A Apple aprovou, nesta quarta-feira, a realização de testes alargados da aplicação Stayaway Covid. A luz verde dada pela tecnológica americana, cocriadora do sistema de rastreio de contactos de proximidade de infetados pelo coronavírus conhecido como GAEN, em conjunto com a Google, permite que os utilizadores de iPhone que se inscreveram para o teste-piloto possam usar a aplicação através da ferramenta TestFlight, que permite a utilização de aplicações ainda em desenvolvimento.
Mas a aprovação da Apple chega quase uma semana depois de já ter terminado o teste-piloto – decorreu entre 17 de julho e 7 de agosto – organizado pelo INESCT TEC, que está responsável pelo desenvolvimento da aplicação. Contactado pela Exame Informática, o instituto garante que o teste-piloto está encerrado e que não haverá um novo teste-piloto que englobe os utilizadores de smartphones com iOS.
O teste-piloto nacional foi feito apenas em smartphones do sistema operativo Android – segundo dados do INESC TEC, “944 utilizadores de telemóveis Android participaram no teste”.
A disponibilização alargada da versão de testes para iOS era uma das últimas barreiras que faltava ultrapassar tendo em vista a disponibilização da aplicação Stayaway Covid para o grande público. Outros dois requisitos que no início de julho ainda não eram cumpridos – integração com os servidores dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e enquadramento legal – também já foram entretanto garantidos. Outra etapa era a disponibilização do código-fonte da aplicação, algo que aconteceu já no final de julho e que rapidamente resultou no primeiro problema encontrado na app.
À Exame Informática, o INESC TEC adianta que o lançamento está por dias, mas não se compromete com uma data específica para o lançamento da Stayaway Covid.
Instalar ou não instalar?
Na Exame Informática nº 302 (edição que está atualmente em bancas) pode ler os argumentos a favor e contra a utilização da aplicação Stayaway Covid por parte de Rui Oliveira, administrador do INESC TEC, e Ricardo Lafuente, vice-presidente da Associação dos Direitos Digitais (D3).