A TE.M.S – Tempos Médios na Saúde é uma app – e dá a conhecer os tempos médios de espera para o atendimento das salas de urgências dos hospitais portugueses. A nova app, que está disponível para iOS, Windows Phone e Android, foi lançada hoje pela entidade que gere os Serviços Partilhados no Ministério da Saúde (SPMS).
A TE.M.S é gratuita e tem em conta a localização do utilizador para apresentar as estimativas de espera pelos atendimentos dos serviços de urgência nas imediações. Os tempos de espera são comunicados a partir dos sistemas que hoje existem em muitos hospitais nacionais e enviados para a app, de cinco em cinco minutos. No âmbito do desenvolvimento da nova app, a SPMS reuniu um grupo de peritos em urgências para uniformizar os cálculos dos tempos de espera nas várias unidades hospitalares do País.
Por enquanto, apenas as urgências os Hospitais de Famalicão e Faro disponibilizam os tempos de espera para a nova app. Na próxima semana, a TE.M.S deverá ainda integrar os tempos de espra das urgências dos Centros Hospitalares Ocidental e Central de Lisboa.
A SPMS tem vindo a convidar as diferentes unidades hospitalares a aderirem voluntariamente à aplicação. «Tornar a adesão à TE.M.S obrigaória é uma decisão que apenas pode ser tomada por quem tem a tutela ou a gestão dos hospitais», refere Henrique Martins, líder da SPMS, sem esquecer um fator que poderá servir de incentivo à adesão dos hospitais à publicação dos tempos de espera numa app: «Queremos que os hospitais tenham orgulho em ter um tempo de espera baixo. Não disponibilizar os tempos de espera poderá ser tão penalizador (para a imagem) como ter tempos de espera elevados».
Na TE.M.S, os hospitais podem ser apresentados tendo em conta a distância a que se encontra do utilizador e os tempos de espera previstos para quatro graus de gravidade (escala de Manchester). A app também disponibiliza a morada e os contactos telefónicos de cada unidade hospitalar, bem como um botão que permite contactar os serviços de rastreio telefónico Saúde 24.
Henrique Martins está convicto de que a nova app, que foi lançada a tempo de acautelar a tradicional incidência da gripe no Inverno, poderá contribuir para a racionalização de recursos e potenciar a «transparênciar». «Não há razão para um hospital esconder que está numa posição pior e os outros que estão na mesma região não ajudarem. Esta app pretende ser um espelho da capacidade de resposta dos hospitais e pretende ajudar à racionalização de recursos», explica o responsável da SPMS.
Por enquanto, há apenas hospitais públicos listados na TE.M.S. Henrique Martins admite que essa realidade possa mudar: «já fomos contactados por hospitais privados que querem enviar os tempos de espera para a nova app».