Kiev – 22 a 24 de Agosto de 2023: O nosso Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, é irrepetível. Foi um sucesso em Kiev – todos reconhecemos – e não apenas mediático. Politicamente puxou pelas expetativas da Ucrânia, e do seu Presidente, e mostrou, abertamente, que Portugal não tem posições dúbias, escondidas ou mascaradas. Há, ainda, um outro lado que só este PR sabe mostrar, e que vale mais do que qualquer outro: é afetuoso, carismático e motivador. Foi o que fez em Kiev, e muito bem.
Zelensky foi surpreendido, agradavelmente, e foi o primeiro a reconhecer que a visita do PR tinha tido um efeito muito moralizador para si, para a sua equipa, para o seu Governo, e para os ucranianos. «Faz-me muito bem!». Sendo o vértice constitucional da representação de Portugal, o Presidente tem cumprido exemplarmente esse papel. Ler um discurso em ucraniano, sem ter treinado, e numa cerimónia de pompa e circunstância, só poderia ser feito por Marcelo Rebelo de Sousa. Confiou nas suas capacidades, e cumpriu.
Há um gemido de dor na comitiva. Marcelo é imparável e inesgotável. Começa às 7 horas da manhã, e termina às 23 horas sem nenhum problema. Todos os dias, se necessário. E mesmo com um programa carregado, muito, consegue sempre fazer mais uma coisa, caminhar mais uns quilómetros, e tirar «selfies» a mais umas centenas. Nunca está parado, jamais se mostra cansado, e em tempo algum deixou de ouvir ou atender a um lamento.
Zelensky virá a Portugal, um dia, e o PR voltará a Kiev, quem sabe se ao território reconquistado, muito antes de terminar o seu mandato. Cabe-lhe, agora, ajudar a cativar a América Latina e África, para a justa causa ucraniana. E nisso o PR é bom, ativo, e não perde tempo.
Notas finais: Foi uma honra viajar com o Presidente da República à Ucrânia. E com a sua Casa Civil e Militar. E com os seus Destacamentos de Segurança. E com o MNE e comitiva. Espero que isso tenha transparecido nestas VII colunas de impressões pessoais e intransmissíveis (não fui para fazer uma reportagem ou um comentário).
2. Também foi uma honra conhecer de perto, e naquelas circunstâncias, os meus companheiros de comitiva: João Soares e José Pacheco Pereira. Dois Senhores. Sábios, singelos e inesquecíveis. Agradeço ao PR, de novo, pela companhia. Voltaremos juntos, um dia, quando o Presidente regressar a Kiev.
3. Fiquei com uma excelente impressão do nosso ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho. Não o conhecia. Só de ler, ver, escrever e comentar. É calado, mas atento, e tem a grande vantagem, viu-se na Ucrânia, e certamente noutras circunstâncias, de ter sido ministro da Defesa. Sabe do que fala, e do que Portugal pode fazer.
PARA SABER MAIS
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.