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As ondas que Donald Trump faz do outro lado do Atlântico batem na nossa costa com estrondo. Desde que tomou posse, é só inquietação. Porque os grandes narcisos precisam de estar sempre em palco, buscando nos holofotes a sua vitamina D

Donald Trump fez uma declaração de guerra unilateral a mais de uma centena de países. E, mais do que “tarifas recíprocas”, o que eles está a fazer é a atacar a economia mundial com “tarifas de retaliação” aos países que vendem mais aos americanos do que aquilo que lhes compram

O rearmamento da Europa pode ter implicações muito mais profundas nas nossas vidas e no nosso futuro coletivo do que as eleições antecipadas que se avizinham

Nessa construção que é o amor romântico, exaltada pela cultura de massas, quantos abusos e mortes às mãos da ideia do "para sempre", da fusão de almas num sentimento de posse e pertença

Acresce ao ridículo o facto de ser um político bastante "virulento" a insultar os outros e a espalhar informações falsas, tanto nas sessões plenárias da Assembleia da República quanto nas redes sociais

Se o caminho parece ser o de evolução para uma maior garantia dos direitos reprodutivos das mulheres - e qualquer cenário a andar para trás parece distópico -, basta recordar o que aconteceu nos EUA nos últimos anos para nos recordarmos que nada é garantido, nenhum direito está isento de ruir

Quando observa o mundo, Donald Trump só vê oportunidades de negócio. Mas nunca aquele tipo de negócios em que as duas partes podem sair vencedoras. Para Trump, ou se ganha ou se perde. E o seu grande jogo do Monopólio vai começar a 20 de janeiro, condicionando, a partir dessa data, tudo o resto que possa ocorrer ao longo deste ano de 2025

Emmanuel Macron está perdido no labirinto que ele próprio criou. E, por melhor mestre de cerimónias que se possa mostrar na Notre-Dame, como fez nos Olímpicos, a sua estrela já não brilha nem impressiona os franceses divididos

Será desta que José Sócrates se submete a julgamento, acata uma sentença e um trânsito em julgado? Ou continuamos no delírio de quem pode pagar a bons advogados para recorrer a tudo e mais alguma coisa com o objetivo de evitar sentar-se no banco dos réus?

Para os mais ricos ficarem ainda mais ricos não lhes basta um bom dia na bolsa. Eles precisam de prolongar o efeito-Trump ao longo dos próximos anos. E garantirem que estão perto do centro de decisão, com capacidade de influenciar legislação

O discurso para desacreditar os resultados já anda à solta, sobretudo na boca de Donald Trump, com base numa estratégia já repetida em 2020: a de que houve fraude eleitoral