O nome do álbum é um tributo ao bispo Desmond Tutu e valeu a Miles Davis um Grammy. Estávamos em 1986 e “Tutu” chegava em vinil a lojas de todo o mundo. O disco que deveria ter sido uma colaboração entre o trompetista e Prince (era conhecida a admiração mútua entre os dois génios) tem um solo fantástico na música que dá nome ao álbum. “Tutu” (que pode ser ouvido no Spotify https://open.spotify.com/album/6jwHlT630B8BSlq9ITLCnq) está imortalizada na fita usada no estúdio de gravação. Esse suporte analógico consegue reter toda a informação no seu estado mais puro – com todo o pormenor da informação. No entanto, a fita é finita, mesmo se salvaguardas as condições de armazenamento ideais: baixa temperatura, reduzida humidade e, entre outras, a escuridão total. Por isso, depois de algumas dezenas de anos guardadas com todo o cuidado, essas informações têm de ser copiadas para novas fitas. Não há outra forma de garantir a viabilidade dos dados originais mantendo-os íntegros e o mais possível fieis à gravação primordial. Ou não havia. Em maio deste ano, uma gravação de Miles Davis a tocar “Tutu” no Festival de Montreaux foi gravada em ADN.
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