, na Austrália, com problemas nos travões do seu Red Bull, Verstappen chega a esta prova na liderança do campeonato, com 51 pontos, mais quatro do que Leclerc, que é segundo, e cinco do que Pérez, que é terceiro.

O tricampeão mundial venceu duas das três corridas disputadas, enquanto Sainz celebrou na Austrália.

 

AGYR // JP

Mais de metade da população mundial, cerca de 4,5 mil milhões de pessoas, não tem ainda acesso a serviços essenciais de saúde, lembrou a Organização Mundial de saúde (OMS) na véspera da comemoração, no domingo, do 76.º aniversário da sua criação.

O Dia Mundial da Saúde, que assinala o nascimento da OMS em 7 de abril de 1948, tem este ano o lema “A minha saúde, o meu direito”, com que a agência mundial da saúde pretende recordar que muitas promessas de saúde para todos não estão a ser cumpridas e, mesmo nos locais onde o são, existe o perigo de retrocesso.

“Em todo o mundo, o direito à saúde está em risco devido à falta de ação política, de responsabilidade ou de financiamento”, afirma em comunicado da OMS emitido para assinalar o dia internacional.

A agência de saúde da ONU recorda ainda que dois mil milhões de pessoas sofrem de problemas financeiros para pagar os cuidados de saúde, uma situação que se agravou nas últimas duas décadas.

Para resolver estas questões, a OMS apelou para um investimento global entre 200 mil milhões e 328 mil milhões de dólares, por ano, para aumentar os cuidados de saúde primários nos países em desenvolvimento, o que equivaleria a cerca de 3,3% do PIB mundial.

A organização sublinha que não são apenas as barreiras financeiras que impedem a universalização da cobertura de saúde, mas também a marginalização de grupos como as minorias étnicas, os migrantes e refugiados, as pessoas com deficiência, as pessoas LGBTQI+, entre outros.

“A OMS apela a todos os governos para que garantam que todas as leis, todas as políticas, façam avançar o direito à saúde: desde a tributação do tabaco, do açúcar ou do álcool, à eliminação das gorduras trans, ao fim dos subsídios aos combustíveis ou à garantia de um trabalho digno para os profissionais de saúde”, afirmou.

A agência da ONU recordou ainda que foram perpetrados numerosos ataques a instalações de saúde em vários conflitos atuais, o que “é um dos exemplos mais flagrantes de violação do direito à saúde”.

RCP // JMR

Palavras-chave:

“O vosso empenho, inspirado nos princípios de humanidade, imparcialidade, neutralidade, independência, serviço voluntário, unidade e universalidade, é também uma prova visível de que a fraternidade é possível”, disse o pontífice aos membros da Cruz Vermelha.

Francisco defendeu que “se a pessoa é colocada no centro, é possível dialogar, trabalhar em conjunto para o bem comum, superando as divisões e derrubando os muros da inimizade e a lógica do interesse e do poder que fazem do outro um inimigo”.

O Papa recebeu na Sala Paulo VI cerca de 8.000 voluntários da Cruz Vermelha para celebrar o 160.º aniversário da fundação da organização, em 15 de junho de 1864, como “Comité da Associação Italiana de Socorro aos Feridos e Doentes de Guerra”.

“Perante a devastação e o sofrimento causados pela guerra, ainda hoje, não o esqueçamos, houve um surto de humanidade que se traduziu em gestos e ações concretas de assistência e cuidado, sem distinção de nacionalidade, classe social, religião ou opinião política”, elogiou.

Francisco disse à Cruz Vermelha italiana que a sua presença “é eficaz e preciosa”, sobretudo em contextos em que “o clamor das armas abafa o grito dos povos, a sua ânsia de paz e o seu desejo de futuro”, pelo que agradeceu aos voluntários.

“Para o crente, cada pessoa é sagrada. Cada ser humano é amado por Deus e, por conseguinte, tem direitos inalienáveis. Animadas por esta convicção, muitas pessoas de boa vontade encontram-se, reconhecendo o valor supremo da vida, daí a necessidade de defender sobretudo os mais vulneráveis”, disse.

O pontífice afirmou que “os mais vulneráveis são as crianças” e lembrou que chegaram a Itália muitas vindas da guerra na Ucrânia: “Sabem uma coisa? Estas crianças não sorriem, esqueceram-se da capacidade de sorrir. Isto é feio para uma criança. Pensem nisso”, disse.

O Papa argentino agradeceu à Cruz Vermelha pelo seu “serviço insubstituível” em zonas de conflito ou atingidas por catástrofes ambientais, mas também pela sua ajuda aos migrantes.

“Que a Cruz Vermelha continue a ser sempre um símbolo eloquente de um amor entre irmãos e irmãs que não tem fronteiras geográficas, culturais, sociais, económicas ou religiosas”, exortou.

Advertindo que “nenhum contexto pode ser considerado livre de sofrimento”, Francisco apelou para que se “globalize a solidariedade, atuando a nível nacional e internacional”.

