Há muito tempo, sem memória específica, que globalmente não se começava um ano com tantos indicadores negativos. Com tantos fatores incontroláveis. Com tantas situações desfavoráveis.
2023 apresenta-se com um ar péssimo, desastrado e infeliz. Mas será assim? Nem pensar. Nada disso. Era o que faltava.
É verdade que temos uma guerra na Europa, uma crise energética grave, uma inflação incomportável, uma subida dos juros insustentável, e uma recessão adivinhável, mas tudo isto vai passar, e mudar. Talvez ainda em 2023, ou em 2024, ou um dia destes.
A expetativa para este ano é tão baixa, ou até inexistente, que qualquer sinal acima do zero parecerá uma vitória histórica e inesquecível. E isso já é muito animador, muito promissor, muito consolador.
Não vale a pena enumerar as crises que ainda vamos enfrentar, ou os desfechos desagradáveis que vamos conhecer. O que vier, vem. 2023 nunca desiludirá, é garantido.