Porto, 30 jun — O presidente da Câmara do Porto explicou hoje que extinguir o fundo criado para demolir o bairro do Aleixo em vez de o recapitalizar, como foi aprovado pelo executivo, deixaria a autarquia “sem guito [dinheiro] e sem casas”.
“Seria mais fácil liquidar o fundo, porque atiraríamos as culpas para o anterior executivo. Mas tal teria um impacto altamente negativo. Um dos acionistas estava nas mãos de uma comissão liquidatária e, no contrato [herdado da liderança do social-democrata Rui Rio] havia uma violação do Plano Diretor Municipal. Ficávamos sem guito e sem casas [para realojar os moradores do bairro]”, frisou Rui Moreira.
O autarca falava durante a reunião pública do executivo em que foi aprovado, com o voto contra da CDU, o aumento de capital do Fundo Especial de Investimento Imobiliário (FEII) através da entrada no negócio do acionista Mota-Engil, com dois milhões de euros.