“Precisamos de normas que garantam os direitos humanos em todo o lado, práticas que alimentem a cultura do encontro entre pessoas capazes de olhar o mundo com uma perspetiva abrangente”, disse.

O Papa leu o seu discurso sem problemas, embora tossindo de vez em quando, depois de problemas respiratórios causados por uma gripe e que, nas últimas semanas, o impediram de proferir as suas homilias e mensagens em público.

Na audiência com os voluntários da Cruz Vermelha italiana, Francisco apareceu na cadeira de rodas que utiliza habitualmente devido aos seus conhecidos problemas de mobilidade e cumprimentou demoradamente os milhares de voluntários, chegando mesmo a usar o boné e uma pulseira da organização.

PD // JMR

Interrogado se está arrependido da alteração do logótipo, respondeu: “Era o que faltava.”

“Os compromissos da campanha são para cumprir, e esse foi um deles, que eu não quero fugir a essa questão. E quero dizer que aqueles que porventura possam pensar que nós nos incomodamos com as notícias que fazem sobre nós, desenganem-se”, acrescentou o primeiro-ministro.

Os membros do XXIV Governo Constitucional chegaram a Óbidos pelas 09:30, de autocarro. Na Porta da Vila, Luís Montenegro conversou durante alguns instantes com agricultores, com a comunicação social à distância.

Depois, num percurso a pé até à Câmara Municipal de Óbidos, falou brevemente aos jornalistas.

O primeiro-ministro disse que a reunião informal de hoje tem como objetivo juntar todos os novos governantes pela primeira vez.

Luís Montenegro escusou-se a falar do processo de escolha dos governantes e não respondeu se tenciona ou não apresentar uma proposta de Orçamento do Estado retificativo nem se pretende fazer já neste ano uma redução de impostos.

O primeiro-ministro e os 17 ministros do XXIV Governo, tomaram posse na terça-feira, 23 dias depois das eleições legislativas. Os 41 secretários de Estado foram empossados na sexta-feira.

IEL // NS

Palavras-chave:

A definição dos critérios para indemnizações financeiras às vítimas de abuso sexual no seio da Igreja Católica vai dominar os trabalhos da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que reúne em Fátima a partir de segunda-feira.

Os bispos católicos portugueses vão ter como principal instrumento de trabalho uma proposta apresentada pelo Grupo VITA, com a sua coordenadora, a psicóloga Rute Agulhas, a não esconder que a expectativa é de que, “nesta reunião se chegue a um consenso e que o processo [indemnizatório] possa iniciar-se pouco tempo depois”.

Até esta semana, 19 vítimas de abuso sexual no seio da Igreja Católica em Portugal já haviam manifestado a vontade de serem indemnizadas financeiramente pelos danos sofridos ao Grupo VITA — ao qual foram reportadas 86 situações.

O Grupo VITA, organismo criado pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) na sequência do trabalho da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica – que ao longo de quase um ano validou 512 testemunhos de casos ocorridos entre 1950 e 2022, apontando, por extrapolação, para um número mínimo de 4.815 vítimas — adiantou ter “realizado um total de 56 atendimentos” e que estão “mais atendimentos agendados ainda para o presente mês de abril”.

Desde que iniciou o seu trabalho, o Grupo VITA sinalizou já 50 situações à Igreja e 18 à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Judiciária, adiantou Rute Agulhas à agência Lusa.

Em fevereiro, o Conselho Permanentes da CEP, assegurou que “a Igreja Católica em Portugal continua a manifestar a sua total disponibilidade para acolher e escutar as vítimas a quem foram infligidas tão duras vivências, através do Grupo VITA, das Comissões Diocesanas ou de encontros diretos com bispos em cada uma das dioceses, e reafirma a sua firmeza na implementação de uma cultura de proteção e cuidado das crianças, jovens e adultos vulneráveis no âmbito eclesial, contribuindo também para o diálogo sobre a violência sexual de crianças na sociedade em geral”.

Além desta questão das indemnizações às vítimas de abuso sexual, o episcopado católico vai também preparar duas notas pastorais, uma sobre os 50 anos do 25 de Abril de 1974, e outra sobre o 5.º Congresso Eucarístico Nacional, que começará em Braga no final de maio.

Durante os quatro dias de reunião, a CEP vai, ainda, debruçar-se sobre o relatório referente ao processo sinodal na Igreja, tendo em conta a reunião magna que decorrerá em outubro no Vaticano, bem como a visita Ad Limina que os bispos portugueses farão ao Vaticano entre 20 e 24 de maio.

A preparação do Jubileu do próximo ano e o relatório de contas de 2023 do Secretariado-Geral da CEP são outros assuntos que os bispos debaterão em Fátima.

Os trabalhos começam na tarde de segunda-feira, com uma intervenção do presidente da CEP, José Ornelas.

JLG // ZO

Palavras-chave: