Imagine o momento em que uma célula cancerígena se começa a formar. O repto é deixado por Martin Cooper, o pai do telemóvel que antes de ser o pai do telemóvel também já era conhecido como o pai do beeper. Desengane-se quem espera um desfile de memórias típico dos homens que se contentam em ver o mundo do topo da montanha que um dia decidiram escalar. Martin Cooper é um futurista – na mais genuína aceção da palavra. Futurista porque no passado fez o presente que hoje vivemos. E aos 88 anos não renega o passado brilhante, mas não desiste de continuar a propor esse mesmo futuro. Por isso tem de apelar à capacidade de imaginação para o que ainda não existe. Para o momento em que um cancro se forma num corpo e poderá desencadear uma reação adequada de imediato – entre outros exemplos possíveis que a lenda desfiou no auditório do Parque de Exposições de Aveiro, para assinalar, durante a feira Techdays, os 25 anos do Instituto de Telecomunicações.
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