José Carlos de Vasconcelos
E, agora, PSD e PS entendam-se
Os resultados de 18 de maio mostram-nos por um lado um país moderado, desejoso de estabilidade política; por outro lado um país zangado, irado, despolitizado

A 'nova' realidade política
O Presidente deverá deixar cair a exigência de um governo de 'maioria'. Mas agora, para governar, a coligação vai ter que dialogar muito, negociar e ceder, ao que não está habituada...

Uma campanha 'decisiva'
O vencedor das eleições pode depender do 'voto útil' no PS de potenciais votantes de forças de esquerda nos círculos em que não têm qualquer possibilidade de eleger deputados

Tudo em aberto para as Legislativas
A clara maioria, segundo as sondagens, das forças que se reclamam de centro-esquerda /esquerda, não pode ou não deve deixar de ter leitura e consequências políticas

O PS e o 'empate' nas sondagens
António Costa tem de focar e apurar muito o foco da 'mensagem' do PS. E é-lhe essencial sublinhar com rigor e vigor o que foram os quatro anos de Governo PSD/CDS

Das listas e 'arredores'
O PS aprovou um indispensável Código de Ética, que todos os candidatos devem subscrever; o PSD aprovou uma deplorável disciplina de voto, sempre que o grupo parlamentar o decida

Uma rara mulher-cidadã
Maria Barroso fica como símbolo de mulher que em várias frentes combateu pela liberdade, ergueu a voz para dizer 'não', para pugnar por causas e valores

O 'caso' Sócrates: o penal e o político
Tudo que é suspeito deve ser investigado. Com respeito pelos direitos de quem não pode ser beneficiado, mas também não perseguido ou prejudicado, por ter sido primeiro-ministro

Partidos & contradições
Face ao agora acrescido número de novos partidos, mais se impõe uma lei que acabe com partidos hoje de facto inexistentes, mas que aparecem a concorrer a eleições, às vezes como uma espécie de barrigas de aluguer

Polícias e... privatizações
É inadmissível, desde logo em defesa da própria Polícia, que o polícia agressor não tenha sido suspenso e o comunicado policial se limite a anunciar burocraticamente um inquérito

Assim vamos nós
O elogio de Passos Coelho a Dias Loureiro ofende quem preza a moral e a transparência políticas; e apontá-lo como exemplo de empresário bem sucedido ofende os verdadeiros empresários

As eleições 'fundadoras'
O Presidente Costa Gomes teve uma intervenção decisiva para a realização das eleições para a Constituinte. No final do ano do seu centenário, é mais do que tempo de lhe fazer alguma Justiça

Nóvoa e as presidenciais
Qualquer candidato presidencial que apareça como 'emanação' de um partido, ou vinculado a ele, ou muito ligado à prática política dominante, será derrotado

O PS e as alianças
A avaliação do que é melhor para o País e as alianças só se pode(m) fazer no concreto, face aos resultados eleitorais e suas consequências nos próprios partidos

Do pecadilho ao "pecado"
A qualificação de 'humildade' por parte de Passos Coelho ao reconhecer as suas faltas só faria sentido se tivesse sido ele a confessá-las antes de descobertas por uma investigação jornalística

Dignidade, (não) dizem eles...
Um dos nossos dramas é ter à frente do Governo alguém que não consegue perceber quando - e quanto - a dignidade de Portugal e dos portugueses foi atingida

Portugal e a Grécia
Seria inadmissível que, como já aconteceu, o Governo proclamasse que não somos a Grécia como se isso fosse um 'feito' contra o interesse nacional, não aproveitando benefícios que podíamos ter só para afirmar tal diferença

Do BES à TAP: voos "baixos"
Privatizar a TAP a nove meses de eleições, contra toda a Oposição, os seus trabalhadores, a opinião maioritária dos portugueses, constitui um ato lesivo para o País

O Congresso de António Costa
A forma como o Congresso do PS decorreu não podia ser melhor para o partido e para o seu novo líder, o que de toda a evidência a ele se ficou fundamentalmente a dever

Nem tudo o que reluz é 'gold'
É bastante significativa a quantidade de políticos que se descobre serem ou terem sido sócios de empresas, nas quais, porém, nunca fizeram nada e de que nunca receberam um tostão...

Timor: um 'amor' infeliz?
Agora, olhamos para Xanana e não vemos a figura lendária que simbolizava a resistência do povo timorense, mas o político à frente de um país produtor de petróleo, de braço dado com o ditador Obiang
