Ninguém pode acusar a Xiaomi de imprevisibilidade nos lançamentos. Uma vez mais, a série topo de gama foi lançada na Europa no Mobile World Congress. E, como no ano passado, foi o lançamento mais importante da feira de Barcelona no que diz respeito a smartphones. A versão Ultra, aqui testada, é, claro, a mais desejada. Até porque a capacidade das câmaras tem sido a característica mais valorizada pelos utilizadores que procuram smartphones de topo e o Xiaomi 15 Ultra, como o antecessor, pretende conquistar o trono na fotografia. Contudo, ao debruçarmos sobre as especificações e inovações, surge a questão: terá a Xiaomi conseguido dar o salto qualitativo que os entusiastas da tecnologia e, sobretudo, da fotografia aguardavam?

Câmaras Leica, um olhar crítico
A colaboração com a Leica continua a ser o pilar central da proposta fotográfica do Xiaomi 15 Ultra. O conjunto de câmaras traseiras, proeminentemente destacado no design do dispositivo, mantém o sensor principal Sony tipo 1 polegada e 50 MP, um componente de qualidade inegável que já impressionou no modelo anterior. A grande novidade reside no novo sensor telefoto de 1/1.4 polegadas e 200 MP na câmara telefoto periscópica (zoom de 4,3x). Este aumento de resolução garante capturas com maior detalhe em distâncias focais mais longas, representando a atualização mais significativa no hardware fotográfico. Naturalmente, a resolução extra permite maiores ampliações. O que significa que, na prática, o zoom digital mantém mais qualidade em valores elevados. As outras duas câmaras, zoom de 3x e ultra grande angular) mantém as características (sensores de 50 MP). É importante destacar que só uma das quatro câmaras, a ultra grande angular, não tem estabilizador ótico.